Como lidar com a morte de uma criança?
"Se a criança fizer perguntas, os pais não devem tentar mudar de assunto ou deixar de respondê-las", recomenda Ana Cássia, psicóloga e psicopedagoga
Foto: Aline Casassa
Infelizmente, crianças também morrem. Por mais que isso desafie a lógica da vida e nos revolte. Pode ser por uma doença grave, um acidente, um episódio de violência urbana... crianças morrem. E, se a morte é traumática para todas as idades, quando acontece com crianças, é ainda mais difícil de ser entendida, elaborada e, principalmente, explicada para as outras crianças. "Quando bem pequenas, as crianças acreditam que a morte é reversível. Depois, vão percebendo que não é. Outras vezes acham que apenas os velhos morrem. Por isso, quando há uma morte na escola, afetando um amigo querido ou mesmo um conhecido, o assunto precisa ser tratado de forma muito delicada", afirma Aline Fávaro Dias, psicóloga e orientadora educacional do Colégio Dom Bosco de Americana (SP).
Nem todas as escolas, porém, estão preparadas para lidar com situações que envolvem a morte de uma criança (e quem está, não é mesmo?). Para a psicóloga e psicopedagoga Ana Cássia Maturano, o mais importante é falar do assunto e jamais agir como se nada tivesse acontecido: "a criança tem sofrimentos, dúvidas e curiosidade. Ela tem necessidade de conversar para elaborar o sentimento de luto e, assim, tentar superar o trauma". De acordo com Ana Cássia, as crianças precisam de um momento para chorar a morte tanto quanto os adultos. Dentro desse processo de elaboração do luto, não é só o diálogo afetuoso que é importante. Dependendo da reação dos alunos da escola, pode-se organizar uma homenagem ao aluno falecido. E um acompanhamento psicológico é indispensável, principalmente quando a morte - ou as mortes - está em um contexto de tragédia, como em casos de desastres naturais.
Em casa, os pais também devem abordar o assunto, mas sempre observando as necessidades da criança. "Se ela fizer perguntas, os pais não devem tentar mudar de assunto ou deixar de respondê-las", recomenda Ana Cássia. Mas ela lembra que é melhor evitar expor o filho ao noticiário se a morte tiver ocorrido em uma tragédia ou em um acidente de trânsito, por exemplo. "A criança não precisa saber de todos os detalhes das circunstâncias da morte", diz.
Veja a seguir como a escola deve lidar com a morte:
1. Falar sobre o assunto é importante. Crianças têm dúvidas, curiosidades, querem entender o que aconteceu. Educadores e pais devem ouvir e responder a esses questionamentos.
2. Não usar expressões mágicas como "foi para o céu". Elas não ajudam a criança a compreender o real e pesado significado da morte.
3. Compartilhar com a criança o sentimento de luto. É normal que as perdas tragam dor, e o luto é importante para superá-la.
4. Em casos de tragédias, oferecer acompanhamento psicológico. E não apenas para as crianças. Muitas vezes, professores e pais também precisam desse tipo de acompanhamento, até para saber como lidar com as crianças.
5. Abrir espaço para que os pais também tragam as suas contribuições e digam, por exemplo, como a criança tem se comportado em casa. O diálogo família-escola é essencial nessas situações.
6. Organizar uma cerimônia de homenagem é uma maneira de dar a oportunidade para que toda a comunidade escolar possa se despedir da criança que morreu.
7. Entender e saber lidar com possíveis alterações de comportamento ou uma queda de rendimento dos alunos. A morte de alguém próximo é sempre um trauma e isso pode se refletir no desempenho escolar das crianças.
8. Jamais abolir os falecidos da vida das crianças. Eles estarão sempre nas lembranças, na memória, nas fotografias. As crianças não precisam - e não devem! - esquecê-los.
Nem todas as escolas, porém, estão preparadas para lidar com situações que envolvem a morte de uma criança (e quem está, não é mesmo?). Para a psicóloga e psicopedagoga Ana Cássia Maturano, o mais importante é falar do assunto e jamais agir como se nada tivesse acontecido: "a criança tem sofrimentos, dúvidas e curiosidade. Ela tem necessidade de conversar para elaborar o sentimento de luto e, assim, tentar superar o trauma". De acordo com Ana Cássia, as crianças precisam de um momento para chorar a morte tanto quanto os adultos. Dentro desse processo de elaboração do luto, não é só o diálogo afetuoso que é importante. Dependendo da reação dos alunos da escola, pode-se organizar uma homenagem ao aluno falecido. E um acompanhamento psicológico é indispensável, principalmente quando a morte - ou as mortes - está em um contexto de tragédia, como em casos de desastres naturais.
Em casa, os pais também devem abordar o assunto, mas sempre observando as necessidades da criança. "Se ela fizer perguntas, os pais não devem tentar mudar de assunto ou deixar de respondê-las", recomenda Ana Cássia. Mas ela lembra que é melhor evitar expor o filho ao noticiário se a morte tiver ocorrido em uma tragédia ou em um acidente de trânsito, por exemplo. "A criança não precisa saber de todos os detalhes das circunstâncias da morte", diz.
Veja a seguir como a escola deve lidar com a morte:
1. Falar sobre o assunto é importante. Crianças têm dúvidas, curiosidades, querem entender o que aconteceu. Educadores e pais devem ouvir e responder a esses questionamentos.
2. Não usar expressões mágicas como "foi para o céu". Elas não ajudam a criança a compreender o real e pesado significado da morte.
3. Compartilhar com a criança o sentimento de luto. É normal que as perdas tragam dor, e o luto é importante para superá-la.
4. Em casos de tragédias, oferecer acompanhamento psicológico. E não apenas para as crianças. Muitas vezes, professores e pais também precisam desse tipo de acompanhamento, até para saber como lidar com as crianças.
5. Abrir espaço para que os pais também tragam as suas contribuições e digam, por exemplo, como a criança tem se comportado em casa. O diálogo família-escola é essencial nessas situações.
6. Organizar uma cerimônia de homenagem é uma maneira de dar a oportunidade para que toda a comunidade escolar possa se despedir da criança que morreu.
7. Entender e saber lidar com possíveis alterações de comportamento ou uma queda de rendimento dos alunos. A morte de alguém próximo é sempre um trauma e isso pode se refletir no desempenho escolar das crianças.
8. Jamais abolir os falecidos da vida das crianças. Eles estarão sempre nas lembranças, na memória, nas fotografias. As crianças não precisam - e não devem! - esquecê-los.
BRINCANDO E ESTIMULANDO AS CRIANÇAS
Como estimular bebês de 0 a 1 ano de idade?
a) Afetividade e Cuidado:
O primeiro passo para se estimular um bebê tão novinho é apresentar-se para ele de forma afetiva, ao trocar a fralda, conversar com ele, perceber seus movimentos, suas respostas por meio de olhares, sorrisos, desconfortos gerais. Com 6 semanas o bebê começa a ampliar sua memória e lembrar de cheiros, reconhecer pessoas e até 1 ano e meio ele poderá lembrar de brincadeiras, músicas e situações.
b) Contato e respeito:
O segundo passo é mostrar para a criança que o chute, o grito e o choro também lhe incomodam, olhando a criança com seriedade e fazendo careta de tristeza. Beijar e abraçar a criança, mostrar o que ela faz bem e lhe deixa contente,pois ela está registrando pelas primeiras vezes em seu pequeno cérebro o que pode ser agradável e desagradável para as outras pessoas. E ser aceita no futuro fará com que ela perceba os sentimentos e as reações das outras pessoas nessas brincadeiras do tipo “ TEATRINHO”. Usar bonequinhos da própria criança para fazer vozes e contatos de carinho, alegria e tristeza. Ter muito cuidado com ruídos e barulhos no desenvolvimento auditivo dela.
c) Musicalização infantil e relaxamento:
O terceiro passo é cantar para a criança dormir, colocar músicas de CD que não sejam de influência desagradável, pois, como dissemos anteriormente, o cérebro novinho dela está registrando o meio externo de forma inconsciente que terá resultados futuros como resposta a esses estímulos psicológicos. Respeitar o gosto da família, em caso de músicas clássicas, religiosas, new age e outras modalidades, desde que façam a criança dormir em paz. Músicas agitadas não servem para dormir pois a criança se acostumará com agitação em casa todos os dias antes de dormir, chorando e perturbando as pessoas dormindo assim cansada e estressada pelo ambiente.
d) Línguas estrangeiras, a primeira impressão da criança:
Algumas famílias de dupla nacionalidade e que têm a necessidade de ensinar a criança a se comunicar em mais de uma língua costumam estimular os bebês desde os 6 meses de idade para vários idiomas, portanto, o sono e o relaxamento também podem ser feitos com músicas em outras línguas. Este é o momento de conversar com a criança, estimulando seu cérebro para a fala e expressões corporais de sentar, rolar, levantar com cuidado pois seu esqueleto não fica em pé sozinha e seus músculos precisam de elasticidade para outros movimentos que estarão se aprimorando no engatinhar diário.
e) Educação física do bebê:
O bebê, assim que conseguir sentar, precisa ser estimulado a se movimentar mais, seja no berço, no tapete, na cama, com o cuidado constate de um adulto. Desta forma ele terá vigor para andar e se levantar mais rápido, até 1 ano e meio de idade. Cada criança tem o seu tempo de andar, seja por estímulos ou condições biológicas, crianças maiores e mais pesadas demoram mais tempo. Por isso o cuidado com os alimentos são importantes, pois a gordura e o excesso de carboidratos de pães e massas dificulta a estrutura óssea do bebê, já o leite e o cálcio dos vegetais ajuda. Frutas e legumes, portanto, são leves e nutritivos essenciais e indispensáveis em qualquer idade. O uso do andador também é uma atividade diária assim que a criança conseguir sentar e ter firmeza nos movimentos.
Curiosidades: O cérebro da criança pequena tem capacidade de aprendizagem primária, feita por meio de repetição, assim, tudo o que será necessário para ela na fase adulta pode ser iniciada de forma sutil e natural durante o sono e com músicas durante o dia, imagens e objetos significativos para que farão parte de sua cultura, como livrinhos de banho, bonecas, animais de brinquedo e sons do chocalho, pianinho, tamborzinho e outros instrumentos.
-
Atividades recreativas para crianças de 2 a 3 anos:
a) Música e dança: ( trenzinho, marcha soldado, bate palma, bate o pé, rebolar e sambar, trabalhar o equilíbrio corporal da criança com um pé só)
O brincar nesta fase é muito importante, é o momento de aprender a se equilibrar, movimentar os músculos, se divertir e desenvolver a auto estima, pois a criança precisa se gostar para gostar dos outros, evitando atos de violência no futuro, sentimentos de ansiedade, depressão e outros de ordem emocional. Além disso a dança faz parte da psicomotricidade, ou seja, dos movimentos fundamentais de reconhecimento do cérebro para outras atividades mais difíceis quando crescer, assim como noções de direita e esquerda, alto e baixo, longe e perto, macio e áspero, claro e escuro, grande e pequeno, abrir e fechar, pular e abaixar, dentre outras que ajudarão inclusive na alfabetização e reconhecimento de sentidos, imagens e percepções diversas. Trabalhar também o corpo humano, cabeça, ombros, joelhos, pés, mãos, braços e pernas, o rosto e etc.
b) Desenhos:
Nesta fase a criança precisa rabiscar todos os dias, o ideal seria comprar um caderno de desenhos e no início ajudá-la a pegar no giz de cera grande, ensinar os movimentos segurando na mãozinha e depois que ela observar, deixar rabiscar sem rasgar o papel, que no início acontece por falta de coordenação motora, todo dia será um caminho que ela percorreu a mais e dos riscos virão as bolinhas, dos movimentos circulares virão formas significativas de mamãe e papai com uma cabeça e corpo, irmãozinhos, a babá e amiguinhos a escola. Depois a criança vai tentar escrever, pois ela tendo contato com livrinhos e com um cantinho da história dentro de casa ela saberá o significado de se comunicar com as pessoas escrevendo e fará vários “mmmm” e “MMMMMM” que inicia a pré-alfabetização.
c) Teatrinhos fantoches: (escovar os dentes dos bonecos, imitar a mamãe e o papai, vestir roupas e acessórios diferentes como chapéu, fazer pinturinha de índio)
O teatro ajuda a criança a ter criatividade, a ter fantasias infantis e demonstrar seus sentimentos para que os adultos ajustem algum problema psicológico que ela esteja guardando. O brincar de animais, índios, personagens de filmes e outros criados por elas faz com que a alegria da infância seja significativa e lembrada futuramente.
d) Brincadeiras: de mímica, senta-levanta, cambalhotinha, futebol, esticar e espreguiçar, colagem de papel crepom e outros materiais, pinturinha a dedo, pintura das mãos e dos pés, carrinho, boneca, corre-cutia, hora da historinha, além da criatividade dos adultos.
As atividades pedagógicas de movimento, pintura, colagem, montagem de mosaicos em E.V.A, ajuda a criança a melhorar a coordenação motora, a atenção, aprender cores, reforçar imagens e conhecer objetos, reconhecer o próprio corpo e conhecer texturas, aprender a colar, cortar com as mãozinhas e se divertir.
-
Atividades de pré alfabetização e raciocínio lógico para crianças de 4 a 6 anos.
a) Jogos:
Nesta fase a criança começa a perceber que brincar com jogos,isso é importante, seja para respeitar limites, regras e disciplina, seja para compartilhar suas ideias com as outras pessoas. Para isso temos uma pequena lista de jogos a serem trabalhados na medida do possível com crianças desta faixa etária:
-
Jogo da memória
-
Jogo de dominó (trabalhar quantidade, associação e igualdades)
-
Que bicho é esse? ( amostar imagens, fazendo sons para que a criança aprenda os tipos de animais)
-
Jogo de amarelinha (tradicional)
-
Jogo dentro e fora ( criar regras de estar dentro do bambolê e fora)
-
Jogos da criança de quebra-cabeças infantil
-
Lego ( jogos de montar e desmontar)
-
Engenheiro ( jogo de construção de cidades)
b) Pré-alfabetização:
Algumas vezes, pensamos que alfabetização é saber ler e escrever, mas a alfabetização possui 4 fases importantes nessa faixa etária até os 10 anos de idade, normalmente.
-
Rabiscos e reconhecimento de imagens
-
Aprendizagem de letras, sílabas e palavras significativas para a criança
-
Organização de frases significativas e não decoradas
-
Criação e recriação de histórias por meio da escrita utilizando o imaginário.
Atividades relacionadas com a verdadeira alfabetização significativa das crianças de 4 a 6 anos:
-
Palavra mágica ( forca) palavras e frases
-
Karaokê (videokê)
-
Coreografia de músicas já conhecidas (memorização e criação)
-
Com que letra começa? ( amostrar imagens para que a criança escreva e fale com que letra começa o objeto)
-
Massinha ( distribuir cores e formas diferentes para a criança criar)
Curiosidades: para a massinha não endurecer, colocar papel filme em volta de cada cor em bolinha e guardar em sacola plástica.
3. Atividades de aperfeiçoamento infantil para crianças de 7 a 10 anos.
a) Brincar de Barbie, carrinhos e criação de histórias:
Este momento da infância as crianças precisam criar suas histórias, resgatar a fantasia, para tornar-se um adulto com sonhos e esperanças. Porém, é nesta fase que existem as primeiras frustrações de que o coelho da páscoa, a fada do dente e o papai noel, são personagens fictícios e não reais. Por este motivo é importante brincar e saber conversar com a criança mais de perto. Acompanhar sua criatividade e trabalhar noções de certo, errado, competitividade, resgate da auto estima e atividades lúdicas.
b) Aperfeiçoamento dos cantinhos:
Cantinho da História: confeccionados junto com as crianças, seus desenhos, suas colagens e reportagens, suas curiosidades e gostos.
Cantinho do Pensamento: deixar a criança refletindo no máximo 10 minutos depois de sentar, conversar sobre o problema, olhando no olho dela e explicando o motivo de refletir antes de agir novamente.
Cantinho do Lanche: não deixar a criança lanchar brincando ou perder a noção de disciplina e regras, construídas nos jogos e nas atividades de tempo.
Cantinho do Estudo: nesta fase é importante ter uma mesinha e uma cadeira para a criança estudar quando tiver deveres de casa trazidos da escola e outras atividades mais intelectuais.
Cantinho dos Brinquedos: se até os 7 anos a criança não tinha um cantinho dos brinquedos, é preciso formar a cultura de arrumar e desarrumar para brincar recolocando tudo no lugar novamente, pois isto ajuda a criança nas suas noções de organização para a vida.
Cantinho da Arte: desenvolver na criança a necessidade de ocupar o seu tempo livre criando formas, cores e coisas novas para seu quarto. (utilizar embalagens recicláveis e expor atividades)
c) Atividades de reforço de aprendizagens:
-
Batatinha frita 1,2,3 pare! ( pode ser feita com música e depois pausá-la observando as estátuas das crianças)
-
Dança das cadeiras
-
Mestrinho mandou
-
Pique esconde ( de preferência ao ar livre)
Pique pega ( de preferência ao ar livre)
Pique alto ( de preferência ao ar livre e em lugares não muito altos e perigosos)
-
Jornalzinho da semana ( para que a criança escreva as atividades que mais gostou de fazer na semana)
-
Exposição de arte ( fazer pinturas a dedo e/ou pincel e criar um cantinho de exposição)
-
Mini escultura ( utilizar massinhas quase duras para fazer mini esculturas e pincelá-las com cola até secar e expor no cantinho da arte)
-
Reutilizando meus potinhos ( revestir potes de vidro, latas, papelão, caixinhas velhas e de plástico com papel branco usado, jornais e revistas, revestidos de cola por baixo e por cima, passar tinta e verniz depois da tinta e os desenhos secos)
Jogos no computador e internet ( direcionar as atividades em sites infantis como Recreio, Disney, Barbie, http://jogoseducativos. jogosja.com/ e outros)
4. Atividades desafio para pré adolescentes de 11 a 12 anos:
a) Jogos e atividades importantes:
-
Quebra-cabeças acima de 300 peças
-
Lego com peças miúdas e mais difíceis
-
Jogo de dados pense rápido ( fazer uma lista do número 2 a 12 com perguntas básicas, médias e difíceis em que a criança precisará pensar rápido)
-
Mosaico em E.V.A ( cortar pedaços pequenos e disformes de E.V.A de diversas cores e pedir que façam objetos e formas concretas e formas abstratas)
-
Mosaico em Papel Crepon ( esta atividade é um desafio, pois é preciso fazer bolinhas de tamanhos diversos e colar uma forma concreta,como flores, bolas, botas, bonecos e outros trabalhos bem elaborados e observados pelos adultos)
-
Desenhos de personagens da TV favoritos, identificação psicológica com as personagens ( além do desenho, a criança precisa fazer um resumo de como é o perfil daquele boneco)
-
Jogos de computador e video-games são importantes para o raciocínio lógico e estratégico, só é preciso evitar os violentos, os extremamente competitivos e com pouco raciocínio. (acompanhar o jogo da criança, ao seu lado por pelo menos 20 minutos)
-
Xadrez, Dama e jogos de tabuleiro
-
Filmes (assistir com a criança e perceber se ela está entendendo ou não, depois fazer o cantinho dos filmes com desenhos e frases que resumem o que ela achou do filme).
b) Sugestão de Filmes:
-
Os backgrounds
-
Benji - Um Cão Desafia A Selva (Benji, The Hunted)
-
Camelos Também Choram (The Story of the Weeping Camel)
-
Madagascar 1 e 2
-
WALL-e
-
A Era do Gelo 1,2 e 3
-
Cinderela 3
-
Ratatouille
-
Vira Lata
-
Treinando o Papai
-
Encantada
-
A Lenda do Tesouro Perdido
-
Hannah Montana e Miley Cyrus Show: O melhor dos dois mundos
-
As Crônicas de Nárnia
-
High School Musical 3: Ano da Formatura
-
Um Faz De Conta Que Acontece
-
Jonas Brothers 3D: O Show
-
A Montanha Enfeitiçada
-
Up - Altas Aventuras
-
Força G
-
Tinker Bell e o Tesouro Perdido
-
Os Fantasmas de Scrooge
-
Surpresa em Dobro
-
A Princesa e o Sapo
-
Alice no País das Maravilhas (novo)
Lista de filmes DISNEY próximos lançamentos pedagógicos:
Ano de Lançamento
Título original
Co-Produção Com
2010
Jerry Bruckheimer Films
2010
Jerry Bruckheimer Films
2010
2010
2010
Toy Story 3 3D
2010
2010
2010
Tron Legacy 3D
2011
2011
Jerry Bruckheimer Films
2011
2011
2011
2011
Jerry Bruckheimer Films
2011
2012
Jerry Bruckheimer Films
2012
2012
2012
2012
Sugestão de Materiais KIT PED
-
1 BLOCO DE FOLHAS, PAPEL CRIATIVO E PAPEL A4 AVULSOS.
-
1 CAIXA DE MASSINHA, PALITOS DE PICOLÉ E TINTAS GUACHE.
-
1 CAIXA DE GIZ DE CERA, LÁPIS DE COR E CANETINHAS.
-
1 PACOTE DE E.V.A PICADO, PAPEL CREPON, TESOURA SEM PONTA E COLA.
-
1 PAR DE DADOS
-
REVISTAS E JORNAIS SELECIONADOS
-
LIVROS DE HISTORINHA
-
CD COM MÚSICAS INFANTO-JUVENIS.
Autoria: Emmanuela Barros de Almeida - Pedagoga
Atividades recreativas para crianças de 2 a 3 anos:
Atividades de pré alfabetização e raciocínio lógico para crianças de 4 a 6 anos.
Jogo da memória
Jogo de dominó (trabalhar quantidade, associação e igualdades)
Que bicho é esse? ( amostar imagens, fazendo sons para que a criança aprenda os tipos de animais)
Jogo de amarelinha (tradicional)
Jogo dentro e fora ( criar regras de estar dentro do bambolê e fora)
Jogos da criança de quebra-cabeças infantil
Lego ( jogos de montar e desmontar)
Engenheiro ( jogo de construção de cidades)
Rabiscos e reconhecimento de imagens
Aprendizagem de letras, sílabas e palavras significativas para a criança
Organização de frases significativas e não decoradas
Criação e recriação de histórias por meio da escrita utilizando o imaginário.
Palavra mágica ( forca) palavras e frases
Karaokê (videokê)
Coreografia de músicas já conhecidas (memorização e criação)
Com que letra começa? ( amostrar imagens para que a criança escreva e fale com que letra começa o objeto)
Massinha ( distribuir cores e formas diferentes para a criança criar)
Batatinha frita 1,2,3 pare! ( pode ser feita com música e depois pausá-la observando as estátuas das crianças)
Dança das cadeiras
Mestrinho mandou
Pique esconde ( de preferência ao ar livre)
Jornalzinho da semana ( para que a criança escreva as atividades que mais gostou de fazer na semana)
Exposição de arte ( fazer pinturas a dedo e/ou pincel e criar um cantinho de exposição)
Mini escultura ( utilizar massinhas quase duras para fazer mini esculturas e pincelá-las com cola até secar e expor no cantinho da arte)
Reutilizando meus potinhos ( revestir potes de vidro, latas, papelão, caixinhas velhas e de plástico com papel branco usado, jornais e revistas, revestidos de cola por baixo e por cima, passar tinta e verniz depois da tinta e os desenhos secos)
Quebra-cabeças acima de 300 peças
Lego com peças miúdas e mais difíceis
Jogo de dados pense rápido ( fazer uma lista do número 2 a 12 com perguntas básicas, médias e difíceis em que a criança precisará pensar rápido)
Mosaico em E.V.A ( cortar pedaços pequenos e disformes de E.V.A de diversas cores e pedir que façam objetos e formas concretas e formas abstratas)
Mosaico em Papel Crepon ( esta atividade é um desafio, pois é preciso fazer bolinhas de tamanhos diversos e colar uma forma concreta,como flores, bolas, botas, bonecos e outros trabalhos bem elaborados e observados pelos adultos)
Desenhos de personagens da TV favoritos, identificação psicológica com as personagens ( além do desenho, a criança precisa fazer um resumo de como é o perfil daquele boneco)
Jogos de computador e video-games são importantes para o raciocínio lógico e estratégico, só é preciso evitar os violentos, os extremamente competitivos e com pouco raciocínio. (acompanhar o jogo da criança, ao seu lado por pelo menos 20 minutos)
Xadrez, Dama e jogos de tabuleiro
Filmes (assistir com a criança e perceber se ela está entendendo ou não, depois fazer o cantinho dos filmes com desenhos e frases que resumem o que ela achou do filme).
Os backgrounds
Benji - Um Cão Desafia A Selva (Benji, The Hunted)
Camelos Também Choram (The Story of the Weeping Camel)
Madagascar 1 e 2
WALL-e
A Era do Gelo 1,2 e 3
Cinderela 3
Ratatouille
Vira Lata
Treinando o Papai
Encantada
A Lenda do Tesouro Perdido
Hannah Montana e Miley Cyrus Show: O melhor dos dois mundos
As Crônicas de Nárnia
High School Musical 3: Ano da Formatura
Um Faz De Conta Que Acontece
Jonas Brothers 3D: O Show
A Montanha Enfeitiçada
Up - Altas Aventuras
Força G
Tinker Bell e o Tesouro Perdido
Os Fantasmas de Scrooge
Surpresa em Dobro
A Princesa e o Sapo
Alice no País das Maravilhas (novo)
Ano de Lançamento
|
Título original
|
Co-Produção Com
|
2010
|
Jerry Bruckheimer Films
| |
2010
|
Jerry Bruckheimer Films
| |
2010
| ||
2010
| ||
2010
|
Toy Story 3 3D
| |
2010
| ||
2010
| ||
2010
|
Tron Legacy 3D
| |
2011
| ||
2011
|
Jerry Bruckheimer Films
| |
2011
| ||
2011
| ||
2011
| ||
2011
|
Jerry Bruckheimer Films
| |
2011
| ||
2012
|
Jerry Bruckheimer Films
| |
2012
| ||
2012
| ||
2012
| ||
2012
|
1 BLOCO DE FOLHAS, PAPEL CRIATIVO E PAPEL A4 AVULSOS.
1 CAIXA DE MASSINHA, PALITOS DE PICOLÉ E TINTAS GUACHE.
1 CAIXA DE GIZ DE CERA, LÁPIS DE COR E CANETINHAS.
1 PACOTE DE E.V.A PICADO, PAPEL CREPON, TESOURA SEM PONTA E COLA.
1 PAR DE DADOS
REVISTAS E JORNAIS SELECIONADOS
LIVROS DE HISTORINHA
CD COM MÚSICAS INFANTO-JUVENIS.
A Mente entre 2 e 4 anos
Essa é uma passagem importante, pois na idade de 2 anos a criança desconecta o EU do OUTRO. Antes dos 2 anos, a criança não tem noção exata de quem ela é. Por isso, se olha no espelho e não se identifica na própria imagem. Não sabe que é ela mesma que está vendo. Aos 2 anos essa diferenciação já acontece e ela consegue “controlar” a imagem no espelho.
Nesta fase a criança possui apenas o raciocínio concreto.
O abstrato ainda não está formado. Exatamente por isso, que os pais devem cuidar da linguagem que usam. Se você diz “Preciso voar daqui, agora!” ela entende literalmente o que você diz. Ou, “Você parece uma bola de tão gordinho” , faz a criança se imaginar como uma bola. Mas, por que isso é tão importante? Porque, é nesse período que as imagens ficam impressas em nossa mente. Elas podem interferir em nossa imaginação e nos acompanham por muito tempo.
É a fase em que o conhecimento das palavras aumenta, e o aprendizado dos nomes do corpo também. A criança já aprende nomes como joelho, pescoço, orelha….e o nome da genitália masculina e feminina. Geralmente, os pais nomeiam corretamente diferentes partes do corpo, mas nessa área, por um constrangimento dos próprios pais, nomes diversos são dados.
No caso das meninas, nomes como: barata, aranha, perereca e vassoura aparecem como nomes “alternativos” e para os meninos,: pistola, passarinho, documentos, etc… idem. No caso das meninas, são nomes que sugerem nôjo, mêdo e que assustam. São noções passadas e fixadas nesta mente, na fase do concreto e que leva, mais tarde, a encontrarmos adolescentes e jovens com uma imagem distorcida do funcionamento da genitália. Geralmente, apresentam um desconhecimento dessa parte do corpo. Levam uma sensação de “não se pode chegar perto”, é “nojento” ou “não sei direito como funciona”.
Se percebe, nesta faixa de idade, o menino segurando seu pênis, frequentemente, com mêdo de que ele de fato possa “sair voando”. A tentativa de disciplinar o filho com esta atitude, ou “mania”, é frequente. Mas os pais ignoram que este comportamento é causado por eles mesmos. Ou, eles se assustam quando vêm o pai preocupado com seus “documentos” que sumiram.
Como é uma fase onde a criança já começa a perceber o OUTRO, ela já diferencia a expressão de raiva ou de contentamento nos pais. Por isso, não se deve permitir que a criança permaneça no quarto dos pais e presencie a relação sexual, principalmente porque é vista como uma agressão, e não como um ato amoroso. Geralmente, é percebido como uma atitude de agressão do pai, em relação, à mãe.
Como não há pensamento lógico nessa fase, é comum no supermercado a criança segurar um pacote de balas, por exemplo, e não querer largá-lo na saída, no caixa. A mão se desespera, neste momento, interpretando tal atitude como rebeldia. Mas para a criança não existe a conclusão de que, poderá receber depois o pacote de balas. É necessário explicar, e levá-la a observar o processo do caixa, para que ela entenda. Pois ela percebe somente o que vê.
Para entender como o OUTRO se comporta, a criança faz a brincadeira de vestir a roupa da mãe, usar seus sapatos, pois assim vestida como a mãe, ela É a mãe. Então, poderá entender como ela, sua mãe, se comporta. As brincadeiras de pai, mãe, médico, etc… acontecem de maneiras repetidas. Quanto mais ela repetir e fizer esse exercício, mais ela aprenderá o comportamento do OUTRO. (Veja este vídeo ilustrativo…)
É a fase também do Comportamento Aprendido. Se ela machucou a mão e recebeu um carinho, uma atenção maior, ela irá repetir tal fato. Dirá que está com a mão machucada, para novamente receber o mesma atenção. Muitos pais repreendem os filhos, neste momento, imaginando se tratar de uma mentira. Não há nesta fase a consciência do saber enganar o outro. Da mesma maneira que, quando você a proíbe de comer algo e se ausenta. Ela come e como não conclui, não entende como a sua mãe sabe que foi ela que comeu. Também não se trata de “mentiras”. Quando fala sobre monstros, ou conta estórias fantasiosas em excesso. É uma fase de grande imaginação criativa.
Como os meninos têm mais atividade cerebral do lado direito, preferem os carrinhos, pois lidam melhor com espaço e movimento. Já as meninas, têm os dois lados em atividade e lidam melhor com emoções e linguagem. Enquanto as meninas falam mais, mesmo sozinhas, os meninos já começam a preferir jogos com maior contato físico.
É a fase das mordidas, tapas e dos puxões de cabelo. Este é umcomportamento percebido como “agressivo”, no entanto, é perfeitamente normal para esta idade. Isto porque o vocabulário ainda não está desenvolvido e a criança manifesta o que quer através deste comportamento. Em situações assim é suficiente, sempre que ela for bater, segurar a mão dela e dizer: “NÃO PODE; ISSO FAZ DODÓI”.
Antes dos 3 anos, NÃO existe socialização. Ela começa a ser formada a partir de 2 anos e se estabelecendo, por volta dos 3 anos. Exatamente, por isso, que o ideal é que a criança inicie a escola somente por volta dos 3 anos (sem prejuízo algum de aprendizado) e assim mesmo por meio período. Nesse período, é importante que a criança fique com a mãe para que tenha um desenvolvimento emocional saudável e equilibrado. Caso a criança inicie a escola é importantíssimo que a mãe faça o processo de adaptação por completo (<= Leia o artigo neste link).
São diferenças e características fundamentais que ajudam aos pais a terem maior exatidão na conduta com os próprios filhos.
"A BOA MÃE É AQUELA QUE VAI SE TORNANDO
DESNECESSÁRIA COM O PASSAR DO TEMPO."
A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar
do tempo. Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase, e
ela sempre me soou estranha. Chegou a hora de reprimir de vez o
impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa,
protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha
hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para
controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da
frase, hoje absolutamente clara.
Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.
Antes que alguma mãe apressada me acuse de desamor, explico o que
significa isso.
Ser “desnecessária” é não deixar que o amor incondicional de
mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos,
como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos,
confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas
escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros
também. A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão
umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho, para os
dois lados, mãe e filho.
Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse
vínculo não pára de se transformar ao longo da vida. Até o dia em
que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e
recomeçam o ciclo. O que eles precisam é ter certeza de que estamos
lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no
fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o
conforto nas horas difíceis.
Pai e mãe – solidários – criam filhos para serem livres. Esse é o
maior desafio e a principal missão.
Ao aprendermos a ser “desnecessários”, nos transformamos em porto
seguro para quando eles decidirem atracar.
“Dê a quem você Ama :
– Asas para voar…
– Raízes para voltar…
– Motivos para ficar… ” – Dalai Lama”
TEXTO DE MARCIA NEDER
A EDUCAÇÃO ESPÍRITA DA CRIANÇA E SUA IMPORTÂNCIA
Assunto esse que já foi examinado por importantes estudiosos espíritas, encarnados e desencarnados.
Dentre os textos publicados acerca do tema, destacam-se dois:
- Um de Allan Kardec, publicado na ed. de fev de 1864 da Revista Espírita, como título "Primeiras Lições de Moral da Infância";
-Outro de Emmanuel, constante do cap. XXXV da obra que leva seu nome, psicografada em 1938 pelo médium Chico Xavier.
Parece-nos que no meio espírita ninguém tem dívidas a respeito da importância da educação infantojuvenil realizada no lar e complementada na instituição espírita. O que se rerifica, no tocante ao assunto, é uma espécie de acomodação ou indiferença que faz com que tanto no lar, quanto no Centro Espírita, a tarefa seja relega a plano secun dário ou até mesmo negligenciada. Os pais modernos, espíritas ou não, costumam adotar um procedimento estranho e paradoxal.Levam suas crianças à natação, ao balé, ao judô, à aula de inglês, `academia de música, serviços remunerados e acima das possibilidades finaceiras de muitos pais; mas não as levam à escola de educação infantojuvenil que o Centro Espírita e as igrejas em geral oferecem gratuitamente.
Além disso, há pais espíritas que querem, mas não encontram receptividade por parte dos próprios filhos, envolvidos com outros assuntos e interesses.
Certa vez, uma senhora pediu a conhecido palestrante que convencesse suas filhas bem jovens a participar do Evangelho no Lar que ela e o marido mantinham em casa, tarefa que o casal realizava sozinho e da qual não havua meios de fazê-las participar.
O palestrante pergun tou às jovens por que elas não partic ipavam. Elas disseram que o motivo ero h horário: domingo, 9 horas da manhã, não era uma boa hora. Nesse horário elas preferiam estar no clube da cidade com suas amigas. O palestrantr sugeriu que fizessem então a reunião mais cedo: 8 horas, 7 horas, 6 horas... As jovens replicaram: Äí é muito cedo e nós ainda estamos dormindo". "Que tal então à tarde ou `noite? E elas: "Não dá, porque a gente já tem compromisso nesses horários".
Percebe-se, pelo exewmplo citado, que o que falta, em grande número de casos é boa vontade, compreensão da importância da tarefa, consciência de que na vida não podemos cuidar somente do corpo - que é perecível e transitório - ignorando as necessidades da alma - que é imortal e permanente.
No texto de Emmanuel a que nos reportamos, o benfeitor espiritual afirma: "Todas as reformas sociais, necessárias em vossos tempos de indecisão espiritual, têm de processar-se sobre a base do Evangelho. Como? - podereis objetar-nos. Pela educação, replicaremos". (Emmanel, cap XXXV - Educação Evangélica.)
Quanto ao pensamento Kardequiano, é sempre bom relembrar o que Allan Kardec esceveu a respeito do ensino trazido à Terra por Jesus
Ei-lo:
"Podem dividir- em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e o en sino moral. As quatro primeiras têm sido objeto de controvérsias; , a última porém, conservou-se constantemente inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É terreno onde todos os cultos podem reunir-se, estandarte sob o qual podem todos colar-se, quaisquer que sejam suas crenças, portanto jamais ele constituiu matéria das disputas religosas, que sempre e por toda a parte se originaram das questões dogmáticas. Aliás, se o discutissem, nele teriam as seitas encontrado suas própria condenação, visto que, na maioria, elas se agarram mais à parte mística do que à parte moral, que exige de cada um a reforma de si mesmo. Para os homens, em particular, constitui aquel códogp uma regra de proceder que abrange todas as circunstâncias da vida privada e da vida pública, o princípip básico de todas as relações sociais que se fundam na mais rigoras justiça. E, finalmente e acia de tudo o roteiro infalível para a felicidade vindoura, o levantamento de uma ponta do véu que nos oculta a vida futura." (O Evangelho Segundo o Espiritismos, Introdução
Extraido http://www. oconsolador.com.br/ano7/346/ editorial.html
Mães solteiras
É um fenômeno mundial. No planeta inteiro, há milhares de anos, mulheres encaram a maternidade sozinhas.
Hoje até se tornou moda: mulheres independentes e financeiramente estáveis optam por criar os filhos sozinhas.
Mas, na maior parte das ocasiões, a maternidade solitária não é fruto de uma escolha.
Sim, ser mãe solteira é também amargar o abandono, a confiança traída. É encarar o futuro assustada, muitas vezes sem sequer ter saído da adolescência.
Como se sabe, na adolescência e na juventude, tudo parece ser maior, mais intenso e mais profundo do que realmente é.
Por isso, os mais jovens se apaixonam e imaginam que vão morrer de amor. Quando rompem um namoro, acreditam que jamais encontrarão alguém melhor. E as brigas familiares assumem proporções de tragédia.
Tudo isso é preciso ter em mente quando se analisa a questão das mães solteiras, da gravidez na adolescência e das crises que envolvem tais situações.
É óbvio que uma gestação na adolescência não é a situação ideal. Ela atrasa estudos, interrompe sonhos e planos, gera momentos de desconforto.
Mas o que fazer diante do fato concreto? E quando uma filha revela que está grávida, que atitude tomar?
Diante de uma gravidez, os pais entram em pânico e as filhas se desesperam ou se revoltam. Instala-se o caos.
É bem humano e natural que seja assim. É que criamos expectativas a respeito dos outros.
Os pais esperam que as filhas cursem uma Universidade, consigam um bom emprego, namorem, casem-se e constituam uma linda e harmoniosa família.
Por sua vez, as filhas também traçam planos, que às vezes até coincidem com o dos pais. Mas elas também desejam ser felizes, conseguir independência, ter um lar para chamar de seu, com algum conforto e muita alegria.
São projetos. Mas a vida tem surpresas pelas curvas do caminho. E a mais comum situação é ver os sonhos desaparecerem como bolhas de sabão.
E nessas ocasiões vem a pergunta: Como agir? Como ser solidário e bom com a filha grávida, sem deixar de chamá-la à responsabilidade própria?
As respostas a essas questões envolvem duas palavras: amor e sabedoria. Amor para compreender que a filha atravessa um momento delicado.
Muitas vezes foi abandonada, está sem chão, sem suporte. Desnorteada, não consegue ver o futuro. Pensa apenas na gravidade da situação, nos momentos próximos em que terá nos braços um filho.
E ela mesma é pouco mais que uma criança...
Para os pais, a hora é igualmente difícil. Abalados, decepcionados, choram e brigam, externando a dor interna. Mas são mais maduros.
É a hora de ganharem forças para amparar a filha necessitada.
E ajudar a filha mãe solteira não é assumir as responsabilidades dela nem a educação do neto.
Auxílio, nesse caso, é orientação, apoio psicológico e material, estímulo a continuar os estudos, cuidar do próprio filho e seguir em frente.
Por vezes fazemos tempestade em copo d´água. Ao contrário do que muita gente pensa, é possível ter filhos, estudar, trabalhar e concretizar todos os sonhos.
É lógico que tudo será mais trabalhoso e difícil, mas não é impossível. A dificuldade é consequência da invigilância.
Para isso, basta que alguém - pais, namorado, irmão, amigo, parente - faça uma pequena corrente de solidariedade e dê apoio.
Não se trata de assumir o papel da mãe nem suas obrigações. Isso jamais. Trata-se de pequenos gestos que farão toda a diferença no futuro.
Pense nisso!
www.momento de reflexão.com.br
5 fatos sobre a ludoterapia
técnica psicoterápica voltada às crianças
Texto Diego Benine / Foto: Shutterstock
1. É uma técnica psicoterápica voltada às crianças que parte da premissa que brincar é um meio natural de autoexpressão infantil. Ou seja: elas são encorajadas a revelar seus sentimentos por meio da brincadeira.
1. É uma técnica psicoterápica voltada às crianças que parte da premissa que brincar é um meio natural de autoexpressão infantil. Ou seja: elas são encorajadas a revelar seus sentimentos por meio da brincadeira.
2. Os jogos e atividades empregados em uma sessão permitem a liberação detensões, frustrações, inseguranças, medos e sentimentos de agressividade.
3. Os pais geralmente agendam uma consulta quando seus filhos apresentam pelo menos um dos seguintes sintomas: insônia, dificuldade de aprendizagem, pesadelos, gagueira, timidez em excesso, irritabilidade e desvios alimentares.
4. Essa modalidade terapêutica também visa estimular a imaginação — sobretudo com histórias de contos de fadas, dragões e feiticeiras.
5. Os antagonistas que aparecem nas narrativas variam conforme o quadro a ser tratado. A ideia é mostrar à criança que eles podem ser vencidos. Esse recurso instiga a coragem e autoconfiança para enfrentar as dificuldades que hão de surgir nas demais fases da vida.
Minha filha, meu filho: só o amor educa.
Não existe educação real sem amor verdadeiro.
Mas você briga, implica, reclama, cobra, inferniza e quer educar. (Calunga)
Por Rita Foelker
A essência da educação é a imitação. Aprendemos repetindo as ações daqueles que temos como referenciais.
A maioria dos pais é muito preocupada em dizer ao filho como agir ou não agir, permitir ou não permitir - o que faz parte da sua função, mas está longe de ser o principal. Já ao falar, precisamos refletir sobre o peso do que estamos dizendo, no significado daquelas palavras para a criatura encarnada como nosso filho ou filha, em como isto vai repercutir dentro de seu ser, agora e no porvir. E pouco ou nada vai significar o que dissermos sem haver experimentado, vivenciado, todas as palavras que não vierem da nossa mais profunda verdade interior.
Mas quando Allan Kardec diz que Jesus é o modelo de perfeição para os seres humanos encarnados na Terra (O Livro dos Espíritos, questão 625), o princípio da imitação está sendo reafirmado.
E o que vem a ser um modelo?... Quando um artista toma uma cesta de flores como modelo para sua pintura, seu objetivo é reproduzir na tela a imagem da cesta, o mais fielmente possível. Quando tomamos Jesus como modelo para nossas ações, nosso intuito é reproduzir em nossas vidas os ensinamentos e exemplos do Mestre, da melhor maneira que pudermos.
Ensinar é ser. Não podemos realmente educar quando não vivemos as lições. Equivocadamente, valorizamos deveras o saber verbal, pensamos em oferecer conselhos e orientações aos nossos filhos, em lugar de exemplos, e cremos que este é o papel do pai e da mãe. Ao mesmo tempo, se damos exemplos em que eles constatam que nós mesmos não seguimos nossos conselhos e orientações... que espécie de educador estamos sendo? Desde bebês, os filhos são observadores atentos dos pais. Quando crescem, lembram-se de coisas que fizemos, das quais nós mesmos nos esquecemos.
Se passamos tempo de qualidade com eles, se oferecemos atenção sincera e carinho, se saímos a passear e fazemos coisas juntos, tudo isto permanecerá com eles para sempre, e esta é nossa maior herança. E também o modo como encaramos a família e a vida profissional, o jeito como tratamos as pessoas, nossa relação com os estudos e a leitura, nossa atitude perante a Natureza e as pessoas que nos procuram precisando de ajuda.
Imaginamos que herança é dinheiro, bens materiais, o que é compreensível. Mas nosso legado material pode fazer ou não parte do compromisso reencarnatório deles, além do que, não é garantia de saúde e felicidade. O verdadeiro presente que deixamos para nossos filhos, de bens imortais e incorruptíveis, é aquilo que somos. Vai estar sempre em suas memórias, em seus gestos, em suas atitudes.
Oferecemos aquilo que somos, o que nos coloca diante de novas questões: será que conseguimos servir de inspiração para os nossos filhos? Será que eles têm vontade de ser como nós? Será que nós gostamos verdadeiramente daquilo que nos tornamos?*Em Idéias Fortalecedoras, Ed. GIL
CRIANÇA PRECISA DE LIMITES QUE AS PROTEJAM.
DAR LIMITES É...
-Ensinar que os direitos são iguais para todos.
-Ensinar que existem OUTRAS pessoas no mundo.
-Fazer a criança compreender que seus direitos acabam onde começam os direitos dos outros.
-Dizer "sim" sempre que possível e "não" sempre que necessário.
-Só dizer "não" aos filhos quando houver uma razão concreta.
-Mostrar que muitas coisas podem ser feitas e outras não podem ser feitas.
-Fazer a criança ver o mundo com uma conotação social (con-viver) e não apenas psicológica (o meu desejo e o meu prazer são as única coisas que contam).
-Ensinar a tolerar pequenas frustrações no presente para que, no futuro, os problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e maturidade (a criança que hoje aprendeu a esperar sua vez de ser servida à mesa amanhã não considerará um insulto pessoal esperar a vez na fila do cinema ou aguardar três ou quatro dias até que o chefe dê um parecer sobre sua promoção).
-Desenvolver a capacidade de adiar satisfação (se não conseguir emprego hoje, continuará a lutar sem desistir ou, caso não tenha desenvolvido esta habilidade, agirá de forma insensata ou desequilibrada, partindo, por exemplo, para a marginalidade, o alcoolismo ou a depressão).
-Evitar que seu filho cresça achando que todos no mundo têm de satisfazer seus mínimos desejos e, se tal não ocorrer (o que é mais provável), não conseguir lidar bem com a menor contrariedade, tornando-se, aí sim, frustrado, amargo ou, pior, desequilibrado emocionalmente.
-Saber discernir entre o que é uma necessidade dos filhos e o que é apenas desejo.
-Compreender que direito à privacidade não significa falta de cuidado, descaso, falta de acompanhamento e supervisão às atividades e atitudes dos filhos, dentro e fora de casa.
-Ensinar que a cada direito corresponde um dever e, principalmente:
Dar exemplo!
Quem quer ter filhos que respeitem a lei e os homens tem de viver seu dia-a-dia dentro desses mesmos princípios, ainda que a sociedade tenha poucos indivíduos que agem dessa forma.
DAR LIMITES NÃO É...
-Bater nos filhos para que eles se comportem.
-Quando se fala em limites, muitas pessoas pensam que significa aprovação para dar palmadinhas, bater ou até espancar.
-Fazer só o que vocês, pai ou mãe, querem ou estão com vontade fazer.
-Ser autoritário, dar ordens sem explicar o porquê, agir de acordo apenas com seu próprio interesse, da forma que lhe aprouver, mesmo que a cada dia sua vontade seja inteiramente oposta à do outro dia, por exemplo.
-Deixar de explicar o porquê das coisas, apenas impondo a "lei do mais forte".
-Gritar com as crianças para ser atendido.
-Deixar de atender às necessidades reais (fome, sede, segurança, afeto, interesse) dos filhos, porque você hoje está cansado.
-Invadir a privacidade a que todo ser humano tem direito.
-Provocar traumas emocionais, humilhações e desrespeito à criança.
-Toda criança tem capacidade de compreender um "não" sem ficar com problemas, desde que, evidentemente, este "não" tenha razão de ser e não seja acompanhado de agressões físicas ou morais.
-O que provoca traumas e problemas emocionais é, em primeiro lugar, a falta de amor e carinho, seguida de injustiça, violência física.
-Bater nos filhos é uma forma comum de violência física, que, em geral, começa com a palmadinha leve no bumbum.
Texto extraído livro:
"Limites Sem Trauma" de Tânia Zagury.

A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar
do tempo. Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase, e
ela sempre me soou estranha. Chegou a hora de reprimir de vez o
impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa,
protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha
hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para
controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da
frase, hoje absolutamente clara.
Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.
Antes que alguma mãe apressada me acuse de desamor, explico o que
significa isso.
Ser “desnecessária” é não deixar que o amor incondicional de
mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos,
como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos,
confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas
escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros
também. A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão
umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho, para os
dois lados, mãe e filho.
Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse
vínculo não pára de se transformar ao longo da vida. Até o dia em
que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e
recomeçam o ciclo. O que eles precisam é ter certeza de que estamos
lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no
fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o
conforto nas horas difíceis.
Pai e mãe – solidários – criam filhos para serem livres. Esse é o
maior desafio e a principal missão.
Ao aprendermos a ser “desnecessários”, nos transformamos em porto
seguro para quando eles decidirem atracar.
“Dê a quem você Ama :
– Asas para voar…
– Raízes para voltar…
– Motivos para ficar… ” – Dalai Lama”
TEXTO DE MARCIA NEDER
A EDUCAÇÃO ESPÍRITA DA CRIANÇA E SUA IMPORTÂNCIA
Assunto esse que já foi examinado por importantes estudiosos espíritas, encarnados e desencarnados.
Dentre os textos publicados acerca do tema, destacam-se dois:
- Um de Allan Kardec, publicado na ed. de fev de 1864 da Revista Espírita, como título "Primeiras Lições de Moral da Infância";
-Outro de Emmanuel, constante do cap. XXXV da obra que leva seu nome, psicografada em 1938 pelo médium Chico Xavier.
- Um de Allan Kardec, publicado na ed. de fev de 1864 da Revista Espírita, como título "Primeiras Lições de Moral da Infância";
-Outro de Emmanuel, constante do cap. XXXV da obra que leva seu nome, psicografada em 1938 pelo médium Chico Xavier.
Parece-nos que no meio espírita ninguém tem dívidas a respeito da importância da educação infantojuvenil realizada no lar e complementada na instituição espírita. O que se rerifica, no tocante ao assunto, é uma espécie de acomodação ou indiferença que faz com que tanto no lar, quanto no Centro Espírita, a tarefa seja relega a plano secun dário ou até mesmo negligenciada. Os pais modernos, espíritas ou não, costumam adotar um procedimento estranho e paradoxal.Levam suas crianças à natação, ao balé, ao judô, à aula de inglês, `academia de música, serviços remunerados e acima das possibilidades finaceiras de muitos pais; mas não as levam à escola de educação infantojuvenil que o Centro Espírita e as igrejas em geral oferecem gratuitamente.
Além disso, há pais espíritas que querem, mas não encontram receptividade por parte dos próprios filhos, envolvidos com outros assuntos e interesses.
Certa vez, uma senhora pediu a conhecido palestrante que convencesse suas filhas bem jovens a participar do Evangelho no Lar que ela e o marido mantinham em casa, tarefa que o casal realizava sozinho e da qual não havua meios de fazê-las participar.
O palestrante pergun tou às jovens por que elas não partic ipavam. Elas disseram que o motivo ero h horário: domingo, 9 horas da manhã, não era uma boa hora. Nesse horário elas preferiam estar no clube da cidade com suas amigas. O palestrantr sugeriu que fizessem então a reunião mais cedo: 8 horas, 7 horas, 6 horas... As jovens replicaram: Äí é muito cedo e nós ainda estamos dormindo". "Que tal então à tarde ou `noite? E elas: "Não dá, porque a gente já tem compromisso nesses horários".
Percebe-se, pelo exewmplo citado, que o que falta, em grande número de casos é boa vontade, compreensão da importância da tarefa, consciência de que na vida não podemos cuidar somente do corpo - que é perecível e transitório - ignorando as necessidades da alma - que é imortal e permanente.
No texto de Emmanuel a que nos reportamos, o benfeitor espiritual afirma: "Todas as reformas sociais, necessárias em vossos tempos de indecisão espiritual, têm de processar-se sobre a base do Evangelho. Como? - podereis objetar-nos. Pela educação, replicaremos". (Emmanel, cap XXXV - Educação Evangélica.)
Quanto ao pensamento Kardequiano, é sempre bom relembrar o que Allan Kardec esceveu a respeito do ensino trazido à Terra por Jesus
Ei-lo:
"Podem dividir- em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e o en sino moral. As quatro primeiras têm sido objeto de controvérsias; , a última porém, conservou-se constantemente inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É terreno onde todos os cultos podem reunir-se, estandarte sob o qual podem todos colar-se, quaisquer que sejam suas crenças, portanto jamais ele constituiu matéria das disputas religosas, que sempre e por toda a parte se originaram das questões dogmáticas. Aliás, se o discutissem, nele teriam as seitas encontrado suas própria condenação, visto que, na maioria, elas se agarram mais à parte mística do que à parte moral, que exige de cada um a reforma de si mesmo. Para os homens, em particular, constitui aquel códogp uma regra de proceder que abrange todas as circunstâncias da vida privada e da vida pública, o princípip básico de todas as relações sociais que se fundam na mais rigoras justiça. E, finalmente e acia de tudo o roteiro infalível para a felicidade vindoura, o levantamento de uma ponta do véu que nos oculta a vida futura." (O Evangelho Segundo o Espiritismos, Introdução
Extraido http://www.Mães solteiras
É um fenômeno mundial. No planeta inteiro, há milhares de anos, mulheres encaram a maternidade sozinhas.
Hoje até se tornou moda: mulheres independentes e financeiramente estáveis optam por criar os filhos sozinhas.
Mas, na maior parte das ocasiões, a maternidade solitária não é fruto de uma escolha.
Sim, ser mãe solteira é também amargar o abandono, a confiança traída. É encarar o futuro assustada, muitas vezes sem sequer ter saído da adolescência.
Como se sabe, na adolescência e na juventude, tudo parece ser maior, mais intenso e mais profundo do que realmente é.
Por isso, os mais jovens se apaixonam e imaginam que vão morrer de amor. Quando rompem um namoro, acreditam que jamais encontrarão alguém melhor. E as brigas familiares assumem proporções de tragédia.
Tudo isso é preciso ter em mente quando se analisa a questão das mães solteiras, da gravidez na adolescência e das crises que envolvem tais situações.
É óbvio que uma gestação na adolescência não é a situação ideal. Ela atrasa estudos, interrompe sonhos e planos, gera momentos de desconforto.
Mas o que fazer diante do fato concreto? E quando uma filha revela que está grávida, que atitude tomar?
Diante de uma gravidez, os pais entram em pânico e as filhas se desesperam ou se revoltam. Instala-se o caos.
É bem humano e natural que seja assim. É que criamos expectativas a respeito dos outros.
Os pais esperam que as filhas cursem uma Universidade, consigam um bom emprego, namorem, casem-se e constituam uma linda e harmoniosa família.
Por sua vez, as filhas também traçam planos, que às vezes até coincidem com o dos pais. Mas elas também desejam ser felizes, conseguir independência, ter um lar para chamar de seu, com algum conforto e muita alegria.
São projetos. Mas a vida tem surpresas pelas curvas do caminho. E a mais comum situação é ver os sonhos desaparecerem como bolhas de sabão.
E nessas ocasiões vem a pergunta: Como agir? Como ser solidário e bom com a filha grávida, sem deixar de chamá-la à responsabilidade própria?
As respostas a essas questões envolvem duas palavras: amor e sabedoria. Amor para compreender que a filha atravessa um momento delicado.
Muitas vezes foi abandonada, está sem chão, sem suporte. Desnorteada, não consegue ver o futuro. Pensa apenas na gravidade da situação, nos momentos próximos em que terá nos braços um filho.
E ela mesma é pouco mais que uma criança...
Para os pais, a hora é igualmente difícil. Abalados, decepcionados, choram e brigam, externando a dor interna. Mas são mais maduros.
É a hora de ganharem forças para amparar a filha necessitada.
E ajudar a filha mãe solteira não é assumir as responsabilidades dela nem a educação do neto.
Auxílio, nesse caso, é orientação, apoio psicológico e material, estímulo a continuar os estudos, cuidar do próprio filho e seguir em frente.
Por vezes fazemos tempestade em copo d´água. Ao contrário do que muita gente pensa, é possível ter filhos, estudar, trabalhar e concretizar todos os sonhos.
É lógico que tudo será mais trabalhoso e difícil, mas não é impossível. A dificuldade é consequência da invigilância.
Para isso, basta que alguém - pais, namorado, irmão, amigo, parente - faça uma pequena corrente de solidariedade e dê apoio.
Não se trata de assumir o papel da mãe nem suas obrigações. Isso jamais. Trata-se de pequenos gestos que farão toda a diferença no futuro.
Pense nisso!
www.momento de reflexão.com.br5 fatos sobre a ludoterapia
técnica psicoterápica voltada às crianças
Texto Diego Benine / Foto: Shutterstock
1. É uma técnica psicoterápica voltada às crianças que parte da premissa que brincar é um meio natural de autoexpressão infantil. Ou seja: elas são encorajadas a revelar seus sentimentos por meio da brincadeira.
1. É uma técnica psicoterápica voltada às crianças que parte da premissa que brincar é um meio natural de autoexpressão infantil. Ou seja: elas são encorajadas a revelar seus sentimentos por meio da brincadeira.
2. Os jogos e atividades empregados em uma sessão permitem a liberação detensões, frustrações, inseguranças, medos e sentimentos de agressividade.
3. Os pais geralmente agendam uma consulta quando seus filhos apresentam pelo menos um dos seguintes sintomas: insônia, dificuldade de aprendizagem, pesadelos, gagueira, timidez em excesso, irritabilidade e desvios alimentares.
4. Essa modalidade terapêutica também visa estimular a imaginação — sobretudo com histórias de contos de fadas, dragões e feiticeiras.
5. Os antagonistas que aparecem nas narrativas variam conforme o quadro a ser tratado. A ideia é mostrar à criança que eles podem ser vencidos. Esse recurso instiga a coragem e autoconfiança para enfrentar as dificuldades que hão de surgir nas demais fases da vida.
Minha filha, meu filho: só o amor educa.
Não existe educação real sem amor verdadeiro.
Mas você briga, implica, reclama, cobra, inferniza e quer educar. (Calunga)
Por Rita Foelker
A essência da educação é a imitação. Aprendemos repetindo as ações daqueles que temos como referenciais.
A maioria dos pais é muito preocupada em dizer ao filho como agir ou não agir, permitir ou não permitir - o que faz parte da sua função, mas está longe de ser o principal. Já ao falar, precisamos refletir sobre o peso do que estamos dizendo, no significado daquelas palavras para a criatura encarnada como nosso filho ou filha, em como isto vai repercutir dentro de seu ser, agora e no porvir. E pouco ou nada vai significar o que dissermos sem haver experimentado, vivenciado, todas as palavras que não vierem da nossa mais profunda verdade interior.
Mas quando Allan Kardec diz que Jesus é o modelo de perfeição para os seres humanos encarnados na Terra (O Livro dos Espíritos, questão 625), o princípio da imitação está sendo reafirmado.
E o que vem a ser um modelo?... Quando um artista toma uma cesta de flores como modelo para sua pintura, seu objetivo é reproduzir na tela a imagem da cesta, o mais fielmente possível. Quando tomamos Jesus como modelo para nossas ações, nosso intuito é reproduzir em nossas vidas os ensinamentos e exemplos do Mestre, da melhor maneira que pudermos.
Ensinar é ser. Não podemos realmente educar quando não vivemos as lições. Equivocadamente, valorizamos deveras o saber verbal, pensamos em oferecer conselhos e orientações aos nossos filhos, em lugar de exemplos, e cremos que este é o papel do pai e da mãe. Ao mesmo tempo, se damos exemplos em que eles constatam que nós mesmos não seguimos nossos conselhos e orientações... que espécie de educador estamos sendo? Desde bebês, os filhos são observadores atentos dos pais. Quando crescem, lembram-se de coisas que fizemos, das quais nós mesmos nos esquecemos.
Se passamos tempo de qualidade com eles, se oferecemos atenção sincera e carinho, se saímos a passear e fazemos coisas juntos, tudo isto permanecerá com eles para sempre, e esta é nossa maior herança. E também o modo como encaramos a família e a vida profissional, o jeito como tratamos as pessoas, nossa relação com os estudos e a leitura, nossa atitude perante a Natureza e as pessoas que nos procuram precisando de ajuda.
Imaginamos que herança é dinheiro, bens materiais, o que é compreensível. Mas nosso legado material pode fazer ou não parte do compromisso reencarnatório deles, além do que, não é garantia de saúde e felicidade. O verdadeiro presente que deixamos para nossos filhos, de bens imortais e incorruptíveis, é aquilo que somos. Vai estar sempre em suas memórias, em seus gestos, em suas atitudes.
Oferecemos aquilo que somos, o que nos coloca diante de novas questões: será que conseguimos servir de inspiração para os nossos filhos? Será que eles têm vontade de ser como nós? Será que nós gostamos verdadeiramente daquilo que nos tornamos?*Em Idéias Fortalecedoras, Ed. GIL
DAR LIMITES É...
-Ensinar que existem OUTRAS pessoas no mundo.
-Fazer a criança compreender que seus direitos acabam onde começam os direitos dos outros.
-Dizer "sim" sempre que possível e "não" sempre que necessário.
-Só dizer "não" aos filhos quando houver uma razão concreta.
-Mostrar que muitas coisas podem ser feitas e outras não podem ser feitas.
-Fazer a criança ver o mundo com uma conotação social (con-viver) e não apenas psicológica (o meu desejo e o meu prazer são as única coisas que contam).
-Ensinar a tolerar pequenas frustrações no presente para que, no futuro, os problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e maturidade (a criança que hoje aprendeu a esperar sua vez de ser servida à mesa amanhã não considerará um insulto pessoal esperar a vez na fila do cinema ou aguardar três ou quatro dias até que o chefe dê um parecer sobre sua promoção).
-Desenvolver a capacidade de adiar satisfação (se não conseguir emprego hoje, continuará a lutar sem desistir ou, caso não tenha desenvolvido esta habilidade, agirá de forma insensata ou desequilibrada, partindo, por exemplo, para a marginalidade, o alcoolismo ou a depressão).
-Evitar que seu filho cresça achando que todos no mundo têm de satisfazer seus mínimos desejos e, se tal não ocorrer (o que é mais provável), não conseguir lidar bem com a menor contrariedade, tornando-se, aí sim, frustrado, amargo ou, pior, desequilibrado emocionalmente.
-Saber discernir entre o que é uma necessidade dos filhos e o que é apenas desejo.
-Compreender que direito à privacidade não significa falta de cuidado, descaso, falta de acompanhamento e supervisão às atividades e atitudes dos filhos, dentro e fora de casa.
-Ensinar que a cada direito corresponde um dever e, principalmente:
Dar exemplo!
Quem quer ter filhos que respeitem a lei e os homens tem de viver seu dia-a-dia dentro desses mesmos princípios, ainda que a sociedade tenha poucos indivíduos que agem dessa forma.
DAR LIMITES NÃO É...
Para Dedicar Tempo aos Filhos é Preciso Deixar Outras Coisas de lado - Por Sergio Sinay
O escritor Sergio Sinay, 66 anos, é um especialista em vínculos humanos. Sociólogo e jornalista, formou-se na Escola de Psicologia da Associação Gestáltica de Buenos Aires. Requisitado consultor sobre assuntos familiares e relações pessoais, tem vários livros publicados. O mais novo,Sociedade dos Filhos Órfãos, que acaba de sair em português (Editora BestSeller), é uma dura crítica ao modo de vida da atualidade, em que pais delegam a educação e a atenção aos filhos para babás, escolas e até para as novas tecnologias – como celular, televisão e computadores. Esse comportamento transmite aos filhos a noção errada de que basta ter dinheiro para encontrar quem se encarregue daquilo que nos cabe fazer, afirma Sinay, em seu livro.
Casado e pai de um jovem, Sinay diz que o amor é uma construção contínua que se fortalece diariamente com responsabilidade e comprometimento. “Para dedicar tempo aos filhos, é preciso deixar outras coisas de lado”. A seguir trechos da entrevista concedida ao Mulher7x7.
Pergunta - Há uma geração de filhos sem pais presentes nascendo ou ela sempre existiu?
SERGIO SINAY – Sempre houve pais que não assumem responsabilidades e sempre haverá. Mas nunca houve como hoje um fenômeno social tão amplo e profundo a ponto de criar uma geração de filhos órfãos de pais vivos. Pela primeira vez podemos dizer, infelizmente, que os filhos com pais presentes que cumprem suas funções são uma minoria.
Até que ponto a relação dos pais com os filhos reproduz um estilo de vida da atualidade?
Vivemos numa cultura do utilitarismo, em que se busca o material a qualquer preço e por qualquer caminho. As pessoas se medem pelo que possuem e não pelo que são. Os pais correm atrás do material e descuidam de seus filhos que, por sua vez, aprendem a valorizar apenas o bem material. Essa é a fórmula para criar filhos materialistas.
Em vários trechos do livro, o senhor diz estar convencido de que muita gente ficará irritada com o que está escrito. Por quê?
Porque muita gente não gosta de escutar ou ler o que precisa, apenas o que gosta. Os pais de filhos órfãos, em sua maioria, não admitem sua própria conduta e acreditam que ser pai e mãe consiste em comprar coisas para os filhos, matriculá-los em escolas caras, dar celulares e computadores modernos.
O senhor relaciona o fracasso dos pais na educação dos filhos ao medo que eles têm da reprovação infantil. De onde vem esse medo e como fugir dessa armadilha?
O medo vem de uma cultura que transformou as relações humanas em transações comerciais. As pessoas se enxergam como recursos ou clientes. Os pais tratam de comprar o amor dos filhos e temem que o cliente não esteja contente. O carinho dos filhos não se compra. Amor se constrói com presença, atitudes e assumindo a responsabilidade de liderar o caminho dessa vida em direção à autonomia. Para isso, há que se estabelecer limites, marcar as fronteiras, frustrar. Criar e educar é também frustrar, ensinar que nem tudo é possível. Só assim se ensina a escolher. E só quem escolhe pode ser livre. Os pais, no entanto, têm medo de não ser simpáticos, então se esquecem de ser pais, que é o que os filhos precisam.
Ao se referir ao modelo do passado, em que as mães eram o retrato do sacrifício, e os pais, da disciplina ainda que com distância emocional, o senhor diz que todos sabiam seu papel, algo não acontece hoje. Aquele modo de educar era de alguma forma melhor?
Aquele modo de educar tinha muitas limitações e era muito rígido em muitos aspectos. Mas se sabia claramente quem eram os pais e quem eram os filhos. Os pais não tinham medo de atuar como pais, ainda que às vezes cometessem excessos em sua autoridade. Mas é sempre mais fácil corrigir um excesso do que superar uma ausência. Alguém pode mudar um modelo pobre ou insuficiente. Muito mais grave é não ter modelo.
Ao abordar o problema de jovens envolvidos com drogas e violência, o senhor diz que a solução é os pais terem mais controle sobre o que eles fazem e onde vão. Como não resvalar para a superproteção?
A infância e a adolescência são etapas muito breves da vida e necessárias para o amadurecimento biológico, psíquico e cognitivo. Seremos adultos a maior parte da nossa vida. A adolescência termina entre os 18 e os 19 anos. Quando os pais são ausentes ou não cumpriram suas funções, vemos adolescentes imaturos de 30 ou 40 anos. Se os pais pegam no leme do barco, e realizam esse trabalho com amor, ao fim da adolescência, seus filhos serão pessoas com ferramentas para caminhar pela vida. Terão muito por aprender ainda, mas terão boas bases e um bom sistema imunológico contra os principais perigos sociais. Os limites do controle vão mudando com a idade dos filhos e vão se flexibilizando até desaparecer por completo. Para saber quando e como modificá-los, há que estar presente.
Ao propor que os pais busquem interagir com outros pais para a realização de programas em comum e conversas que afinem experiências e atitudes, o senhor está sugerindo que educar é, de alguma forma, uma obra coletiva?
Educar é uma missão intransferível de quem, biologicamente ou por adoção, criou um vínculo de maternidade e paternidade. A responsabilidade é sempre individual. Conversar com outros pais e empreender projetos comuns, ajuda a afirmar a tarefa e permite a troca de experiências úteis.
Nas grandes cidades, em que muitos pais sequer comparecem às reuniões na escola, não é uma utopia propor essa interação entre os pais?
Sem utopias, não se avança. E se cruzarmos os braços, perdemos a batalha. Muitos casais responsáveis e amorosos se sentem sozinhos, não concordam com o que vêem outros pais fazendo e seguem adiante com suas convicções. Por isso, há que falar e propôr interação, dizer a eles “vocês estão num bom caminho”, compartilhem isso. Quando esses pais começarem a falar descobrirão que muita gente pensa assim também, mas estava em silêncio.
É o caso de uma família evitar certos círculos de pessoas e lugares, e até cidades, se achar que a vida do filho está indo pelo caminho errado?
Não se pode ter medo de tomar decisões, dizer não, proibir certas relações perigosas. Os filhos vão protestar, tentarão transgredir. Isso não é um problema, é parte do processo. Os filhos sempre buscarão transgredir para crescer. O problema é quando os pais viram o rosto, olham para o outro lado, não estabelecem limites ou têm medo dos filhos. Ser pai com amor e presença não significa converter-se em uma pessoa simpática, em um animador de televisão. Às vezes, há que se tomar medidas duras.
O senhor diz que muitos pais usam a suposta importância da qualidade do tempo ao lado do filho para justificar a ausência. O que é qualidade de tempo com o filho, na sua opinião?
Não há qualidade sem quantidade. Em qualquer tarefa para alcançar qualidade é preciso tempo, compromisso, dedicação. O famoso “tempo de qualidade” de que falam muitos pais – e que inclusive tem o apoio de pediatras e psicólogos infantis – é uma desculpa para que os pais não se sintam culpados. Os pais são adultos e um adulto sabe que na vida não se pode tudo. Há que optar. Para dedicar tempo aos filhos, é preciso deixar outras coisas de lado. O “tempo de qualidade” são cinco minutos nos quais os pais culpados dão tudo aos filhos para evitar o conflito. Isso faz muito mal aos filhos. Se não há tempo, não há qualidade. E se não há tempo para os filhos, é preciso pensar antes de se tornar pais. Depois é tarde.
Mas muitos pais não escolhem seus horários, o tempo que perdem no trânsito e, por falta de opção, ficam menos com os filhos do que gostariam. O senhor não acha que os filhos aprendem a diferenciar os pais que nunca estão porque não querem dos pais que não estão porque não podem?
A responsabilidade de ser pais nos obriga a fazer escolhas. É verdade que os pais são demandados por muitas atividades. Mas eu pergunto “são todas obrigatórias?”. Muitas vezes, trabalha-se demais para pagar o que não é necessário. Ser pai e mãe é uma oportunidade para aprender a diferenciar os desejos das necessidades. É uma oportunidade para aprender a diferenciar o que a publicidade vende do que realmente precisamos. Tudo que requer nosso tempo é imprescindível? Podemos trabalhar menos enquanto criamos os filhos pequenos? É possível dividir melhor o tempo entre pais e mães? Por que tem que ser sempre a mãe a que duplica suas tarefas? Por que podemos dizer “não” ao tempo que nossos filhos exigem de nós em vez de dizer “não” aos outros? Se os pais têm sempre tempo para suas obrigações e nunca para seus filhos, os filhos aprendem que essas outras coisas (trabalho, reuniões, encontros sociais, esportes etc) são mais importantes do que eles porque nunca podem ser adiados. Não é obrigação dos filhos compreender os pais (ainda mais quando são pequenos). É obrigação dos pais atender às necessidades dos filhos.Por isso é preciso pensar antes de ser tornar pai e mãe.
O senhor critica também a estratégia de entreter as crianças com DVDs em viagens para elas ficarem quietas. Vemos esse comportamento da não-interação se estendendo à mesa de restaurantes, festas. Onde está o erro dessa atitude?
Ser pai e mãe é um trabalho. Não se pode delegar esse trabalho às novas tecnologias. Essas tecnologias muitas vezes nos conectam mas nos tornam incomunicáveis. Isso se vê especialmente nas famílias, onde todos têm celulares e computadores, mas não mantêm diálogos nem proximidade.
O senhor diz que escola não educa, ensina. O que não se deve esperar da escola?
Educar é transmitir valores por atitudes, vivendo os valores que pregamos. Educar é ensinar que as pessoas são o fim, e não o meio, algo que se passa por vínculos. Educar é transmitir a certeza de que cada vida tem um sentido e há que viver a busca desse sentido. Isso é educar, é o que fazem os pais com presença, ações e condutas. A escola é a grande socializadora que ensina a viver a diversidade e a respeitá-la, que treina habilidades para viver e atuar no mundo, que dá informação vital sobre esse mundo e que é uma ponte para ele. A escola e os pais são sócios, não podem se separar, nem se enfrentar. Tem que atuar de um modo cooperativo. Os filhos são alunos da escola, não clientes. A escola não é um parque de diversões, nem creche, nem shopping. A escola não pode fazer a vez do pai e da mãe. Os pais não podem pedir à escola que ocupe o lugar que eles deixam vago. Pais que não respeitam as escolas ensinam seus filhos a não respeitar as instituições.
Que mensagem o senhor daria para os pais que, sem perceber, estão deixando os filhos de lado acreditando estarem fazendo a coisa certa?
Eu os recordaria que ser pai e mãe foi uma escolha. Em pleno século 21, quem não quer ter filhos não tem, de modo que não há desculpas. Quem tem filhos tem responsabilidades sobre uma vida. Essa vida precisa de respostas. E diria que só há uma maneira de aprender a ser pai e mãe: convivendo com os filhos, estando presentes em suas vidas, errar, pedir desculpas, reparar o erro e seguir adiante, sempre com responsabilidade e presença.
Em seu livro, o senhor deixa claro que educar é um processo contínuo que exige envolvimento e dá trabalho, mas é fato que muita gente opta por soluções fáceis. Que soluções fáceis devem ser postas de lado?
Filhos não vêm com manual de instruções. Cada filho é uma pessoa única. Por isso não há soluções fáceis nem receitas. Nossos filhos nos ensinam a ser pais. Querer que um pediatra, um professor, um psicólogo, a televisão, a internet, uma babá, os avós ou a escola se encarregue dos filhos é buscar uma solução fácil. Pais que procuram esse tipo de solução provam que o problema são eles, e não os filhos. Os filhos nunca são o problema. O grande e maior problema (vício em drogas, alcoolismo, violência juvenil, acidentes de carro, comportamento de risco, doenças novas como obesidade infantil ou déficit de atenção, entre outros) não está nos filhos, nas crianças ou nos adolescentes. Estão nos pais.
É possível impor limites sem ser chato?
Aquele que impõe limites não recebe sorrisos nem aplausos, mas assume responsabilidades e logo colherá frutos.
O senhor afirma que o amor é uma construção. O senhor acredita em amor incondicional?
Como bem dizia Alice Miller, uma extraordinária psicóloga suíça que morreu no ano passado, aos 83 anos, e era uma grande defensora dos filhos, o único amor incondicional que existe é dos filhos para os pais. As crianças precisam muito mais dos pais: para crescer, ser guiadas, ter proteção, ser alimentadas, receber valores e, sobretudo, ser amadas. Os filhos não precisam provar seu amor aos pais, mas se os pais amam seus filhos devem dar a eles provas desse amor, acompanhando seu crescimento, transmitindo-lhes valores, colocando limites, frustrando quando necessário, oferecendo um modelo de vida que faça sentido. Sem isso, o amor será apenas palavras.
Infantolatria: as consequências de deixar a criança ser o centro da família
Além das complicações na vida dos filhos, como dificuldade de socialização e insegurança, deixar a criança comandar a dinâmica familiar pode prejudicar – e muito – o casal
Raquel Paulino
“Um bebê não tem poder para determinar como será a dinâmica familiar. Se isso acontece, é porque os pais promovem”, afirma psicanalista
As atividades da família são definidas em função dos filhos, assim como o cardápio de qualquer refeição. As músicas ouvidas no carro e os programas assistidos na televisão precisam acompanhar o gosto dos pequenos, nunca dos adultos. Em resumo, são as crianças que comandam o que acontece e o que deixa de acontecer em casa. Quando isso acontece e elas já têm mais de dois anos de idade, é hora de acender uma luz de alerta. Eis aí um caso de infantolatria.
“O processo de mudança nos conceitos de família iniciado no século 18 por Jean-Jacques Rousseau [filósofo suíço, um dos principais nomes do Iluminismo]
chegou ao século 20 com a ‘religião da maternidade’, em que o bebê é um deus e a mãe, uma santa. Instituiu-se o que é uma boa mãe sob a crença de que ela é responsável e culpada por tudo que acontece na vida do filho, tudo que ele faz e fará. Muitos afirmam que a mulher venceu, pois emancipou-se e foi para o mercado de trabalho, mas não: é a criança que entra no século 21 como a vitoriosa. Esta é a semente da infantolatria”, explica a psicanalista Marcia Neder, pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Psicanálise e Educação da Universidade de São Paulo (Nuppe-USP) e autora do livro “Déspotas Mirins – O Poder nas Novas Famílias”, da editora Zagodoni.
Em poucas palavras, Marcia define infantolatria como “a instituição da mãe como súdita do filho e o adulto se colocando absolutamente disponível para a criança”. E exime os pequenos de qualquer responsabilidade sobre o quadro: “Um bebê não tem poder para determinar como será a dinâmica familiar. Se isso acontece, é porque os pais promovem”.
Reinado curto
A verdade é que existe um período em que os filhos podem reinar na família, mas ele é curto. “Quando o bebê nasce e chega em casa, precisa ser colocado no centro das ações, pois precisa ser decifrado, entendido. Ele deve perder o trono no final do primeiro, no máximo ao longo do segundo ano de vida, para entender que existe o outro, com necessidades e vontades diferentes das dele”, esclarece Vera Blondina Zimmermann, psicóloga do Centro de Referência da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A infantolatria ganha espaço quando os pais não sabem ou não conseguem fazer essa adequação da criança à realidade que a cerca e a mantêm no centro das atenções por tempo indefinido. “Em uma família com relacionamento saudável, o filho entra e tem que ser adaptado à dinâmica da casa, à rotina dos adultos”, afirma a psicóloga.
Segurança ou insegurança?
Na casa da analista contábil Paula Torres, é ao redor de Luigi, de cinco anos, que tudo acontece. Entre os privilégios do garoto estão definir o canal em que a TV fica ligada e o dia do fim de semana em que será servida pizza no jantar. “Acho importante a criança se sentir amada e saber que suas vontades são relevantes para a família”, opina.
Ela conta que seu marido, o também analista contábil Luiz André Torres, não gosta muito disso e constantemente reclama que o filho é mimado demais. “Mas bato o pé e defendo essa proteção. Quando o Luigi crescer, será mais seguro para lidar com os adultos, já que suas opiniões são levadas em consideração pelos adultos com quem ele convive desde já”, acredita.
Não é o que as especialistas dizem. “Se o filho fica no nível dos pais, acaba criando para si uma falsa sensação de poder e autonomia que, em um momento mais adiante, se traduzirá em uma profunda insegurança. Ele sentirá a falta de uma referência forte de segurança de um adulto em sua formação”, explica Vera.
Marcia diz ainda que, ao chegar à idade adulta, esse filho cobrará os pais. “Ele olhará ao redor e verá outras pessoas se realizando independentemente dele. A criança que acha que o mundo tem que parar para ela passar não consegue imaginar isso acontecendo e não está preparada para lidar com a mínima das frustrações. Em algum ponto, acusará os pais de terem sido omissos”.
Para Vera, supervalorizar os pequenos e nivelá-los aos adultos “é o resultado de uma projeção narcísica dos pais nos filhos, que se veem nas qualidades que enxergam em suas crianças”. Marcia concorda: “Isso tudo tem a ver com a vaidade da mãe, que considera aquele filho uma parte melhorada dela própria e, por isso, a criatura mais importante do mundo”.
Os alertas do dia a dia
Muitas vezes, os pais não se dão conta de que estão tratando os filhos como reis ou rainhas, então precisam levar uns chacoalhões da realidade fora de suas casas. “Eles geralmente caem em si quando começa a sociabilização. A escola reclama porque o aluno não respeita as regras, a criança tem dificuldade para fazer amiguinhos porque as outras, com autoestima positiva, não querem ficar perto de alguém que ache que manda em todos”, aponta Vera.
“Em um futuro bem imediato, as reações dos colegas podem fazer a criança perceber que precisa mudar. Ela se comportará com eles como faz com a família e receberá a não-aceitação como resposta. Terá de lidar com isso para ter amigos”, afirma Marcia.
Mesmo assim, ela ainda correrá o risco de não conseguir rever seus comportamentos devido a uma superproteção parental, adverte Vera: “Em alguns casos dá para ela se salvar, mas muitos pais preferem culpar o ‘mundo injusto com seu filho perfeito’, o que impede que ela entenda as necessidades dos outros e reforça seus problemas de inadequação para a adaptação social”.
E como fica o casal?
Além de todas as complicações causadas pela infantolatria na vida dos filhos, ela prejudica – e muito – o casal que a promove. “Na relação saudável, o casal continua sendo o mais importante na família mesmo com a chegada da criança. Se os pais mantêm o filho no centro por mais tempo do que o necessário, acabarão se afastando”, alerta Vera.
“Some o casal. O ‘marido’ e a ‘mulher’ passam a ser o ‘pai’ e a ‘mãe’. E se em uma casa a mãe é a santa e o filho é o deus, onde fica o espaço do pai?”, questiona Marcia. “Muitos tentam entrar, reconquistar seu espaço, mas outros simplesmente caem fora”, constata.
O futuro da infantolatria
Sabendo disso tudo, os pais têm condições de se preparar para evitar os estragos na criação dos filhos. Marcia conta que percebe que as pessoas têm encontrado em sua análise uma saída para a tirania infantil.
“Não sou adivinha, mas creio que o novo arranjo familiar, em que os pais também assumem funções na criação dos filhos e as mães seguem carreiras por prazer, vá ajudar a mudar o panorama, assim como os arranjos homoparentais que começam a ser mais comuns”, diz, para complementar: “Creio que todos os comportamentos continuarão existindo, mas temos a obrigação de trabalhar para reverter esse quadro. O filho não é o centro porque quer, mas porque o adulto permite”.
Vera enxerga o futuro da situação de forma um pouco diferente. “Nossa sociedade é muito apressada e, no geral, não dá espaço para a preocupação com o outro. Isso tende a potencializar esse tipo de problema, a naturalizar para a criança o fato de que ela é o que mais importa, como aprendeu em casa com o comportamento dos pais em relação a ela”, finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário