segunda-feira, 15 de agosto de 2016

QUEM  AMA

 

Quem ama, onde estiver,

Serve sem perguntar.

 

Trabalha quanto pode

Na construção do bem.

 

Encontra em qualquer parte,

Companheiros e irmãos.

 

Não se isola, convive.

Não reprova, perdoa.

 

Aprende a se omitir,

Dando valor aos outros.

 

Quem ama reina sempre

Porque reina com Deus.

 

(De “Centelhas”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Capítulo 05 – TRABALHO

Quem não se envolve pessoalmente com alguma espécie de trabalho não progride.

A finalidade do trabalho que executamos é a de fazer-nos crescer interiormente, desenvolvendo as nossas potencialidades embrionárias.

Em quem trabalha por simples obrigação, em busca do pão de cada dia, o trabalho opera muito lentamente.

Quanto mais o espírito se conscientiza de sua necessidade de trabalhar, passando a servir aos semelhantes por livre iniciativa, mais ele avança na senda do aperfeiçoamento.

Quem já consegue dar de si mesmo aos outros encontra-se num estágio superior ao daquele que dá no que retém consigo, sem que, no entanto, nada lhe pertença.

O salário com que o trabalho enobrecedor nos remunera é muito maior do que o que recebemos em paga pelo suor que derramamos.

É no serviço do bem que o espírito se fortalece e aprende a conhecer-se com mais segurança, aceitando-se tal e qual é, em transição para o que deve vir a ser.

Feliz de quem serve pela alegria de servir.

Toda tarefa em benefício dos semelhantes, por pequenina que seja, é de grande significado espiritual para quem a executa.

Nunca nos sintamos limitados para cooperar nas boas obras.

Com o discernimento presidindo todas as nossas ações, estejamos certos de que no trabalho do bem não existe excesso e nem cansaço.

 

Irmão José/Carlos A. Baccelli  - Do livro LIÇÕES DA VIDA, Ed. Didi

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

INSISTAMOS NO BEM

 

       Alguém recusou a verdade e a bênção de que te fizeste mensageiro?

       Insiste ainda.

       Não abandones o ensejo de estender o bem.

       Não profiras palavra de maldição, não acuses, não critiques.

       Cada criatura vive no centro de problemas nem sempre acessíveis ao nosso primeiro olhar.

       Persevera nas demonstrações de bondade e compreensão.

       É possível que a tua frase contundente fira o próximo.

       Ministremos a cada doente o remédio que lhe corresponde.

       O sorriso de fraternidade, a ajuda silenciosa, a humildade sem alarde, a flor da gentileza e o gesto amigo cabem, prodigiosamente, em qualquer parte.

       Acima do “convencer”, permanece o “auxiliar”.

       Ao grelo tenro não se pedem os frutos da árvore venerável e do vinagre compacto não se deve esperar a corrente de mel.

       Aproveitemos o tempo, espalhando o amor com que o Cristo nos dotou os corações.

       É possível que o veio de ouro esteja profundo na montanha da ignorância e da maldade...

       Insistamos, porém, e lavremos a terra, penetrando-lhe os recessos, sem ruído e sem ofensa.

       Dificuldades incontáveis ocultam, ainda hoje, a visão da riqueza escondida?

       Não importa.

       Amanhã, o sol reaparecerá, outra vez, no horizonte, a chuva da divina misericórdia terá lavado os detritos do solo e atingiremos a glória da realização.

       Atende ao bem, agora, em paz, hoje e amanhã, aqui e onde estiveres, porque Jesus igualmente persiste nele e prometeu que o Reino da Luz será conferido a quantos saibam perseverar até o fim.

 

(De “Nosso Livro”, de Francisco Cândido Xavier – Espíritos diversos – Emmanuel)

 

quinta-feira, 14 de julho de 2016

LEMBRANÇA FRATERNAL AOS ENFERMOS


                   
     Queres o restabelecimento da saúde do corpo e isso é justo.
     Mas, atende ao que te lembra um amigo que já se vestiu de vários corpos e compreendeu, depois de longas lutas, a necessidade da saúde espiritual.
     A tarefa humana já representa, por si, uma oportunidade de reerguimento aos espíritos enfermos. Lembra-te, pois, de que tua alma está doente e precisa curar-se sob os cuidados de Jesus, o nosso Grande Médico.
     Nunca pensaste que o Evangelho é uma Receita Geral para a humanidade sofredora?
     É muito importante combater as moléstias do corpo; mas, ninguém conseguirá eliminar efeitos quando as causas permanecem.
     Usa os remédios humanos, porém, inclina-te para Jesus e renova-te, espiritualmente, nas lições de seu amor.
     Recorda que Lázaro, não obstante voltar do sepulcro, em sua carne, pela poderosa influência do Cristo, teve de entregar seu corpo ao túmulo, mais tarde. O Mestre chamava-o a novo ensejo de iluminação da alma imperecível, mas não ao absurdo privilégio da carne imutável.
     Não somos as células orgânicas que se agrupam, a nosso serviço, quando necessitamos da experiência terrestre. Somos espíritos imortais e esses microrganismos são naturalmente intoxicados, quando os viciamos ou aviltamos, em nossa condição de rebeldia ou de inferioridade.
     Os estados mórbidos são reflexos ou resultantes de nossas vibrações mais íntimas.
     Não trates as doenças com pavor e desequilíbrio das emoções. Cada uma tem sua linguagem silenciosa e se faz acompanhar de finalidades específicas.
     A hepatite, a indigestão, a gastralgia, o resfriado são ótimos avisos contra o abuso e a indiferença. Por que preferes bebidas excitantes, quando sabes que a água é a boa companheira, que lava os piores detritos humanos? Por que o excesso dos frios no verão e a demasia de calor nos tempos de inverno? Acaso ignoras que o equilíbrio é filho da sobriedade? O próprio irracional tem uma lição de simples impulso, satisfazendo-se com a sombra das árvores na secura do estio e com a benção do sol nas manhãs hibernais. Pela tua inconformação e indisciplina, desordenas o fígado, estragas os órgãos respiratórios, aborreces o estômago. Observamos, assim, que essas doenças-avisos se verificam por causas de ordem moral. Quando as advertências não prevalecem, surgem as úlceras, as congestões, as nefrites, os reumatismos, as obstruções, as enxaquecas. Por não se conformar o homem, com os desígnios do Pai que criou as leis da natureza como regulamentos naturais para a sua casa terrestre, submete as células que o servem ao desregramento, velha causa de nossas ruínas.
     E que dizermos da sífilis e do alcoolismo procurados além do próprio abuso?
     Entretanto, no capítulo das enfermidades que buscam a criatura, necessitamos considerar que cada uma tem sua função justa e definida.
     As moléstias dificilmente curáveis, como a tuberculose, a lepra, a cegueira, a paralisia, a loucura, o câncer, são escoadouros das imperfeições.
     A epidemia é uma provação coletiva, sem que essa afirmativa, no entanto, dispense o homem do esforço para o saneamento e higiene de sua habitação. Há dores íntimas, ocultas ao público, que são aguilhões salvadores para a existência inteira. As enfermidades oriundas dos acidentes imprevistos são resgates justos. Os aleijões são parte integrante das tabelas expiatórias. A moléstia hereditária assinala a luta merecida.
     Vemos, portanto, que a doença, quando não seja a advertência das células queixosas do tirânico senhor que as domina, é a mensageira amiga convidando a meditações necessárias.
     Desejas a cura; é natural. Mas, precisas tratar-te a ti mesmo para que possas remediar ao teu corpo. Nos pensamentos ansiosos, recorre ao exemplo de Jesus. Não nos consta que o Mestre estivesse algum dia de cama; todavia, sabemos que ele esteve na cruz. Obedece, pois, a Deus e não te rebeles contra os aguilhões. Socorre-te do médico do mundo ou de teu irmão do plano espiritual, mas, não exijas milagres, que esses benfeitores da terra e do céu não podem fazer. Só Deus te pode dar acréscimo de misericórdia, quando te esforçares por compreendê-lo.
     Não deixes de atender às necessidades de teus órgãos materiais que constituem a tua vestimenta no mundo; mas, lembra-te do problema fundamental que é a posse da saúde para a vida eterna. Cumpre teus deveres, repara como te alimentas, busca prever antes de remediar e, pelas muitas experiências dolorosas que já vivi no mundo terrestre, recorda comigo aquelas sábias palavras do Senhor ao paralítico de Jerusalém:
     - "Eis que já estás são, não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior."
      
        Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
        Livro: Coletânea do Além. Lição nº 56. Página 125.
Extraída do Reformador de setembro de 1941. O Reformador é uma publicação da Federação Espírita Brasileira - FEB, fundada em 1883.

VOZES DO ESPÍRITO



Deus é meu Pai.
A Natureza é minha Mãe.
O Universo é meu Caminho.
A Eternidade é meu Reino.
A imortalidade é minha Vida.
A Mente é meu Lar.
O Coração é meu Templo.
A Verdade é meu Culto.
O Amor é minha Lei.
A Forma em si minha Manifestação.
A Consciência é meu Guia.
A Paz é meu Abrigo.
A Experiência é minha Escola.
O Obstáculo é minha Lição.
A Dificuldade é meu Estímulo.
A Alegria é meu Cândido.
A Dor é meu Aviso.
A Luz é minha Realização.
O Trabalho é minha Benção.
O Amigo é meu Companheiro.
O Adversário é meu Instrutor.
O Próximo é meu Irmão.
A Luta é minha Oportunidade.
O Passado é minha Advertência.
O Presente é minha Realidade.
O Futuro é minha Promessa.
O Equilíbrio é minha Atitude.
A Ordem é minha Senha.
A Beleza é meu Ideal.
A Perfeição é meu Destino.

O Espírito.
(Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier em reunião íntima de preces, em Belo Horizonte.
O mensageiro que a escreveu e que se apresentou num ambiente de grande elevação não se identificou,
assinado e comunicado apenas com as palavras “O Espírito”)

domingo, 29 de maio de 2016

VEJAMOS  ISSO

 

“Porque o Cristo me enviou, não para batizar,

mas para evangelizar;

não em saboaria de palavra,

para que a cruz do Cristo se não faça vã.”

Paulo (I Coríntios, 1:17)

 

       Geralmente, quando encarnados, sentimos vaidoso prazer em atrair o maior número de pessoas para o nosso modo de crer.

       Somos invariavelmente bons pregadores e eminentemente sutis na criação de raciocínios que esmaguem os pontos de vista de quantos nos não possam compreender no imediatismo da luta.

       No primeiro pequeno triunfo obtido, tornamo-nos operosos na consulta aos livros santos, não para adquirir mais vasta iluminação e, sim, com o objetivo de pesquisar as letras humanas das divinas escrituras, buscando acentuar as afirmativas vulneráveis de nossos opositores.

       Se católicos romanos, insistimos pela observância de nossos amigos à frequência da missa e dos sacramentos materializados; se adeptos das igrejas reformadas, exigimos o comparecimento geral ao culto externo; e, se espiritistas, buscamos multiplicar as sessões de intercâmbio com o plano invisível.

       Semelhante esforço não deixa de ser louvável em algumas de suas características, todavia, é imperioso recordar que o aprendiz do Evangelho, quando procura sinceramente compreender o Cristo, sente-se visceralmente renovado na conduta íntima.

       Quando Jesus penetra o coração de um homem, converte-o em testemunho vivo do bem e manda-o a evangelizar os seus irmãos com a própria vida e, quando um homem alcança Jesus, não se detém, pura e simplesmente, na estação das palavras brilhantes, mas vive de acordo com o Mestre, exemplificando o trabalho e o amor que iluminam a vida, a fim de que a glória da cruz não se faça vã.

 

(De “Pão Nosso”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

 

sexta-feira, 27 de maio de 2016

As Faces da verdade  

      As crianças tagarelavam animadamente enquanto a professora preparava a sala para começar a atividade do dia.

      Em silêncio, ela arrumou as cadeiras das crianças e a sua própria em círculo e no meio colocou uma caixa forrada com um papel bastante colorido.

      Sua atitude despertou a curiosidade dos alunos que, sentados em círculo, pouco a pouco, pararam de conversar, interessados no que poderia haver ali.

      Afinal, era um objeto diferente.

      Embora originariamente tivesse sido uma simples caixa de sapatos, foi tornada especial e interessante pelo papel colorido que a forrava e pelos variados desenhos que cobriam todos os lados.

      Cada um de vocês, sem sair do lugar onde está, nem falar com os colegas, deverá relacionar os desenhos que veem estampados na caixa. Orientou a professora.

      Em silêncio, os alunos passaram a anotar em uma folha o que conseguiam ver.

      Logo em seguida, a professora pediu para uma das crianças:

      Leia, por favor, o que você vê desenhado na caixa.

      Há uma bola, um lápis e uma flor amarela.  Respondeu prontamente uma garotinha.

      Passando a olhar para a criança que estava exatamente na frente daquela que havia falado, a professora perguntou:

      A sua lista coincide com a de sua colega?

      Não.  Respondeu um pouco desconfiado o menino a quem havia sido dirigida a palavra. Eu vejo desenhados na caixa um pião, um carrinho e uma laranja.

      Pois, bem. disse a professora, olhando para os demais alunos. Quem dos nossos colegas está com a razão?

      E um grande burburinho se estabeleceu.

      As crianças começaram a falar simultaneamente, cada qual dizendo o que via, o que não coincidia com o que os demais falavam.

      Passado apenas um instante, a professora reassumiu a palavra, pedindo silêncio e explicando a questão.

      Imaginem que a caixa que vocês estão vendo é a verdade.

      Cada qual consegue apenas visualizar um ângulo da caixa.

      Não é possível saber o que o colega que está sentado à sua frente pode ver.

      Tampouco qualquer de vocês sabe qual é o desenho que há na parte debaixo. Disse ela, erguendo a caixa e mostrando que, também na parte inferior, havia uma bela figura estampada.

      *   *   *

      A verdade é única e incapaz de se amoldar aos interesses individuais.

      Ela exige, porém, que cada um busque ângulos diferentes, conhecimentos mais amplos, para que possa estabelecer um juízo mais seguro a respeito de qualquer assunto.

      Acreditar que apenas o nosso ponto de vista está correto pode provocar discórdias e equívocos.

      Nossa percepção, por vezes, está limitada a apenas uma das diversas faces da caixa, um dos vários aspectos da verdade.

      Afinal, normalmente, cada qual vê apenas uma face da mesma caixa.

      Ao invés de crermos que somos os donos da verdade, cabe-nos a humildade e a sabedoria de tentar entender os motivos que fazem os outros se posicionarem de forma tão diferente da nossa.

      Quando Jesus nos disse que a verdade será motivo de nossa libertação, Ele não se referia às verdades parciais que cada um estabelece para si próprio.

      Mas sim, à verdade plena e incorruptível, à qual somente teremos condições de alcançar quando abandonarmos de vez o orgulho que entorpece nossos sentidos e cega nossa razão.

       

      Redação do Momento Espírita.

 

quinta-feira, 26 de maio de 2016

CONFIA EM DEUS


Aflições e lágrimas são processos da vida, em

que se te acrescentam as energias, a fim de que

sigas a frente, na quitação dos compromissos

esposados, para que se te iluminem os olhos, no

preciso discernimento.

 

Nos dias difíceis de atravessar, levanta-se para a

vida, ergue a fronte, abraça o dever que as

circunstâncias te deram e abençoa a existência

em que a Providência Divina te situou.

 

Por maiores se façam a dor que te visite, o golpe

que te fira, a tribulação que te busque ou o

sofrimento que te assalte, não esmoreças na fé e

prossegue fiel às próprias obrigações, porque, se

todo o bem te parece perdido, na fase da tarefa

em que te encontras, guarda a certeza de que

Deus está contigo, trabalhando no outro lado.

 

Autor: Emmanuel

Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Alma e Coração

 

 

domingo, 15 de maio de 2016

PERDÃO E NÓS

 

        Habitualmente, consideramos a necessidade do perdão apenas quando alvejados por ofensas de caráter público, no intercurso das quais recebemos tantos testemunhos de solidariedade, na esfera dos amigos, que nos demoramos hipnotizados pelas manifestações afetivas, a deixar-nos em mérito duvidoso.

        A ciência do perdão, todavia, tão indispensável ao equilíbrio, quanto o ar é imprescindível à existência, começa na compreensão e na bondade, perante os diminutos pesares do mundo íntimo.

        Não apenas desculpar todos os prejuízos e desvantagens, insultos e desconsiderações maiores que nos atinjam a pessoa, mas suportar com paciência e esquecer completamente, mesmo nos comentários mais simples, todas as pequeninas injustiças do cotidiano, como sejam:

        a observação maliciosa;

        a referência pejorativa;

        o apelo sem resposta;

        a gentileza recusada;

        o benefício esquecido;

        o gesto áspero;

        a voz agressiva;

        a palavra impensada;

        o sorriso escarnecedor;

        o apontamento irônico;

        a indiscrição comprometedora;

        o conceito deprimente;

        a acusação injusta;

        a exigência descabida;

        a omissão injustificável;

        o comentário maledicente;

        a desfeita inesperada;

        o menosprezo em família;

        a preterição sob qualquer aspecto;

        o recado impiedoso...

        Não nos iludamos em matéria de indulgência.

        Perdão não é recurso tão-somente aplicável nas grandes dores morais, à feição do traje a rigor, unicamente usado em horas de cerimônia. Todos os menos suscetíveis de erro e, por isso mesmo, perdão é serviço de todo instante, mas, assim como o compositor não obtém a sinfonia sem passar pelo solfejo, o perdão não existe, de nossa parte, ante os agravos grandes, se não aprendemos a relevar as indelicadezas pequenas.

 

Emmanuel (Chico Xavier)

(De “Estude e Viva”, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos de Emmanuel e André Luiz)

 

domingo, 8 de maio de 2016

VACINAS DA ALMA NO REINO DA PALAVRA


 

- Não grite.

Não permita que o seu modo de falar se transforme em agressão.

- Conserve a calma.

Ao falar, evite comentários ou imagens contrárias ao bem.

- Evite a maledicência.

Trazer assuntos infelizes à conversação, lamentando ocorrências que já se foram, é requisitar a poeira de caminhos já superados, complicando paisagens alheias.

- Abstenha-se de todo adjetivo desagradável para pessoas, coisas e circunstâncias.

Atacar alguém será destruir hoje o nosso provável benfeitor de amanhã.

- Use a imaginação sem excesso.

Não exageres sintomas ou deficiências com os fracos ou doentes, porque isso viria fazê-los mais doentes e mais fracos.

- Responda serenamente em toda questão difícil.

Na base da esperança e bondade, não existe quem não possa ajudar conversando.

- Guarde uma frase sorridente e amiga para toda situação inevitável.

Da mente aos lábios, temos um trajeto controlável para as nossas manifestações.

- Fuja a comparações, a fim de que seu verbo não venha a ferir.

Por isso, tão logo a ideia negativa nos alcance a cabeça, arredemo-la, porque um pensamento pode ser substituído, de imediato, no silêncio do espírito, mas a palavra solta é sempre um instrumento ativo em circulação.

Recorde que Jesus legou o Evangelho, exemplificando,

mas conversando também.

 

ANDRÉ LUIZ

União das mensagens:

"Vacinas da Alma" e "No Reino da Palavra"

Dos livros "Busca e Acharás" e “Aulas da Vida”

Psicografia de Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 4 de maio de 2016


Espiritismo praticado



       Irmãos, recordando Allan Kardec, na prática espiritista, lembremo-nos de que, no Espiritismo praticado, é necessário:
       Colocar os interesses divinos acima dos caprichos humanos.
       Negar-se a si mesmo, tomar a cruz da elevação e seguir com o Senhor.
       Reformar-se em Cristo, antes de reclamar a reforma dos outros.
       Exemplificar o bem antes de ensiná-lo.
       Servir sem propósitos de recompensa.
       Consolar, antes de procurar consolações.
       Amar sem exigências.
       Usar os bens do Pai, sem os desvarios da posse.
       Compreender, antes de reclamar compreensão alheia.
       Agradecer, antes de pedir.
       Confiar sem angústias.
       Cumprir todos os deveres da cooperação, sem as trevas da incompreensão e da queixa. Jesus é Caminho, Verdade e Vida.
       Kardec é Trabalho, Solidariedade e Tolerância.
       O Caminho da realização não dispensa o trabalho.
       O templo da Verdade não exclui a solidariedade legítima.
       A Vida eterna pede a luz da tolerância construtiva.
       O Espiritismo em seu tríplice aspecto, científico, filosófico, religioso, é movimento libertador das consciências, mas só o Espiritismo praticado liberta a consciência de cada um.
       Lembrando o grande Missionário, não vos esqueçais de que o Espiritismo prático pode ser o Espiritismo do eu e que só o Espiritismo praticado é o Espiritismo de Deus.

Emmanuel
(De “Nosso Livro”, de Francisco Cândido Xavier Espíritos diversos)

domingo, 24 de abril de 2016

EM  MATÉRIA  AFETIVA


 

       Sempre é forçoso muito cuidado no trato com os problemas afetivos dos outros, porque muitas vezes os outros, nem de leve, pensam naquilo que possamos pensar.

*

       Os espíritos adultos sabem que, por enquanto, na Terra, ninguém pode, em sã consciência, traçar a fronteira entre normalidade e anormalidade, nas questões afetivas de sentido profundo.

*

       Os pregadores de moral rigorista, em assuntos de amor, raramente não caem nas situações que condenam.

*

       Toda pessoa que lesa outra, nos compromissos do coração, está fatalmente lesando a si própria.

*

       Respeite as ligações e as separações, entre as pessoas do seu mundo particular, sem estranheza ou censura, de vez que você não lhes conhece as razões e processos de origem.

*

       As suas necessidades de alma, na essência, são muito diversas das necessidades alheias.

*

       No que tange a sofrimentos do amor, só Deus sabe onde estão a queda ou a vitória.

*

       Jamais brinque com os sentimentos de próximo.

*

       Não assuma deveres afetivos que você não possa ou não queira sustentar.

*

       Amor, em sua existência, será aquilo que você fizer dele.

*

       Você receberá, de retorno, tudo o que der aos outros, segundo  lei que nos rege os destinos.

*

       Ante os erros do amor, se você nunca errou por emoção, imaginação, intenção ou ação, atire a primeira pedra, conforme recomenda Jesus.

 

(De “Sinal Verde”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito André Luiz)

 

 

quarta-feira, 20 de abril de 2016

A BRANDURA


"Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra". (Mateus, 5:4)



    Por esta e outras máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei.

    Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês que alguém possa usar para com seus semelhantes.

    Podemos perceber, dessa forma, que os ensinos de Jesus não são bem compreendidos por nós e, menos ainda, vivenciados.

    Prova disso é o nosso comportamento diário, diante de situações e pessoas.

    Um dia desses, transitávamos por uma rua da nossa cidade e paramos no sinal fechado.

     Observamos no veículo ao lado um adesivo com a seguinte citação evangélica:

    “Já não sou eu quem vive, mas é Cristo que vive em mim”.

    De fato a frase chamou-nos a atenção pela beleza da idéia que contém, mas infelizmente não retratava a realidade.

    Ao aproximar-se um desses garotos que entregam panfletos de propaganda nas esquinas, a senhora que dirigia o veículo, o tratou com aspereza.

    Gesticulando raivosa espantou o menino, que afastou-se um tanto desorientado.

    É muito comum percebermos esse tipo de situação, pois Jesus tem sido muito divulgado ultimamente, mas pouco vivido.

    Para que o Cristo possa de fato viver em nós, é necessário que nos esvaziemos um pouco do egoísmo.

    Enquanto estivermos cheios de nós mesmos, certamente não haverá lugar para que o ensino dele habite em nossa intimidade.

    É muito fácil viver os ensinamentos de Jesus dentro dos templos religiosos que frequentamos, onde a situação e as pessoas nos favorecem.

    Quando tudo está calmo e todos se comportam com serenidade, é fácil ser brandos e pacíficos.

    Todavia, os ensinos do Mestre de Nazaré devem ser vivenciados 24 horas por dia.

    É verdade que algumas coisas não são bem como gostaríamos que fossem.

    Não nos agrada encher o veículo de papéis de propaganda, mas será preciso agredir com palavras aqueles que os entregam?

    Agindo assim, deixamos de lado outro ensino do Cristo:

    “Fazer ao próximo o que gostaríamos que ele nos fizesse”.

    É importante, antes de agirmos com rudeza, colocarmo-nos no lugar do outro e nos perguntarmos como gostaríamos de ser tratados se estivéssemos em seu lugar.

    Se fizermos isso, com toda certeza não nos equivocaremos mais, e por conseguinte estaremos agindo como verdadeiros cristãos.

    Você sabia?

    Você sabia que os mundos também evoluem e tornam-se cada vez melhores?

    É por isso que Jesus afirmou que são bem-aventurados os brandos porque possuirão a Terra.

    A Terra, que é um planeta de expiações e provas passará a mundo de regeneração e albergará os espíritos que já se melhoraram a ponto de merecê-la.

    Os que ainda persistirem no mal reencarnarão em outros planetas, de conformidade com sua evolução.

    É assim que se expressa a justiça divina. A ninguém desampara, mas também a ninguém privilegia, todos temos as mesmas chances, basta que saibamos aproveitá-las.



(Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IX, item 4. - www.momento.com.br)

PARA SER FELIZ

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Confia em Deus.
Aceita no dever de cada dia a vontade do Senhor para as horas de hoje.
Não fujas da simplicidade.
Conserva a mente interessada no trabalho edificante.
Detém-te no “lado bom” das pessoas, das situações e das coisas.
Guarda o coração sem ressentimento.
Cria esperança e otimismo onde estiveres.
Reflete nas necessidades alheias, buscando suprimi-las ou atenua-las.
Faze todo o bem que puderes, em favor dos outros sem pedir remuneração.
Auxilia muito.
Espera pouco.
Serve sempre.
Espalha a felicidade no caminho alheio, quanto seja possível.
Experimentemos semelhantes conceitos na vida prática e adquiriremos a luminosa ciência de ser feliz.

(Emmanuel - Da obra: Caminho Espírita - Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 15 de abril de 2016

APRENDAMOS A AGRADECER



"Em tudo dai graças." - Paulo (I Tessalonicenses, 5:18.)

        Saibamos agradecer as dádivas que o Senhor nos concede cada dia:
            a largueza da vida;
            o ar abundante;
            a graça da locomoção;
            a faculdade do raciocínio;
            a fulguração da idéia;
            a alegria de ver;
            o prazer de ouvir;
            o tesouro da palavra;
            o privilégio do trabalho;
            o dom de aprender;
            a mesa que nos serve;
            o pão que nos alimenta;
            o pano que nos veste;
            as mãos desconhecidas que se entrelaçam no esforço de suprir-nos a refeição e o  agasalho;
            os benfeitores anônimos que nos transmitem a riqueza do conhecimento;
            a conversação do amigo;
            o aconchego do lar;
            o doce dever da família;
            o contentamento de construir para o futuro;
            a renovação das próprias forças...
        Muita gente está esperando lances espetaculares da "boa sorte mundana", a fim de exprimir gratidão ao Céu.
        O cristão, contudo, sabe que as bênçãos da Providência Divina nos enriquecem os ângulos mais simples de cada hora, no espaço de nossas experiências.
        Nada existe insignificante na estrada que percorremos.
        Todas as concessões do Pai Celeste são preciosas no campo de nossa vida.
        Utilizando, pois, o patrimônio que o Senhor nos empresta, no serviço incessante ao bem, aprendamos a agradecer.


 (Livro: Fonte Viva. Francisco Cândido Xavier por Emmanuel)

quinta-feira, 24 de março de 2016

DIVERGÊNCIAS


            Lembre-se de que as outras pessoas são diferentes e, por isso mesmo, guardam maneiras próprias de agir.
            Esclarecer à base de entendimento fraterno, sim, polemicar, não.
            Antagonizar sistematicamente é um processo exato de angariar aversões.
            Você pode claramente discordar sem ofender, desde que fale apreciando os direitos do opositor.
            Afaste as palavras agressivas do seu vocabulário.
            Tanto quanto nos acontece, os outros querem ser eles mesmos na
desincumbência dos compromissos que assumem.
            Existem inúmeros meios de auxiliar sem ferir.
            Geralmente, nunca se discute com estranhos e sim com as pessoas queridas; visto isso, valeria a pena atormentar aqueles com quem nos cabe viver em paz?
            Aprendamos a ceder em qualquer problema secundário, para sermos fiéis às realidades essenciais.
            Se alguém diz que a pedra é madeira, é justo se lhe acate o modo de crer, mas se alguém toma a pedra ou a madeira para ferir a outrem, é
importante argumentar quanto à impropriedade do gesto insano.

(Francisco Cândido Xavier/André Luiz. In: Sinal Verde)

sábado, 12 de março de 2016

DIANTE DO AMANHÃ


“O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec, Cap. I, item 1.

       Compreendemos, sim, todos os teus cuidados  no mundo, assegurando a tua tranquilidade.
       Organizas com esmero a casa em que vives.
       Proteges as vantagens imediatas da parentela.
       Preservas, apaixonadamente, a segurança dos filhos.
       Atendes, com extremado carinho, ao teu grupo social.
       Valorizas o que possuis.
       Arranjas habilmente o leito calmo.
       Selecionas, com fino gosto, os pratos do dia.
       Defendes, como podes, a melhoria das tuas rendas.
       Aspiras a conquistar salário mais amplo.
       Garantes o teu direito, à frente dos tribunais.
       Vasculhas avidamente o noticiário do que vai pelo mundo.
       Sabes procurar, com pontualidade e respeito, os serviços do médico e os préstimos do dentista.
       Marcas horário para o cabeleireiro.
       Escolhes com devoção o filme que mais te agrada.
       Examinas a moda, ainda mesmo com simplicidade e moderação, como quem obedece à força de um ritual.
       Questionas sucessos políticos.
       Discutes, veemente, os serviços públicos.
       Tentas, de maneira instintiva, influenciar opiniões e pessoas.
       Desvelas-te em atrair a simpatia dos companheiros.
       Observas, a cada instante, as condições do tempo, como se trouxesses, obrigatoriamente, um barômetro na cabeça.
-0-
       Tudo isso, meu irmão da Terra, é compreensível, tudo isso é preocupação natural da existência.
       No entanto, não conseguimos explicar o teu desvairado apego às ilusões de superfície, 
nem entendemos porque não dedicas alguns minutos de cada dia, de cada semana ou de cada mês, a refletir na transitoriedade dos recursos humanos, 
reconhecendo que nada levarás, materialmente, do plano físico, 
tanto quanto, afora os bens do espírito, nada trouxeste ao pousar nele.
       Ainda assim, não te convidamos à ideia obcecante da morte, porquanto a morte é sempre a vida noutra face. 
Desejamos tão-somente destacar que, nessa ou naquela convicção, ninguém fugirá do porvir.
       Disse o Cristo: “andai enquanto tendes luz”.
       Isso quer dizer que é preciso aproveitar a luz do mundo, para fazer luz em nós.

(Francisco Cândido Xavier/Emmanuel. In: Justiça Divina)

 

 

quinta-feira, 10 de março de 2016

O TESTE



Reunião pública de 11-12-59 - Questão 469 - O Livro dos Espíritos

    Lutando, disseste: "não posso mais".
    E ajudaste os que te roubam a fortaleza.
    Batido, clamaste: "reagirei".
    E amparaste os que te induzem à violência.
    Esquecido, gemeste: "estou sozinho".
    E ajudaste os que te bloqueiam a confiança.
    Caluniado, gritaste: "vingar-me-ei".
    E amparaste os que te guiam à crueldade.
    Ferido, bradaste: "quero justiça".
    E ajudaste os que te furtam a tolerância.
-o-
    - Enjoei de viver.
    - A fadiga me vence.
    - Tudo perdido.
    - Nada mais a fazer.
    Tentando justificar-te, recorres à filosofia de ocasião e repetes rifões e chavões antigos:
    - A dança obedece à música.
    - Faço como me ensinam.
    - Seja virtuoso quem puder ser.
    - Amanhã virá quem bom me fará.
    - Tarde demais.
    - Fiz tudo.
    - Depois eu faço.
    - Lavei as mãos.
-o-
    Recorda, porém, que toda dificuldade é teste renovador.
    Todos somos tentados na imperfeição que trazemos.
    Queixa é fuga.
    Impaciência é perigo.
    Censura é auxílio ao perseguidor.
    Revolta é força que apressa o crime.
    Ataque é óleo no fogo.
    Desforço é golpe que apaga a luz.
    Desespero é chave do ladrão.
    Maltratado, busca o bem.
    Injuriado, fala o bem.
    Contrariado, procura o bem.
    Traído, renova o bem.
    Assaltado, conserva o bem.
    A única fórmula clara e segura de vencer, no teste contra as influências inferiores,
será sempre, o que for, com quem for e seja onde for, esquecer o mal e fazer o bem.


(Francisco Cândido Xavier/Emmanuel. In: Religião dos Espíritos)

segunda-feira, 7 de março de 2016

QUEM LÊ, ATENDA

Quem lê, atenda -- Jesus (Mateus 24:15)

     Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, 
movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.
     Frequentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, 
destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.
     Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.
     O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.
     Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, 
a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? 
Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, 
com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.
     A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.
     É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, 
mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.
     O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura 
para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

(Francisco Cândido Xavier/Emmanuel. IN: Vinha de Luz)