quarta-feira, 1 de abril de 2015

NOS DOMÍNIOS DA AÇÃO


“Mas nada quis fazer sem o teu parecer, para que o teu benefício
não fosse por obrigação, e sim de livre vontade”.
– Paulo. (FILÉMON, 1:14)


Orgulha-se o homem de teres e haveres e costuma declarar, às vezes com excelentes razões, que os ajuntou à custa de esforço enorme... Entretanto, o Senhor é quem lhe emprestou os meios para adquiri-los, esperando que ele os administre sensatamente.
Envaidece-se da cultura intelectual e, frequentemente, assevera, em algumas circunstâncias com seguras justificativas, que deve os tesouros do pensamento aos sacrifícios que despendeu para estudar... Todavia, o Senhor é quem lhe confiou os valores da inteligência para que ele os abrilhante na construção da felicidade comum a todos.
Ensoberbece-se do poder de que dispõe, afirmando, em determinados casos não sem motivo, que efetuou semelhante aquisição a preço de trabalho e sofrimento... No entanto, é o Senhor quem lhe propiciou os recursos para a conquista da autoridade, na expectativa de que ele a exerça dignamente.
Ufana-se com respeito à saúde que usufrui e proclama, em certas ocasiões com base respeitável que mantém a euforia orgânica a expensas de rigorosa disciplina pessoal... Contudo, o Senhor é quem lhe faculta os elementos essenciais de sustentação do próprio equilíbrio, a fim de que ele empregue o corpo no levantamento do bem geral.
Rejubila-te, pois, com as possibilidades de auxiliar, instruir, determinar e agir, mas, consoante o ensinamento do Apóstolo, não olvides que a bondade do Senhor vige nos alicerces de tudo o que tens e reténs, a fim de que te consagres ao serviço dos semelhantes, na edificação do Mundo Melhor, não como quem assim procede, através de constrangimento, mas de livre vontade.

(Francisco Candido Xavier por Emmanuel. In: Palavras de vida eterna

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