quinta-feira, 10 de março de 2016

O TESTE



Reunião pública de 11-12-59 - Questão 469 - O Livro dos Espíritos

    Lutando, disseste: "não posso mais".
    E ajudaste os que te roubam a fortaleza.
    Batido, clamaste: "reagirei".
    E amparaste os que te induzem à violência.
    Esquecido, gemeste: "estou sozinho".
    E ajudaste os que te bloqueiam a confiança.
    Caluniado, gritaste: "vingar-me-ei".
    E amparaste os que te guiam à crueldade.
    Ferido, bradaste: "quero justiça".
    E ajudaste os que te furtam a tolerância.
-o-
    - Enjoei de viver.
    - A fadiga me vence.
    - Tudo perdido.
    - Nada mais a fazer.
    Tentando justificar-te, recorres à filosofia de ocasião e repetes rifões e chavões antigos:
    - A dança obedece à música.
    - Faço como me ensinam.
    - Seja virtuoso quem puder ser.
    - Amanhã virá quem bom me fará.
    - Tarde demais.
    - Fiz tudo.
    - Depois eu faço.
    - Lavei as mãos.
-o-
    Recorda, porém, que toda dificuldade é teste renovador.
    Todos somos tentados na imperfeição que trazemos.
    Queixa é fuga.
    Impaciência é perigo.
    Censura é auxílio ao perseguidor.
    Revolta é força que apressa o crime.
    Ataque é óleo no fogo.
    Desforço é golpe que apaga a luz.
    Desespero é chave do ladrão.
    Maltratado, busca o bem.
    Injuriado, fala o bem.
    Contrariado, procura o bem.
    Traído, renova o bem.
    Assaltado, conserva o bem.
    A única fórmula clara e segura de vencer, no teste contra as influências inferiores,
será sempre, o que for, com quem for e seja onde for, esquecer o mal e fazer o bem.


(Francisco Cândido Xavier/Emmanuel. In: Religião dos Espíritos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário