sexta-feira, 7 de agosto de 2015

HONESTIDADE


    A humanidade cada vez mais demonstra preocupação com questões transcendentes da vida.

    A consciência de que viver não se resume a aspectos materiais se dissemina pela sociedade.

    Fala-se em entrar em contato com a própria essência, em desenvolver a espiritualidade.

    Independentemente de filiação a determinada corrente religiosa, a ampla maioria afirma acreditar em uma força superior.

    Isso revela as criaturas buscando identificar a razão de sua existência.

    Como tudo no universo encontra-se em constante metamorfose e aprimoramento, conclui-se que o progresso é uma das finalidades da vida.

    O anseio pelos aspectos sublimes da existência demonstra justamente as criaturas em pleno processo evolutivo.

    Mas é importante recordar que a evolução dá-se de modo cadenciado.

    Na natureza não ocorrem saltos.

    As espécies não se transformam repentinamente.

    Determinadas etapas devem ser vencidas para ser possível atingir-se a fase seguinte.

    É como a construção de uma casa: ninguém inicia pelo acabamento.

    Faz-se necessário antes providenciar sólida estrutura.

    O mesmo ocorre com o psiquismo das criaturas.

    A identificação com as faixas superiores da vida pressupõe o domínio de aspectos básicos do viver.

    A harmonia e a paz são o resultado de vivências nobres do espírito.

    Tais conquistas não são improvisáveis e nem surgem de um momento para o outro.

    Assim, ao preocupar-se com questões transcendentes, não esqueça coisas elementares.

    A honestidade é justamente uma das primeiras virtudes a serem conquistadas por quem deseja a paz e a felicidade.

    O céu não é um local determinado no espaço, mas um estado de consciência, de harmonia com as leis divinas.

    Mas não é possível harmonizar-se com tais leis sem o rigoroso atendimento dos próprios deveres.

    Ser honesto implica demonstrar lealdade em todos os aspectos da existência.

    O homem honesto realiza as tarefas que lhe cabem, com ou sem testemunhas.

    Ele não inventa desculpas para avançar sobre o patrimônio do vizinho.

    Infelizmente, nossa sociedade vive uma grande crise ética.

    Ao tempo em que demonstram indignação com a desonestidade alheia, os indivíduos são com freqüência desleais em seus negócios particulares.

    Muitas vezes, quem reclama dos políticos não paga corretamente seus impostos.

    Inúmeros estudantes bradam contra a falta de ética de governantes e empresários, mas colam nas provas e copiam as tarefas dos colegas.

    Esse gênero de conduta sinaliza apenas hipocrisia.

    Como afirmou Jesus, é necessário dar a César o que é de César.

    Ao agir honestamente, ninguém faz mais do que a obrigação.

    Mas não há como desenvolver harmonia espiritual se nem a honestidade ainda foi assimilada.

    É paradoxal fazer caridade sem pagar as próprias contas.

    A torpeza dos outros não lhe serve de desculpa.

    Antes de preocupar-se com a ausência de ética alheia, analise seu modo de viver.

    Pense se você tem condições de assumir tudo o que faz e diz. 

    Pense nisso! 

    A lealdade irrestrita é uma recompensa em si mesma, pois confere dignidade e auto-respeito.

    Assim, se você deseja viver em paz, seja honesto.

    Afinal, a conquista da paz pressupõe poder observar o próprio proceder sem remorso ou vergonha. 

    (Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.  -www.momento.com.br )

 

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