quinta-feira, 24 de setembro de 2015

TRANQUILIZANTE


Emmanuel
 

Não são os problemas da vida em si que nos agravam a tensão nervosa... São as questões-satélites que nascem de nossas dificuldades para aceitá-los.

 

Quantas vezes, pervagamos na Terra, sofrendo emoções desequilibradas, diante de companheiros queridos que não desejam, por agora, o nosso modo de ser? E em quantas outras nos atormentamos inutilmente, perante obstáculos complexos que claramente não nos será possível liquidar em apenas um dia?

 

Entretanto, observemos:

 

- enfermidades aparecerão sempre no mundo, pedindo tratamento e não inconformidade para as melhoras precisas;

- entes amados em luta são telas de rotina, solicitando entendimento e não atitudes condenatórias para alcançarem o reequilíbrio;

- erros nossos e faltas alheias fazem parte do nosso aprendizado na escola da experiência, exigindo calma e não censura para serem retificados;

- tentações são inevitáveis, em todos os sentidos, nos climas de atividade indispensáveis à nossa formação de resistência, reclamando serenidade e não agitação para serem extintas.

 

Em todas as situações aflitivas, use a prece como sendo o nosso melhor tranquilizante no campo do espírito.

E quando problemas apareçam, não se deixe arrastar nas labaredas da angústia.

Você pode ficar em paz.

Para isso, basta que você trabalhe e deixe Deus decidir.

 

(Do livro "Busca e Acharás", pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier, edição IDEAL)

 

domingo, 20 de setembro de 2015

No Trato com os Outros

 

"A origem do mal reside no egoísmo e no orgulho;

os abusos de toda espécie cessarão quando os homens se regerem pela lei da caridade."

Alan Kardec (E.S.E. Cap.XVI ltem X).

 

Conserve a paciência com aqueles que não aplicam a solicitude no trato com você. Recorde que a enfermidade pode estar a minar-lhes o organismo.

 

Quando alguém admoestá-lo, mesmo injustamente, silencie e desculpe. Deixe, que a vida se encarregará de colocar os pretensiosos em seus devidos lugares.

 

Se a intriga dificultar-lhe os bons propósitos, não lhe confira a honra de sua revolta. Quase sempre o intrigante é colhido nas malhas da rede que tece.

 

Procure entender a explicação deficiente que o amigo lhe dá. Ele não dispõe de melhores recursos de expressão.

 

Quando convidado a opinar em assunto que desconhece, afirme sua ignorância sobre o caso. Melhor é apresentar-se com simplicidade do que informar erradamente.

 

Se o interlocutor, magoado com a força de seu argumento, deixa bruscamente o tema da palestra, cale e desculpe-se. É provável que ele não se encontre preparado para a lógica das argumentações seguras.

 

Insista no auxílio, mesmo que este seja feito com o silêncio de sua intenção superior. O recalcitrante é infeliz pela própria organização nervosa que lhe aciona a vida.

 

Quando constrangido a arbitrar entre discutidores, a melhor posição é a humildade. Cada antagonista conta com a certeza da vitória para a opinião que defende. Passado o calor do debate, exponha com naturalidade seu pensamento.

 

Se a informação solicitada demorar em ser atendida, guarde calma e repita o pedido. Talvez seu interpelado seja surdo.

 

Há comezinhos incidentes no trato com os homens que, evitados, realizam a paz em todos os corações.

 

Cultive a confiança, na serenidade, e caminhará com segurança, no trato com os outros.

 

(Marcos Prisco. Do livro: Glossário Espírita-Cristão, Médium: Divaldo Pereira Franco, 4a edição. Salvador, BA: LEAL, 1993)

 

sábado, 19 de setembro de 2015

A CRÍTICA


    Convidada a fazer uma preleção sobre a crítica, a conferencista compareceu ante o auditório superlotado, carregando pequeno fardo.

    Após cumprimentar os presentes, retirou os livros e a jarra de água de sobre a mesa, deixando somente a toalha branca.

    Em silêncio, acendeu poderosa lâmpada, enfeitou a mesa com dezenas de pérolas que trouxera no embrulho e com várias dúzias de flores frescas e perfumadas.

    Logo após, apanhou na sacola diversos enfeites de expressiva beleza, e enfileirou-os com graça.

    Em seguida, colocou sobre a mesa um exemplar do Novo Testamento em capa dourada.

    Depois, diante do assombro de todos, depositou em meio aos demais objetos pequenina lagartixa, num frasco de vidro.

    Só então se dirigiu ao público perguntando:

    O que é que os senhores estão vendo?

    E a assembleia respondeu, em vozes discordantes:

    Um bicho!

    Um lagarto horrível!

    Uma larva!

    Um pequeno monstro!

    Esgotados breves momentos de expectação, a expositora considerou:
    Assim é o espírito da crítica destrutiva, meus amigos!

    Os senhores não enxergaram o forro de seda alva, que recobre a mesa.

    Não viram as flores, nem sentiram o seu perfume.

    Não perceberam as pérolas, nem as outras preciosidades.

    Não atentaram para o Novo Testamento, nem para a luz faiscante que acendi no início.

    Mas não passou despercebida, aos olhos da maioria, a diminuta lagartixa...
    E, sorridente, concluiu sua exposição esclarecendo:
    Nada mais tenho a dizer...
* * *
    Quantas vezes não nos temos feito cegos para as coisas e situações valorosas da vida.

    Acostumados a ver somente os fatos que denigrem a sociedade humana, volvemos o olhar para os detritos morais das criaturas.

    Assim, criticamos a mídia por enfatizar as misérias humanas, os desvalores, as fofocas e as intrigas, mas, em verdade, isso tudo só vem a lume porque ainda nos comprazem. Em última análise, é o que vende!

    Não há espaço para uma mensagem edificante, e os que teimam em veicular coisas e situações nobres, o fazem sob o peso de enormes dificuldades.

    É imperioso atentarmos para os nossos valores ou desvalores, antes de levantarmos a voz para criticar a sociedade e os meios de comunicação em geral.

    É importante observarmos os nossos interesses pessoais antes de gritarmos contra os governantes, sem esquecer que eles só ocupam os cargos depois de eleitos por nós.

    Enfim, é relevante atentarmos para os que buscam divulgar o bem e o belo e candidatarmo-nos a engrossar essas fileiras.

    Assim, com a exaltação do bem, em detrimento do mal, com a evidência da paz, em vez da guerra, com a elevação do perfume sobre os odores fétidos, a sociedade logrará sobrepujar as misérias, evidenciando as belezas e os atos de essência superior, e encontrada será a felicidade perene.

(Redação do Momento Espírita, com base no cap.  7 do livro Bem-aventurados os simples, pelo Espírito Valerium, psicografia de Waldo Vieira, ed.  Feb. - www.momento.com.br)

 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

CARIDADE E HIGIENE


        A higiene alinha vários preceitos de proteção à vida, como sejam:

 

        o asseio do corpo;

        o uso da água potável não contaminada;

        a renovação do ar no recinto doméstico;

        a faxina habitual;

        a limpeza da moradia;

        o banho diário sempre que possível;

        a roupa lavada;

        a refeição natural;

        e o saneamento do solo em que se vive.

*

        Entretanto, em auxílio à paz de que necessitamos para sermos tranquilos, somos de parecer que o perdão das ofensas, sejam elas quais forem,  é um dos ingredientes fundamentais na segurança da própria alma, porquanto, acalentar ressentimentos é o mesmo que reter substâncias tóxicas, desequilibrando o pensamento e envenenando o coração.

 

(De “LUZ E VIDA”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

 

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

RECLAMAR MENOS

“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam,

assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a lei e os profetas"

- Jesus (Mateus, 7:12).

 

Para extinguir a cultura do ódio nas áreas do mundo, imaginemos como seria melhor a vida na terra se todos cumpríssemos fielmente o compromisso de reclamar menos.

Quantas vezes nos maltratamos, reciprocamente, tão só por exigir que se realize, de certa forma, aquilo que os outros só conseguem fazer de outra maneira! De atritos mínimos, então partimos para atitudes extremas. Nessas circunstâncias, costumamos recusar atenção e cortesia até mesmo àqueles a quem mais devemos consideração e amor; implantamos a animosidade onde a harmonia reinava antes; instalamos o pessimismo com a formulação de queixa desnecessária ou criamos obstáculos onde as grandes realizações poderiam ter sido tão fáceis. Tudo porque não desistimos de reclamar, - na maioria das ocasiões, - por simples bagatelas.

De modo geral, as reivindicações e desinteligências reportam, mais frequentemente, entre aqueles que a Sabedoria Divina reuniu com os mais altos objetivos na edificação do bem, seja no círculo doméstico, seja no grupo de serviço ou de ideal. Por isso mesmo, os conflitos e reprovações aparecem quase sempre no mundo, nas faixas de ação a que somos levados para ajudar e compreender. Censuras entre esposo e esposa, pais e filhos, irmãos e amigos. De pequenas brechas se desenvolvem os desastres morais que comprometem a vida comunitária desentendimentos, rixas, perturbações e acusações.

Dediquemos à solução do problema as nossas melhores forças, buscando esquecer-nos, de modo a sermos mais úteis aos que nos cercam, e estejamos convencidos de que a segurança e o êxito de quaisquer receitas de progresso e elevação solicitam de nós a justa fidelidade ao programa que a vida estabelece em toda parte, a favor de nós todos: reclamar menos e servir mais.

 

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Segue-me)

 

sábado, 12 de setembro de 2015

CONFIAREMOS

 

"E se sabemos que ele nos ouve, quanto ao que lhe pedimos,

estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito".

- João (I João, 5:15)

 

Em nos dirigindo ao Senhor, rogando alguma concessão, condicionemo-nos ao Critério Divino.

Digamos no íntimo do ser:

"Se julgardes, Senhor, que isso nos ajudará a ser melhores para os nossos irmãos, em louvor dos vossos desígnios..."

"Se considerardes que assim poderemos ser mais úteis em vossa obra..."

E façamos dentro de nós o silêncio preciso, emudecendo qualquer indisciplina mental.

Sintonizemos o coração em ponto certo, ou, melhor, liguemos o pensamento para a Infinita Sabedoria, tendo o cuidado imprescindível para que a estática de nossas paixões e sensações não interfira com a recepção da bênção que nos advirá da Divina Bondade.

Oremos, unindo-nos aos planos do Senhor, sem exigir que os planos do Senhor se submetam aos nossos, e aprenderemos a ver e a aceitar o que seja melhor para nós, asserenando o coração.

Não gritarmos "eu quero..." mas afirmar, em nossa condição de espíritos imperfeitos: “se posso querer”...

Em qualquer setor de organização humana, o benefício solicitado se divide em duas fases essenciais - o pedido e a solução.

Forçoso, porém, reconhecer que, se todo pedido é livre, qualquer solução exige exame.

Empregadores não atendem às requisições dos subordinados sem analisar-lhes a ficha de mérito, sob pena de prejudicarem a máquina administrativa. Professores não satisfarão exigências de alunos sem, antes, lhes observar o aproveitamento, se não querem perturbar as funções educativas da escola.

É licito rogar ao Senhor tudo aquilo de que carecemos e até mesmo tudo quanto quisermos, porquanto na maioria das ocasiões não passamos de crianças caprichosas, mas saibamos implorar dele a compreensão necessária para recebermos as respostas do Alto, sem prejuízo para a harmonia da vida, porque, se sabemos o meio exato e amplo de pedir, somente Deus - pelos Mensageiros Divinos que o representam, junto de nós - sabe, em nosso favor, como, onde e quando nos atender.

 

 

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: segue-me)

 

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

VACINAS DA ALMA


   Não permita que o seu modo de falar se transforme em agressão. 

   Ao falar, evite comentários ou imagens contrárias ao bem. 

   Trazer assuntos infelizes à conversação, lamentando ocorrências que já se foram, é requisitar a poeira de caminhos já superados, complicando paisagens alheias. 

   Atacar alguém será destruir hoje o nosso provável benfeitor de amanhã. 
   Não exageres sintomas ou deficiências com os fracos ou doentes, porque isso viria fazê-los mais doentes e mais fracos. 

   Na base da esperança e bondade, não existe quem não possa ajudar conversando. 

  Da mente aos lábios, temos um trajeto controlável para as nossas manifestações.

   Por isso, tão logo a ideia negativa nos alcance a cabeça, arredemo-la, porque um pensamento pode ser substituído, de imediato, no silêncio do espírito, mas a palavra solta é sempre um instrumento ativo em circulação. 

 
(Francisco Cândido Xavier por André Luiz. In: Busca e acharás)

 

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

PROBLEMAS DO AMOR

“Para que aproveis as coisas que são excelentes,

para que sejais sinceros e sem escândalo algum”.

Paulo (Filipenses1:10).

O amor é a força divina do Universo.

É imprescindível, porém, muita vigilância para que não a desviemos na justa aplicação.

Quando um homem se devota, de maneira absoluta, aos seus cofres perecíveis, essa energia, no coração dele, denomina-se "avareza"; quando se atormenta, de modo exclusivo, pela defesa do que possui, julgando-se o centro da vida, no lugar em que se encontra, essa mesma força converte-se nele em "egoísmo"; quando só vê motivos para louvar o que representa, o que sente e o que faz, com manifesto desrespeito pelos valores alheios, o sentimento que predomina em sua órbita chama-se "inveja".

O ódio é, comumente,o amor envenenado de ontem.

O ciúme é o amor vestido de espinhos dilacerantes.

A soberba é o amor desvairado a si próprio.

Paulo, escrevendo a amorosa comunidade filipense, formula indicação de elevado alcance. Assegura que "o amor deve crescer, cada vez mais, no conhecimento e no discernimento, a fim de que o aprendiz possa aprovar as coisas que são excelentes".

Instruamo-nos, pois, para conhecer.

Eduquemo-nos para discernir.

Cultura intelectual e aprimoramento moral são imperativos da vida, possibilitando-nos a manifestação do amor, no império da sublimação que nos aproxima de Deus.

Atendamos ao conselho apostólico e cresçamos em valores espirituais para a eternidade, porque, muitas vezes, o nosso amor é simplesmente querer e tão somente com o "querer" é possível desfigurar, impensadamente, os mais belos quadros da vida.

 

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Segue-me)

 

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

MANDATO PESSOAL

 

"Servi uns aos outros, cada um conforme o dom

que recebeu..." -(I Pedro, 4:10)

 

Forçoso consideres o valor da tarefa em tuas mãos.

Ela se define por mandato do Alto, desígnio de Deus em ti e junto de ti.

Indubitavelmente, é preciso nos acomodemos à convicção de que nada somos e nem realizamos sem Deus. Isso, porém, não nos exonera da obrigação de anotar o sentido particular das responsabilidades que nos foram concedidas.

De modo algum desejamos induzir-nos à hipertrofia da personalidade, quando tudo nos determina a extinção da vaidade e do orgulho. Reflete,

entretanto, nos créditos individuais de que a Providência Divina te enriqueceu.

Qual ocorre às impressões digitais que te identificam, a tua voz é diferente de todas as demais; as tuas mãos guardam peculiaridades distintas; enxergas e ouves com recursos mentais de interpretação absolutamente diversos de todos aqueles que povoam o cérebro alheio e mostras vocação de que outros não dispõem.

Consideremos tudo isso para reconhecer que nos foi atribuída a cada um determinada área de ação, na qual o serviço que se nos designa, uns à frente dos outros, se reveste da maior significação tanto para aqueles a quem nos cabe servir quanto para nós.

Pondera, assim, na importância das obrigações que a vida te confere, observando que Deus te esculpiu como não esculpiu a mais ninguém.

 

 

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Segue-me)

 

sábado, 5 de setembro de 2015

A SABEDORIA DO ALTO

 

"Mas a sabedoria que vem do Alto é pura, pacífica, moderada, tratável,

cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia".

(Tiago, 3:17).

 

Se o conhecimento da fé gerou veneno para a tua palavra, a desvairar-se em ataques e críticas, a pretexto de preservar a verdade, guarda contigo bastante cautela, porque não é com rixosas interpretações que te farás embaixador da Espiritualidade Sublime.

A inspiração da Vida Superior manifesta-se sem qualquer artifício. Quem fala, em nome do Senhor, não necessita de longos e complicados discursos.

É apaziguante e benevolente, sem qualquer recurso à força.

É moderado, sem inclinar-se ao desequilíbrio.

É compreensivo, sem alardear superioridade contundente.

É repleto de entendimento e carinho, frutificando em bênçãos de alegria e reconforto para os que se aproximem da fonte em que se exterioriza.

Não se apaixona, nem finge.

Compreende as criaturas, no plano em que cada uma se coloca, exerce a bondade, em todas as ocasiões, cultiva a paciência nos obstáculos e distribui o coração, entre a energia que constrói e a gentileza que estimula.

A sabedoria do Alto plasma os verdadeiros valores da educação.

Os orientadores do mundo satisfazem a inteligência e enriquecem o patrimônio intelectual.

Jesus Cristo, contudo, aprimora o sentimento.

A universidade ilustra o cérebro.

O Evangelho aperfeiçoa o coração.

Se desejas, pois, conservar contigo a riqueza espiritual que desce do Plano

Superior, caminha, entre os homens, aplicando as lições de Jesus, no esforço de cada dia.

 

 

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Segue-me)

 

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

AS FORÇAS DO AMANHÃ

 

"Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?"

- Paulo (I Coríntios, 5:6)

 

Ninguém vive só.

Nossa alma é sempre núcleo de influência para os demais.

Nossos atos possuem linguagem positiva.

Nossas palavras atuam à distância.

Achamo-nos magneticamente associados uns aos outros.

Ações e reações caracterizam-nos a marcha.

É preciso saber, portanto, que espécie de forças projetamos naqueles que nos cercam.

Nossa conduta é um livro aberto. Quantos de nossos gestos insignificantes alcançam o próximo, gerando inesperadas resoluções.

Quantas frases, aparentemente inexpressivas, arrojadas de nossa boca estabelecem grandes acontecimentos.

Cada dia emitimos sugestões para o bem ou para o mal.

Dirigentes arrastam dirigidos.

Servos inspiram administradores.

Qual é o caminho que a nossa atitude está indicando?

Um pouco de fermento leveda a massa toda. Não dispomos de recursos para analisar a extensão de nossa influência, mas podemos examinar-lhe a qualidade essencial.

Acautele-te, pois, com o alimento invisível que forneces às vidas que te rodeiam.

Desdobra-se o destino em correntes de fluxo e refluxo. As forças que hoje se exteriorizam de nossa atividade voltarão ao centro de nossa atividade, amanhã.

 

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Segue-me)

 

terça-feira, 1 de setembro de 2015

RECURSOS E CAMINHOS

 

"E esta é a confiança que temos para com ele,

que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve".

(I João, 5:14)

 

Exporemos em prece ao Senhor os nossos obstáculos, pedindo as providências que se nos façam necessárias à paz e à execução dos encargos que a vida nos delegou; entretanto, suplicaremos também, a ele, nos ilumine o entendimento, para que lhe saibamos receber dignamente as decisões.

Não nos esqueceremos de que a nossa capacidade visual abrange, mais ou menos, unicamente o curto espaço dos sessenta segundos de um minuto, enquanto que o Senhor, que nos acompanhou as numerosas existências passadas - existências que conservamos, agora, na Terra, temporariamente esquecidas -, nos conhece o montante das necessidades de hoje e amanhã.

Tenhamos suficiente gratidão para não suprimir-lhe a bênção.

A Providência Divina possui os recursos e caminhos que lhe são próprios para alcançar-nos.

Quando encarnados no plano físico, se na posição de enfermos, costumamos implorar do Céu a dádiva da saúde corpórea, na expectativa de obter um milagre, às vezes o Céu nos responde com a imposição de um bisturi, que nos rasga as entranhas, de maneira a reconstituir-nos o equilíbrio orgânico.

Simbolicamente, ocorrem circunstâncias idênticas no quadro espiritual de nossa vida cotidiana. Rogamos a Deus a presença da felicidade em nossos dias, segundo a concepção com que a imaginamos, mas somos, via de regra, portadores de certos defeitos, que nos impediriam acolhê-la, sem agravar as próprias dívidas, e Deus, em muitos casos, nos envia, primeiramente, o espinho da provação, que nos faculta a experiência precisa para recebê-la em momento oportuno, como determina o recurso operatório para o corpo doente, antes que se lhe restaure a saúde.

Oraremos, sim; no entanto, é imperioso, em matéria de petição, rogar isso ou aquilo ao Senhor, sempre de acordo com a Sua Vontade, porque a vontade do Senhor inclui, invariavelmente, a harmonia e a felicidade de nossa vida.

 

(Francisco Cândido Xavier/Emmanuel. In: Segue-me)