sábado, 30 de janeiro de 2016

SITUAÇÕES E OP0RTUNIDADE


 
        Conquanto a sua vida lhe pareça um torvelinho incessante de dificuldades, considere o impositivo da reencarnação e aproveite a oportunidade.
        As piores provações se agravam quando são ignoradas suas causas.
*
        Embora os empeços para a sua vitória no palco social, insista nos deveres nobres.
        Os mais sérios insucessos são os que atingem o espírito.
*
        Apesar da família problema com que você se vê a braços, tal é o clã necessário à sua revelação.
        Familiares difíceis — dívidas em cobrança de urgência.
*
        Embora as enfermidades incessantes que o visitam, confie na saúde e mentalize-a.
        Doente, em verdade, é todo aquele que como tal se considera.
*
        Com os pés atados à pobreza e de mãos amarradas pelas constrições do dia-a-dia, não desanime.
        Hoje difícil — amanhã abençoado.
*
        Não considerado no ambiente social em que se encontra, esforçando-se para fazer-se respeitar, evite o agastamento.
        Muitas vezes o desdouro que lhe atiram é homenagem a valores que você possui e eles ignoram.
*
        Penetre-se pelas lições com que a fé viva e racional lhe chama a atenção, deixando-se incorporar, de modo que você supere obstáculos e limitações, descobrindo os tesouros inalienáveis do seu próprio espírito e usando-os a benefício da sua harmonia íntima.
        Opiniões valem a consideração que lhes damos.
        Pessoas significam as lições que desejemos aprender.
*
        Identificado à opinião evangélica e conduzido por Jesus, afigurar-se-á preciosa a atual reencarnação, valorizando-a e dando-se integralmente ao seu aproveitamento.

(Divaldo Pereira Francon por Marco Prisco. In: Sementeira da Fraternidade)

 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Erro coletivo

 

         É comum ouvir alguém reclamar a respeito da presença de uma pessoa complicada em sua vida.

         Pode ser algum parente, vizinho ou colega de trabalho.

         Em geral, está presente o raciocínio de que a vida seria boa sem os problemas trazidos por aquela pessoa.

         Por vezes, há até alguma indignação com quem tem dificuldades físicas ou psíquicas.

         Quem é convocado ao auxílio e à compreensão não raro se sente indignado.

         Entretanto, urge refletir que a Lei Divina é perfeita.

         Ela estabelece a felicidade e o equilíbrio como naturais resultados da observação de seus preceitos.

         Por outro lado, toda violação dos estatutos cósmicos enseja problemas.

          Contudo, o erro raramente é individual.

         O defraudamento dos deveres de honestidade, pureza e respeito ao semelhante costuma surgir de um contexto complexo.

          Quando alguém comete desatinos, de ordinário tal se dá sob o influxo de vários envolvidos.

          Esses podem ser os pais, que não cumpriram a contento seu dever de educação.

          Deixaram-se levar por múltiplos afazeres e não deram ao filho a atenção e as orientações necessárias.

         Ou então, foram amigos que incentivaram ao vício.

         Quem sabe, irmãos ou outros parentes que deram maus exemplos.

         Talvez, um namorado ou namorada que fez falsas promessas e gerou grande dor moral.

         O certo é que poucas vezes alguém erra sozinho, sem a influência de terceiros.

         Ocorre que é da lei que quem cai junto se reerga em conjunto.

         Os partícipes do erro são naturalmente convocados a auxiliar no reajuste.

         Conforme o grau de sua participação na derrocada moral, devem colaborar no soerguimento.

          Assim, a presença de alguém complicado em sua vida não é uma injustiça e nem fruto do acaso.

         Justamente por isso, não procure saídas fáceis ou desonrosas.

          Libertar-se de uma situação constringente não é o mesmo que fugir dela.

         A Lei Divina é perfeita e ninguém consegue ludibriá-la.

         A atitude de fuga apenas denota rebeldia e complica a situação do devedor.

         Para se libertar de semelhante conjuntura adversa, somente mediante o exercício da fraternidade.

         Faça o seu melhor no auxílio aos que o rodeiam.

         Ampare física e moralmente os que se apresentam frágeis e viciados, do corpo e da alma.

         Saiba que a paz em sua vida será o resultado natural da consciência tranquila pelo dever bem cumprido.

         E, principalmente, cuide para não induzir ninguém a trilhar caminhos indignos.

         Preste atenção no que diz e faz, a fim de não ser partícipe de atos torpes.

         Muitos testemunham seus atos e palavras e podem ser influenciados por eles.

         Mesmo sem desejar, você pode assumir graves responsabilidades e complicar seu futuro.

         Pense nisso.

 

     Redação do Momento Espírita

 

domingo, 24 de janeiro de 2016

Saber e Fazer

 

"Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes." - Jesus. (JOÃO, capítulo 13, versículo 17)

 

Entre saber e fazer existe singular diferença. Quase todos sabem, poucos fazem. Todas as seitas religiosas, de modo geral, somente ensinam o que constitui o bem. Todas possuem serventuários, crentes e propagandistas, mas os apóstolos de cada uma escasseiam cada vez mais.

Há sempre vozes habilitadas a indicar os caminhos. É a palavra dos que sabem.

Raras criaturas penetram valorosamente a vereda, muita vez em silêncio, abandonadas e incompreendidas. É o esforço supremo dos que fazem.

Jesus compreendeu a indecisão dos filhos da Terra e, transmitindo-lhes a palavra da verdade e da vida, fez a exemplificação máxima, através de sacrifícios culminantes.

A existência de uma teoria elevada envolve a necessidade de experiência e trabalho. Se a ação edificante fosse desnecessária, a mais humilde tese do bem deixaria de existir por inútil.

João assinalou a lição do Mestre com sabedoria. Demonstra o versículo que somente os que concretizam os ensinamentos do Senhor podem ser bem- aventurados. Aí reside, no campo do serviço cristão, a diferença entre a cultura e a prática, entre saber e fazer.

 

XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 49

 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Calma



Se você está no ponto de estourar mentalmente, silencie alguns instantes para pensar.
Se o motivo é moléstia no próprio corpo, a intranquilidade traz o pior.
Se a razão é enfermidade em pessoa querida, o seu desajuste é fator agravante.
Se você sofreu prejuízos materiais, a reclamação é bomba atrasada, lançando caso novo.
Se perdeu alguma afeição, a queixa tornará você uma pessoa menos simpática, junto de outros amigos.
Se deixou alguma oportunidade valiosa para trás, a inquietação é desperdício de tempo.
Se contrariedades aparecem, o ato de esbravejar afastará de você o concurso espontâneo.
Se você praticou um erro, o desespero é porta aberta a faltas maiores.
Se você não atingiu o que desejava, a impaciência fará mais larga a distância entre você e o objetivo a alcançar.
Seja qual for a dificuldade, conserve a calma trabalhando, porque, em todo problema a serenidade é o teto da alma, pedindo o serviço por solução.

Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Francisco Cândido. Ideal Espírita. Espíritos Diversos. CEC

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

QUEM


Quem não luta costuma estagnar-se.
Quem pára dorme.
Quem se entrega ao sono da alma, tarde contempla o sublime despertar.
Quem dá recebe.
Quem sofre com a paciência recolhe mais luz.
Quem se sacrifica pelo bem dos outros, espiritualiza a própria existência, colocando-se na subida para os cimos da verdadeira felicidade.
Quem ajuda ampara a si mesmo.
Quem renuncia adquire com mais segurança.
Quem ama pela glória de amar, como Jesus nos amou, cedo conhece a vitória e a ressurreição.

(Emmanuel/Francisco Cândido Xavier. Em: Dicionário da Alma)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

O FARDO

"Cada qual levará a sua própria carga."

- Paulo: Gálatas, 6:5 -

    Quando a ilusão te fizer sentir o peso do próprio sentimento, como sendo excessivo e injusto, recorda que não segues sozinho no grande roteiro. 

    Cada qual tolera a carga que lhe é própria. 

    Fardos existem de todos os tamanhos e de todos os feitios. 

    A responsabilidade do legislador. 

    A tortura do sacerdote. 

    A expectativa do coração materno. 

    A indigência do enfermo desamparado. 

    O pavor da criança sem ninguém. 

    As chagas do corpo abatido. 

    Aprende a entender o serviço e a luta dos semelhantes para que te não suponhas vítima ou herói num campo onde todos somos irmãos uns dos outros, mutuamente identificados pelas mesmas dificuldades, pelas mesmas dores e pelos mesmos sonhos. 

    Suporta o fardo de tuas obrigações valorosamente e caminha. 

    Do acervo de pedra bruta nasce o ouro puro. 

    Do cascalho pesado emerge o diamante. 

    Do fardo que transportamos de boa vontade procedem as lições de que necessitamos para a vida maior. 

    Dirás, talvez, impulsivamente: - "E o ímpio vitorioso, o mau coroado de respeito e o gozador indiferente? Carregarão, porventura, alguma carga nos ombros?" 

    Responderemos, no entanto, que, provavelmente, viverão sob encargos mais pesados que os nossos, de vez que a impunidade não existe. 

    Se o suor te alaga a fronte e se a lágrima te visita o coração é que a tua carga já se faz menos densa, convertendo-se, gradativamente, em luz para a tua ascensão. 

    Ainda que não possas marchar livremente com o teu fardo avança com ele para a frente, mesmo que seja um milímetro por dia... 

    Lembra-te do madeiro afrontoso que dobrou os ombros doridos do Mestre. Sob os braços duros no lenho infamante jaziam ocultas as asas divinas da ressurreição para a divina imortalidade.

(Emmanuel/Francisco Cândido Xavier, em "Segue-me")

 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Convite à Jovialidade

 

"Se sabeis estas cousas, bem-aventurados sois se as praticardes."

(João: capítulo 13º, versículo 17)

 

A palavra áspera aqui e o conceito azedo ali consubstanciam a aura do desagrado.

O cenho carrancudo em regime de continuidade, deformando a aparência da face, materializa a expressão do tormento íntimo.

A habitual constrição facial, exteriorizando desagrado, produz a possibilidade negativa do intercâmbio fraterno...

Eles passam, os atormentados de toda característica, assinalados pelas marcas fundas dos dramas que ressumam dos painéis perispirituais, gerando deformidades que exteriorizam, desagradáveis.

Indispensável cultivar a jovialidade em qualquer esfera de ação mormente nas tarefas do Cristianismo Redivivo.

Movimentar o bem como quem suporta pesado fardo, significa desfigurar o próprio bem.

Ensinar alegria e confiança entre asperezas, carrancas e severidade para com os outros e sistemática de antipatia representa enunciar palavras belas e viver paisagens sombrias.

Como um semblante vulgarizado por um sorriso de idiotia representa um espírito agrilhoado à expiação, a dureza da face, o verbo cortante constituem as armas de insidiosa enfermidade espiritual.

Jovialidade, portanto.

Um espírito agradável a reproduzir-se numa face amena, não obstante as sombras e as lágrimas que, por vezes, expressam os impositivos da evolução pela dor, gerando simpatia e afabilidade.

Cismando, porém, ameno, carregando a Cruz, todavia, tranquilo, azorragado e humilhado até à extrema e mísera posição, Jesus manteve o alto padrão da jovialidade, em tal monta que mesmo em agonia amenizou as circunstâncias que exornavam a tarde de hediondez para cantar esperanças aos acompanhantes infelizes, acenando-lhes com a promessa do Paraíso, e bordando-lhes a noite pesada em que padeciam intimamente com as estrelas excelsas da paz ditosa.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 29

 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

CARTA DE ANO BOM

Entre um ano que se vai
E outro que se inicia,
Há sempre nova esperança,
Promessas de Novo Dia...

Considera, meu amigo,
Nesse pequeno intervalo,
Todo o tempo que perdeste
Sem saber aproveitá-lo.

Se o ano que se passou
Foi de amargura sombria,
Nosso Pai Nunca está pobre
Do pão de luz da alegria.

Pensa que o céu não esquece
A mais ínfima criatura,
E espera resignado
O teu quinhão de ventura.

Considera, sobretudo
Que precisas, doravante,
Encher de luz todo o tempo
Da bênção de cada instante.

Sê na oficina do mundo
O mais perfeito aprendiz,
Pois somente no trabalho
Teu ano será feliz.

Não esperes recompensas
Dos bens da vida terrestre,
Mas, volve toda a esperança
A paz do Divino Mestre.

Nas lutas, nunca te esqueça
Deste conceito profundo:
O reino da luz de Cristo
Não reside neste mundo.

Não olhes faltas alheias,
Não julgues o teu irmão,
Vive apenas no trabalho
De tua renovação.

Quem se esforça de verdade
Sabe a prática do bem,
Conhece os próprios deveres
Sem censurar a ninguém.

Ano Novo!... Pede ao Céu
Que te proteja o trabalho,
Que te conceda na fé
O mais sublime agasalho.

Ano Bom!... Deus te abençoe
No esforço que te conduz
Das sombras tristes da Terra
Para as bênçãos de Jesus.

(Espírito Casimiro Cunha/Francisco Cândido Xavier)