sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O SELO DA PAZ

 

          No trânsito da vida, quando te pareçam entraves e fracassos, não te esqueças de que a paciência é o passaporte suscetível de assegurar-te livre passagem através de todas as dificuldades e travessias.

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          Se estás doente, não será com o desespero que aproveitarás o remédio que se te administra.

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          Se experimentaste algum desgosto, a irritação não te afastará do íntimo a nódoa de sombra.

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          Se sofreste prejuízos de ordem material, não será parando em acusações e gritaria que conseguirás a restauração dos próprios recursos.

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          Se atravessas incompreensões em família, de modo algum te livrarás de semelhantes atropelos, multiplicando reclamações e exigências.

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          Se essa ou aquela pessoa querida se te mostra perturbada, a ponto de ferir-te, não será martelando-lhe o crânio que lhe traçarás o processo da cura.

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          Cultivando paciência, no cotidiano, transportarás contigo a força capaz de vencer todos os obstáculos que, porventura, te agridam a existência.

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          E isso acontece porque as Leis de Deus marcaram a paciência, na condição de selo da paz.

 

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Joia)

 

sábado, 24 de outubro de 2015

PACIFICAÇÃO

 

— “Bem-aventurados os pacificadores, porque, serão chamados filhos de Deus.” JESUS – MATEUS, 5:9.

— “Mas que queria Jesus dizer por estas palavras: “Bem-aventurados os que são brandos porque possuirão a Terra” tendo recomendado aos homens que renunciassem aos bens deste mundo e havendo-lhes prometido os do Céu?

Enquanto aguarda os bens do Céu, tem o homem necessidade dos da Terra para viver. Apenas, o que Ele lhe recomenda é que não ligue a estes últimos mais importância que nos primeiros. ” — Cap. IX, 5 de O Evangelho segundo o Espiritismo.

 

        Escutaste interrogações condenatórias, em torno do amigo ausente.

        Informaste algo, com discrição e bondade, salientando a parte boa que o distingue, e, sem colocar o assunto no prato da intriga, edificaste em silêncio, a harmonia possível.

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        Surpreendeste pequeninos deveres a cumprir, na esfera de obrigações que te não competem.

        Sem qualquer impulso de reprimenda, atendeste a semelhantes tarefas, por ti mesmo, na certeza de que todos temos distrações lamentáveis.

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        Anotaste a falta do companheiro.

        Esqueceste toda preocupação de censura, diligenciando substitui-lo em serviço, sem alardear superioridade.

        Assinalaste o erro do vizinho.

        Foges de divulgar-lhe a infelicidade e dispões-te a auxiliá-lo no momento preciso, sem exibição de virtude.

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        Recebeste queixas amargas a te ferirem injustamente.

        Sabes ouvi-las com paciência, abstendo-te de impelir os irmãos do caminho às telas da sombra, trabalhando sinceramente por desfazê-las.

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        Caluniaram-te abertamente, incendiando-te  vida.

        Toleras serenamente todos os golpes, sem animosidade ou revide e, respondendo com mais ampla abnegação, no exercício das boas obras, dissipas a conceituação infeliz dos teus detratores.

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        Descobriste a existência de companheiros iludidos ou obsidiados que se fazem motivos de perturbação ou de escândalo, no plantio do bem ou na seara da luz.

        Decerto não lhe aplaudes a inconsciência, mas não lhe agravas o desequilíbrio, através do sarcasmo, e oras por eles, amparando-lhes o reajuste, pelo pensamento renovador.

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        Se assim procedes, classificas-te, em verdade, entre os pacificadores abençoados pelo Divino Mestre, compreendendo, afinal, que a criatura humana, isoladamente, não consegue garantir a paz do mundo, no entanto, cada um de nós pode e deve manter a paz dentro de si.

 

(De “Livro da Esperança”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

HOJE SIM

Ontem passado.
Amanhã futuro.
Hoje agora.
Ontem promessa.
Amanhã probabilidade.
Hoje ação.
Ontem parecia.
Amanhã quem sabe?
Hoje sem dúvida.
Ontem anseio.
Amanhã mudança.
Hoje oportunidade.
Ontem sementeira.
Amanhã colheita.
Hoje seleção.
Ontem não mais.
Amanhã talvez.
Hoje sim.
Ontem foi.
Amanhã será.
Hoje é.
Ontem experiência adquirida.
Amanhã lutas novas.
Hoje, porém, é a nossa hora de fazer e de construir.

(Do livro "Ideal Espírita", Emmanuel, F.C.Xavier

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Mãos pequeninas

 

Quando afagues teu filhinho no aconchego doméstico, não te esqueças das mãozinhas anônimas, esquecidas no desamparo…

Flores rodopiando na ventania, assemelham-se a estrelas perdidas na tempestade.

É todo um mar de sofrimento e angústia que te rodeia…

Apura a visão para que o aflitivo painel te não passe despercebido.

Mãos pequeninas de várias cores a se debaterem nas sombras…

Chegaram à Terra como doces promessas de alegria e lutam por sobreviver à procura do bem.

Pelo amor à criancinha que te inspira a beleza do lar, acende o lume da bondade e não recuses socorro aos braços minúsculos que te acenam da onda revolta, suplicando piedade e carinho.

Auxilia esses lírios humanos a se desvencilharem do lodo das trevas para que se desenvolvam ao hálito da luz.

Dizes que a vida pede amor e esperas um mundo melhor…

Não negues, assim, a tua migalha de ternura aos anjos que choram no temporal.

Recolhe as mãozinhas enregeladas no frio do desencanto e, ao calor de tua abnegação, ajuda-as a renascer para a existência, a fim de que possam esculturar o teu sonho de perfeição e grandeza, no esplendor do amanhã…

Descerra as portas do coração aos filhinhos do berço torturado e protege-os confiante.

Recorda que, um dia, duas mãos pequeninas, relegadas ao abandono numa estrebaria singela, eram as mãos de Jesus, o Rei Divino, que, ainda hoje, são o nosso refúgio de paz e a esperança do mundo inteiro…

 

Meimei

sábado, 10 de outubro de 2015

NO RUMO  DA PAZ

Se você retirar a sombra de tristeza que lhe cobre o olhar, observará que o Sol e o Tempo renasceram, hoje, a fim de que você possa refazer-se e recomeçar.

Não se sabe de ninguém que houvesse conseguido a restauração ou o êxito em clima de desabafo.

Sorrir atraindo dedicações e possibilidades ou mostrar a face agoniada da irritação, suscitando adversários ou problemas, dependerá sempre de você mesmo.

Ódio e medo, inveja ou ciúme, desespero ou ressentimento desajustam a mente, e a mente desequilibrada envenena o corpo.

Procure ver o melhor dos outros e dê aos outros o melhor de você, porque o pessimismo jamais edifica.

Você receberá auxílio e assistência na medida exata das suas prestações de serviço ao próximo, recebendo ainda, por acréscimo, valiosas bonificações da Providência Divina.

Recordemos que situar-nos nas dificuldades dos outros, de modo a senti-las como se fossem nossas, para auxiliar aos outros, sem exigência ou compensação, é a maneira mais justa de garantir a paz.

Lembremo-nos sempre de que a criatura humana, seja qual for a condição em se encontre, conquanto as imperfeições ou fraquezas que ainda carregue, é um anjo em formação, caindo às vezes para levantar-se e aprender as lições do Bem com mais segurança. E, segundo as leis de evolução, toda a criatura, a fim de burilar-se, é chamada a esforço máximo, no qual a dificuldade e o sofrimento estão incluídos por ingredientes de progresso e sublimação.

Por isso mesmo, em quaisquer ocasiões, seja de alegria ou inquietação, fracasso ou refazimento, se aspiramos a seguir para as vanguardas de elevação e felicidade, amor e luz, só nos resta uma solução: trabalhar. 

ANDRÉ LUIZ
(Do livro "Astronautas do Além", 9, GEEM)

terça-feira, 6 de outubro de 2015

O BOM LIVRO

 

André Luiz

 

O livro edificante é sementeira da Luz Divina, aclarando o passado, orientando o presente e preparando o futuro...

Instrutor do espírito – esclarece sem exigências,

Médico da alma – cura sem ruído,

Sacerdote do coração – consola sem ritos exteriores.

Amigo vigilante – ampara em silêncio,

Companheiro devotado – jamais abandona,

Cooperador eficiente – não pede compensações.

Semeador do infinito – fecunda os sentimentos,

Benfeitor infatigável – permanece fiel,

Arquiteto do bem – constrói no espírito imorredouro.

Altar da simplicidade – revela a sabedoria,

Fonte inesgotável – jorra bênçãos de paz,

Campo benfazejo – prepara a vida eterna.

Lâmpada fulgurante – brilha sem ofuscar,

Árvore compassiva – frutifica sem condições,

Celeiro farto – supre sem perder.

 

(Do livro "Relicário De Luz", Francisco Cândido Xavier)

 

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

CARIDADE DA CORAGEM

            Uma espécie de caridade de que poucos amigos se lembram: — a caridade da coragem.

            Recorda os companheiros que adoeceram por falta de energia emocional, diante de confidências amargas; dos que enlouqueceram, ouvindo denúncias lamentáveis, não vacilando em atingir a própria delinqüência, ante o ressentimento de que se viram acometidos, ao recolherem anotações indébitas, em torno da vida familiar; dos irmãos outros que receando dificuldades e obstáculos da existência, se mergulharam nos alucinógenos sem necessidade; dos que se impressionaram em demasia com sintomas sem maior importância e caíram na rede das moléstias imaginárias que lhes devastam a mente; e daqueles que se confiaram à subversão, em matéria de trabalho, acompanhando impensadamente as atitudes destrutivas de colegas revoltados e infelizes. 

            Pensa naquelas criaturas que te aguardam a assistência e o carinho e que ainda não te podem dispensar a presença protetora, a fim de se consagrarem às obrigações que lhes dizem respeito.

            Reflete nas calamidades afetivas, provocadas pela fraqueza daqueles que desertam dos compromissos assumidos, arruinando o caminho de famílias inteiras.

 

            Meditemos nos infortúnios a que nos referimos e pede ao Senhor te acrescente a capacidade de resistir às tentações e ao medo, à omissão e ao desânimo, porque nós todos não prescindimos de equilíbrio para executar os encargos que abraçamos e é indispensável se reafirme, em cada um de nós, a força espiritual suficiente para agir com intrepidez, sem temeridade, e a disposição de cultivar a coragem de sermos fiéis à Lei de Deus.

(Emmanuel/Francisco Cândido Xavier. Livro: O Essencial)