Reunião pública de 11-12-59 - Questão 469 - O Livro dos Espíritos
Lutando, disseste: "não posso mais".
E ajudaste os que te roubam a fortaleza.
Batido, clamaste: "reagirei".
E amparaste os que te induzem à violência.
Esquecido, gemeste: "estou sozinho".
E ajudaste os que te bloqueiam a confiança.
Caluniado, gritaste: "vingar-me-ei".
E amparaste os que te guiam à crueldade.
Ferido, bradaste: "quero justiça".
E ajudaste os que te furtam a tolerância.
-o-
- Enjoei de viver.
- A fadiga me vence.
- Tudo perdido.
- Nada mais a fazer.
Tentando justificar-te, recorres à filosofia de ocasião e repetes rifões e chavões antigos:
- A dança obedece à música.
- Faço como me ensinam.
- Seja virtuoso quem puder ser.
- Amanhã virá quem bom me fará.
- Tarde demais.
- Fiz tudo.
- Depois eu faço.
- Lavei as mãos.
-o-
Recorda, porém, que toda dificuldade é teste renovador.
Todos somos tentados na imperfeição que trazemos.
Queixa é fuga.
Impaciência é perigo.
Censura é auxílio ao perseguidor.
Revolta é força que apressa o crime.
Ataque é óleo no fogo.
Desforço é golpe que apaga a luz.
Desespero é chave do ladrão.
Maltratado, busca o bem.
Injuriado, fala o bem.
Contrariado, procura o bem.
Traído, renova o bem.
Assaltado, conserva o bem.
A única fórmula clara e segura de vencer, no teste contra as influências inferiores,
será sempre, o que for, com quem for e seja onde for, esquecer o mal e fazer o bem.
(Francisco Cândido Xavier/Emmanuel. In: Religião dos Espíritos)
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