domingo, 29 de novembro de 2015

Convite à Compaixão

 

"Jesus, Mestre, tem compaixão de nós."

(Lucas: capítulo 17º, versículo 14)

 

São poucos os que a cultivam.

Há a alegação generalizada de que todo aquele que se apieda, sofre desnecessariamente, e depois não há qualquer compensação. Logo se recupera o que ora padece e este retribui a generosidade, o auxílio, com a torpe ingratidão.

Que te importa, porém, se o ingrato for o outro? Não se renova a árvore após a poda, produzindo em abundância e o solo revolvido, não aceita melhor a semente?

O essencial é que sejas partícipe ativo da renovação social e espiritual da Terra.

Para esse mister não arroles dificuldades, não apontes incompreensões, não relaciones queixas.

Possivelmente não poderás fazer muito, ante a larga faixa dos que expungem, dos que padecem necessárias retificações. Dispões, no entanto, do amor, e assim enriquecido ser-te-á possível oferecer valiosas moedas de compaixão e fraternidade.

Disporás de um momento para ouvir as ânsias do espírito atribulado e ofereceres o roteiro seguro do Evangelho; terás a moeda da esperança para distenderes ao desafortunado, que tudo perdeu no jogo da ilusão e agora está à borda da loucura ou do suicídio; contribuirás com a oração intercessória, quando outros recursos já não sejam utilizáveis junto ao que se permitiu colher pelas circunstâncias infelizes que ele mesmo engendrou e das quais não pode escapar; distenderás o lenço do conforto, sugerindo que o perseguidor reconsidere a atitude, pois que mais tarde será ele o perseguido; lembrarás o impositivo das leis divinas àqueles que se facultam desonestidade e torpezas morais, se tiveres compaixão..

O Mestre, apiedado daqueles leprosos, sugeriu que se apresentassem aos sacerdotes, acontecendo que, em pleno caminho, se tornaram limpos...

Todos possuímos males que nos maculam o espírito e nos maceram interiormente. Apiedando-nos do próximo, credenciar-nos-emos à compaixão do Senhor, que nos favorecerá com a oportunidade de nos limparmos pelo caminho, também, antes de nos apresentarmos à Lei.

 

(FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 7)

                              

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Convite à Esperança

 

"Tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre." (1ª Epístola aos Coríntios: capítulo 13º, versículo 7.)

 

Não obstante estejam carrancudas as nuvens do teu céu, prenunciando borrasca próxima aflitiva, espera. Após a tempestade que, talvez advenha, talvez não, defrontarás dia claro pelo caminho.

Embora a soledade amarga a fazer-te sofrer fel e dor como se já não suportasses mais a lenta e silenciosa agonia, espera. Amanhã, possivelmente dois braços amigos estarão envolvendo-te e voz veludosa cantará aos teus ouvidos gentil canção...

Mesmo que tudo conspire contra os propósitos abraçados, ameaçando planos zelosamente cuidados, espera. Há surpresas que constituem interferência Divina, modificando paisagens humanas, alterando rumos considerados corretos.

Apesar de a chibata caluniosa fazer-te experimentar reproche e desconsideração, arrojando-te à rua do descrédito, espera. A verdade chega após a calamidade da intrujice para demonstrar a grandeza da sua força, renovando conceituações.

À borda do abismo do desespero, incompreendido e em sofrimento, estuga o passo e espera.

Reconsidera atitudes mentais e recomeça o labor. O futuro se consolida mediante as realizações do presente..

Esperança expressa integração no organograma da vida.

O rio muda o curso, a montanha desaparece, a árvore fenece, o grão germina, enquanto esperam... A mão grandiloquente do tempo tudo muda. O que agora parece sombras, logo mais surge e ressurge em ouro fulvo de luz.

Espera, diz o Evangelho, e ama. Espera, responde a vida, e serve. Espera, proclamam os justos, e perdoa. Espera no dever distribuindo consolo e compreensão, porquanto, a fim de que houvesse a gloriosa ascensão do Senhor, na montanha da Betânia, aconteceram a traição infame, o cerco da inveja, a gritaria do julgamento arbitrário e a Cruz odienta, que em sublime esperança o Justo transformou na excelsa catapulta para o Reino dos Céus.

 

(FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 18)

 

domingo, 22 de novembro de 2015

LIBERTEMO-NOS

 

O homem, na essência, é um espírito imortal, usando a vestimenta transitória da vida física.

A existência regular no corpo terrestre é uma série de alguns milhares de dias - átomos de tempo na Imortalidade - concedidos à criatura para o aprendizado de elevação.

A Crosta do Mundo é o campo benemérito, onde cada um de nós realiza a sementeira do próprio destino.

A Ciência é o serviço do raciocínio, erguendo a escola do conhecimento.

A filosofia é o sistema de indagação que auxilia a pensar.

A religião, porém, é a bússola brilhante, indicando, desde a Terra, o caminho da ascensão.

Todos nós somos herdeiros da Sabedoria Infinita e do Amor Universal.

Entretanto, sem o arado do trabalho, com que possamos adquirir valores inalienáveis da experiência, prosseguiremos colados ao seio maternal do Planeta, na condição de lesmas pensantes.

• Não repouses à frente do dia rápido.

• Abre os ouvidos à sinfonia do bem, que se derrama em toda parte.

• Abre os olhos à contemplação da verdade que regenera e edifica.

• Abre a mente aos ideais superiores que refundem a existência.

• Abre os braços ao serviço salutar.

• Descerra o verbo à exaltação da bondade e da luz.

• Abre as mãos à fraternidade, auxiliando ao próximo.

Abre, sobretudo, o coração ao amor que nos redime, convertendo-nos fielmente em companheiros do Amigo Sublime das Criaturas, que partiu do mundo, de braços abertos na cruz, oferecendo-se à Humanidade inteira.

Cada inteligência tocada pela claridade religiosa, nas variadas organizações da fé viva, é uma estrela que ilumina os remanescentes da ignorância e do egoísmo, no caminho terrestre.

Liberta-te e sobe à luz do píncaro, a fim de iluminares a marcha daqueles mais necessitados que tu mesmo, na jornada de aperfeiçoamento e libertação.

 

(ANDRÉ LUIZ - Apostilas da Vida, cap. 2, Francisco Cândido Xavier)

 

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

SEGUINDO EM FRENTE

 

Seja qual seja o seu problema, conserve fé em Deus e fé em você mesmo, sem desistir de trabalhar...

Ninguém progride sem dificuldades a vencer.

A luta é condição para a vitória.

Não abandone os seus encargos no bem.

Não perca tempo, lembrando episódios tristes.

Desculpe qualquer ofensa.

Esqueça ressentimentos, venham de onde vierem.

Auxilie aos outros, como puder e tanto quanto puder,  no clima da consciência tranquila.

Não procure defeitos nos semelhantes...

Se você está num momento, considerado talvez, como sendo o pior de sua vida, siga adiante, com o seu trabalho, na certeza de que se hoje o céu aparece toldado de nuvens, a luz voltará no firmamento  e o dia de amanhã será melhor.

 

(ANDRÉ LUIZ - Do livro: “Tempo de Luz”, Francisco Cândido Xavier)

 

domingo, 15 de novembro de 2015

ESPERANÇA CONSTANTE

 

O pessimismo é uma espécie de taxa pesada e desnecessária sobre o zelo que a responsabilidade nos impõe, induzindo-nos à aflição inútil.

 

Atenção, sim.

 

Derrotismo, não.

Para que nos livremos de semelhante flagelo, no campo íntimo, é aconselhável desligar o pensamento, muitas vezes, colado a detalhes ainda sombrios da estrada evolutiva.

 

Para que sustente desperto o entendimento, quanto à essa verdade, recordemos as bênçãos que excedem largamente às nossas pequenas e transitórias dificuldades.

 

É inegável que o materialismo passou a dominar muita gente, perante o avanço tecnológico da atualidade terrestre: contudo existem admiráveis multidões de criaturas, em cujos corações a fé se irradia por facho resplendente, iluminando a construção do mundo novo.

 

As enfermidades ainda apresentam quadros tristes nos agrupamentos humanos; no entanto, é justo considerar que a ciência já liquidou várias moléstias, dantes julgadas irreversíveis, anulando-lhes o perigo com a imunização e com as providências adequadas.

 

Destacam-se muitos empreiteiros da guerra, tumultuando coletividades; todavia, os obreiros da paz se movimentam em todas as direções.

 

Muitos lares se desorganizam; mas outros muitos se sustentam consolidados no equilíbrio e na educação, mantendo a segurança entre os homens.

 

Grande número de mulheres se ausentam da maternidade; entretanto, legiões de irmãs abnegadas se revelam fiéis ao mais elevado trabalho feminino no Planeta, guardando-se na condição de mães admiráveis no devotamento ao grupo doméstico.

 

Os processos de violência aumentam, quase que em toda parte; ampliam-se, porém, as frentes de amor ao próximo que os extinguem.

 

Anotando as tribulações que se desdobram no Plano Físico, não digas que o mundo está perdido.

Enumera as bênçãos de Deus que enxameiam, em torno de ti.

 

E se atravessas regiões de trevas, que se te afiguram túneis de sofrimento e desolação, nos quais centenas ou milhares de pessoas perderam a noção da luz, é natural que não consigas transformar-te num sol que flameje no caminho para todos, mas podes claramente acender um fósforo de esperança.

 

(EMMANUEL - Do livro "Atenção", Francisco C. Xavier)

 

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Presentes da vida

 

      É inegável que as obrigações da vida terrena não são de pequena monta. As necessidades do cotidiano nos conduzem a inúmeras preocupações.

      Por isso, estamos sempre envolvidos com os afazeres diários, os desafios que se sucedem e as dificuldades que se apresentam a cada passo.

      Nossa casa mental está de contínuo às voltas com as coisas do cotidiano, com o bem conduzir da existência física.

      Assim, haverá dias em que nossas preocupações serão de ordem econômica, quando as contas e os compromissos financeiros tomam nossas energias e nosso tempo para a solução devida.

      Outros, serão os dias onde os problemas familiares e as relações mais íntimas serão a tônica das dificuldades, nos exigindo esforços na busca de alternativas para essa ou aquela contenda.

      Não serão raros, ainda, os dias onde as demandas estarão no campo profissional, a nos exigir constantes atualizações, reciclagem, quando não, a própria busca do emprego.

      Essas são preocupações e dificuldades naturais da vida física, que sempre serão oportunidades de aprendizado e de crescimento moral e intelectual.

      Esse é o verdadeiro sentido da vida, e essa é a proposta de Deus para cada um de nós.

      Ao nascermos, todo um planejamento, por parte da Providência Divina, já está estruturado, pensado e programado para que possamos bem aproveitar essa grandiosa viagem pelo planeta.

      Assim, a tudo isso que, costumeiramente, chamamos de problemas, dificuldades, desafios, ou ainda, as dores, decepções, são presentes que a vida nos oferece.

      É verdade que, a princípio, parece um tanto estranho dizermos que isso tudo, que todas essas coisas que muito nos consomem os dias e as energias de maneira tão intensa, sejam presentes da vida.

      Para ser um presente, pensamos, deve nos agradar, tem que ser algo útil, ou ainda, que tenha sido especialmente pensado para nós.

      Mas não é de outra forma que Deus assim age, quando nos oferece esses presentes.

      Ao entendermos que a vida é aprendizagem para o Espírito, e que nascemos para que o progresso e a melhora se façam em nossa intimidade, ela ganha um novo sentido.

      Com esse entendimento, veremos em cada dificuldade, em cada desafio, a oportunidade do crescimento íntimo.

      E perceberemos, a partir daí, que o Senhor Deus jamais busca o castigo e a reprimenda de Seus filhos, como se falsamente amasse mais a uns do que a outros.

      Dessa forma, se recebermos a visita da dificuldade, da dor, do problema aparentemente insolúvel, percebamos nisso a oportunidade do aprendizado.

      Sob a tutela de Deus, todas as nossas dificuldades foram previstas, programadas e permitidas para que nosso aprendizado se faça.

      E ainda, para que a vida não se perca nas nulidades e vazios que nada promovem a alma.

      Afinal, seremos nós mesmos, Espíritos imortais, que logo mais, quando a vida física se encerrar, retornaremos à pátria espiritual com todas as conquistas e aprendizados que esses presentes conseguiram moldar em nossa intimidade.

       

      Redação do Momento Espírita.

 

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O problema que te preocupa talvez te pareça excessivamente amargo ao coração.
E tão amargo que talvez não possas comentá-lo, de pronto.
Às vezes, a sombra interior é tamanha que tens a idéia de haver perdido o próprio rumo.
Entretanto, não esmoreças.
Abraça o dever que a vida te assinala.
Serve e ora.
A prece te renovará energias.
O trabalho te auxiliará.
Deus não nos abandonará.
Fazê silêncio e não te queixes.
Alegra-te e espera porque o Céu te socorrerá.
Por meios que desconheces, Deus permanece agindo.
(Francisco Cândido Xavier por  Emmanuel.)

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Sua pequena dádiva

 

       Meu amigo, experimente acender uma lâmpada, por mais singela que seja, onde vija a escuridade e verá que, repentinamente, o ambiente se converterá num dia de claridade.

       Quando puder, ponha sob a terra passiva uma semente de flor e, onde a devastação tomara conta, você formará jardins e pomares.

       Busque colocar uma gota d’água onde impere a aridez e verá a terra revolvida, trabalhada, transformada, produzindo vida pela força da vitalidade saída de sua mão.

       Quando estiver diante de algum coração sofredor, aquele que padece a decepção, a enfermidade, a perseguição, a orfandade, o abandono de qualquer teor, destile-lhe, no imo do ser, a sua mensagem fraterna, fale-lhe que a vida é um estuário de oportunidades belas que não se deve releixar. Insufle-lhe todas as lições que já aprendeu ao longo da sua trajetória, de um para outro momento, mas fale-lhe de Deus, do amor, da vida abençoada.

       Acenda alegria nos corações lúgubres, desenvolva sensibilidade nas almas semi-endurecidas; afabilidade e atenção nas criaturas ásperas; as letras e a meditação na cabeça vazia e ponha a enxada nas mãos ociosas, e você verá, meu irmão, que dentro de muito pouco tempo, a Terra se converterá numa fulgurante Oficina do Bem, e o trabalho se transfará na ensancha de crescimento e de libertação para todos, a partir do gesto simples e da providência humilde que partiram de você.

Joanes

(De “Nossas Riquezas Maiores”, de J. Raul Teixeira)