domingo, 30 de agosto de 2015

Conselhos Simples

 

A revolução que se apresta é antes moral, do que material."

(Allan Kardec, E.S.E., Cap.1 - Item 10.)

 

 

Utilize as horas com moderação, realizando cada tarefa por sua vez, sem interrupção.

Trabalho continuado - rendimento vultuoso.

 

Modifique, sem mais tardança, o conceito negativo a respeito de quem você conheceu num momento infeliz.

 

A opinião má que se renova contribui para a sementeira da fraternidade.

 

Antes que os labores diurnos o surpreendam, realize no leito a comunhão com o Senhor, através da meditação.

 

O homem mantém a comunicação com o Pai Celeste pelos invisíveis fios do pensamento.

 

Resguarde-se da enfermidade, cultivando a higiene mental.

 

Mente asseada - corpo equilibrado.

 

Recolha, em cada dificuldade, a mensagem oculta de advertência para a vida.

 

Obstáculo vencido - aprendizagem inesquecível.

 

Acomode-se ao temperamento alheio, vencendo as imposições do instinto, quando a serviço do auxílio.

 

Quem relaciona dificuldades não dispõe de tempo para ajudar.

 

Receba o intrujão com delicadeza, expondo-lhe a verdade sem arrogância deliberada.

 

Todo usurpador se transforma em algoz de si mesmo.

 

Precavenha-se da agressão do ódio, pelo exercício do amor.

 

A constância no bem imuniza o homem contra o contágio das misérias morais.

 

Aceite o sofrimento como fenômeno natural da experiência evolutiva.

 

A enfibratura moral consolida-se no fragor das batalhas diárias.

 

Repare a terra submissa e boa, sulcada pelo arado para a dádiva do pão.

 

Aprenda com ela a lição da humildade e deixe que o Agricultor Compassivo transforme sua vida num seminário de amor para o bem de todos.

 

 

 

(Autor: Marco Prisco. Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Glossário Espírita-Cristão)

 

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Feliz Coração



Alma fraterna, escuta:
Se podes atender,
Mesmo imperfeitamente,
À tarefa que a vida te confia,
Rende graças a Deus!...
Se alguma alfinetada te aguilhoa,
Se alguma prova sobrevém,
Auxilia, perdoa
E prossegue no rumo
Que o caminho te aponte para o bem...
Lembra: quantos irmãos, ainda hoje,
Clamam desesperados,
Sob a luta sombria
Dos que se entregam à revolta,
Enceguecidos pela rebeldia!...
Quantos jazem no leito,
Situando na morte a última esperança...
Quantos caem, aos gritos do remorso,
Na delinqüência que os arrasa...
Quantos choram, em vão,
As horas que perderam!...
Recorda tanta gente,
Em pranto, junto a nós,
E nem pela fração de um só momento,
Não te queixes de mágoa ou sofrimento...
Ergue-te de ti mesmo
E busquemos agir
Para estender o bem ao nosso alcance.
Se podes trabalhar
Não fales de amargor,
Desengano, tristeza ou cicatriz,
Porque, servindo aos outros por amor,
Já tens, por Dom de Deus, coração feliz.
(Autor: Meimei - Psicografia de Chico Xavier. Livro: Aguarda)


domingo, 23 de agosto de 2015

 Ponte de Luz

 

Terminara Jesus a prédica no monte.

Nisso, o apóstolo Pedro aproxima-se

E diz-lhe: "Senhor, existe alguma ponte

Que nos conduza ao Alto, ao Céu que brilha muito acima?

Conforme ouvi de tua própria voz,

Sei que o Reino do Amor está dentro de nós...

Mas deve haver, no Além, o País da Beleza,

Mais sublime que o Sol, em fulgor e grandeza...

Onde essa ligação, Senhor, esse divino acesso?

 

Jesus silenciou, como entrando em recesso

Da palavra de luz que lhe fluía a jorro...

Circunvagou o olhar pelas pedras do morro

E, depois de comprida reflexão,

Falou ao companheiro: - "Ouve, Simão,

Em verdade, essa ponte que imaginas

Existe para a Vida Soberana,

Mas temos de atingi-la por estrada

Que não é bem a antiga estrada humana."

 

- "Como será, Senhor, esse caminho?"

Tornou Simão a perguntar.

E Jesus respondeu sem hesitar:

- "Coração que a escolha, às vezes, vai sozinho,

E quase que não tem

Senão renúncia e dor, solidão e amargura...

E conquanto pratique e viva a lei do bem,

Sofre o assédio do mal que o vergasta e procura

Reduzi-lo à penúria e ao desfalecimento.

Quem busca nesta vida transitória,

Essa ponte de luz para a eterna vitória

Conhecerá, de perto, o sofrimento

E há de saber amar aos próprios inimigos,

Não contará percalços nem perigos

Para servir aos semelhantes,

Viverá para o bem a todos os instantes

E mesmo quando o mal pareça o vencedor,

Confiando-se a Deus, doará mais amor...

E ainda que a morte, Pedro, se lhe imponha,

Na injustiça ferindo-lhe a vergonha,

Aceitará pedradas sem ferir,

Desculpará injúria e humilhação

Se deseja elevar o coração

À ponte para o Reino do Porvir..."

 

Alguns dias depois, o Cristo flagelado,

Entregue à própria sorte

Encontrava na cruz o impacto da morte,

Silencioso, sozinho, desprezado...

 

Terminada que foi a gritaria

Da multidão feroz naquele dia,

Ante o Céu anunciando aguaceiro violento,

Pedro foi ao Calvário, aflito e atento,

Envergando disfarce...

Queria ver o Mestre, aproximou-se

Para sentir-lhe o extremo desconforto...

 

Simão chorou ao ver o Amigo morto.

 

E ao fitá-lo, magoado, longamente

Ele ouviu, de repente,

Uma voz a falar-lhe das Alturas:

- "Pedro, segue, não temas, crê somente!...

Recorda os pensamentos teus e meus...

Esta cruz que me arrasa e me flagela

É a ponte que sonhavas, alta e bela,

Para o Reino de Deus."

 

Maria Dolores

(livro: A Vida Conta, Médium: Francisco Cândido Xavier)

sábado, 22 de agosto de 2015

PERANTE  A  VIDA

 

       Em verdade, o sistema solar — vasto e sublime edifício, de que somos reduzido apartamento — é um império maravilhoso de luz e de vida, cuja grandeza mal começamos a perceber.

       Basta lembrar que a sede rutilante desse largo domínio cósmico, representada pelo divino astro do dia, detém o volume correspondente a um milhão e trezentas mil Terras reunidas, e basta recordar que Júpiter, o filho mais importante do Sol, é mais de mil vezes maior que o nosso Planeta.

       Mas, não é somente a massa comparada desses gigantes do Espaço, que precisamos examinar para definir, com segurança, a nossa pequenez.

       Reportemo-nos, igualmente, às distâncias, recordando que Marte, o nosso vizinho mais próximo, quando menos afastado do educandário em que estagiamos, movimenta-se a cinquenta e seis milhões de quilômetros de nós, oferecendo-nos justas reflexões quanto aos estreitos limites de nossa casa terrestre.

       Registre-se ainda que o nosso Sistema, ante a amplidão ilimitada, é insignificante domicílio na cidade imensa da Via-Láctea, na qual milhões de sóis, transportando consigo milhões de mundos, tanto quanto nos ocorre, procuram, através do movimento e do trabalho incessantes, a comunhão com a indefinível Majestade de Deus.

       Veja, Sírius, Canopus e Antares, sóis resplendentes, junto dos quais o nosso não passará de ponto obscuro, à maneira de lâmpada humilde no coro da imortalidade, constituem palácios suspensos, onde a beleza e a perfeição adquirem aspectos inabordáveis, ainda, ao nosso campo de expressão.

       Todavia, é preciso calar, de algum modo, o êxtase que nos assalta, ante a magnificência do Universo, para atender às obrigações que o mundo nos exige.

       Somos demasiadamente pequeninos para arrojar ao Cosmo o escalpelo de nossas indagações descabidas.

       Aves implumes no ninho da vida eterna, achamo-nos, ainda, muito longe das asas com que ultrapassaremos nossas justas e compreensíveis limitações.

       Por isso mesmo, embora aguardando a celeste herança que nos é destinada no curso dos milênios, busquemos construir a casa de nossos destinos sobre a Rocha do Amor, — Jesus Cristo, — o Sol Espiritual que nos acalenta e soergue para o grande futuro.

       Antes da ascensão a outras esferas, atendamos à necessidades de nossa própria moradia.

       Melhoremo-nos para que a nossa residência melhore.

       Ajudemo-nos, uns aos outros, para que a vida, em nosso plano, se faça menos dolorosa e menos inquietante..

       E, convertendo nosso mundo, pouco a pouco, no santuário vivo em que Jesus se manifeste, estejamos convictos de que a Terra, hoje escura, amanhã se transformará no espelho divino em cuja face a glória de Deus se refletirá.

 

(De “Intervalos”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

 

domingo, 16 de agosto de 2015

Talvez Hoje

 

Surgirá quem procure ditar-lhe o que você precisa fazer, entretanto, embora agradecendo as elogiáveis intenções de quem lhe oferece pontos de vista, ouça, antes de tudo, a sua própria consciência quanto ao dever que lhe cabe;

 

É possível apareça algum coração amigo impondo-lhe quadros de pessimismo e perturbação, relativamente às dificuldades do mundo; compadecendo-se, porém, da criatura que se entrega ao derrotismo e ao desânimo, você observará a renovação para o bem que a Sabedoria Divina promove em toda parte;

 

É provável que essa ou aquela pessoa queira impor a você ideias de fadiga e doenças; mas conquanto a sua gratidão aos que lhe desejem bem-estar, você prosseguirá trabalhando e servindo ao alcance de suas forças;

 

Possivelmente, notícias menos agradáveis venham a suscitar-lhe inquietações e traçar-lhe problemas; no entanto, você conservará a própria paz e não se desligará das suas orações e pensamentos de otimismo e esperança;

 

Talvez hoje tudo pareça contra você, mas você prosseguirá compreendo e agindo, em apoio do bem, guardando a certeza de que Deus está conosco e de que amanhã será outro dia.

 

(Espírito André Luiz, Livro: Respostas da Vida, cap. 25)

 


terça-feira, 11 de agosto de 2015

O  PERFUME  DO  TRABALHO

 

        É comum ouvir de certos encarnados a expressão pela ânsia de férias, de descanso, na pauta da vida. Como se enganam esses companheiros, quando querem somente livrar-se do labor!

       É necessário que se compreenda que o trabalho é a base da vida; é, por assim dizer, a essência de tudo, é o princípio do progresso, na expansão das belezas imortais.

       Deus nos mostra o valor do trabalho pelas coisas que observamos no universo... Quem foi que fez os sóis? Quem fez as estrelas? Quem organizou a natureza? E, enfim, quem fez as coisas observáveis? Foi o Senhor, pelos fios do que chamamos trabalho.

       Se queres crescer para Deus, dá demãos ao trabalho, em  qualquer parte a que fores chamado a realizá-lo, seja ele qual for.

       Trabalha na vigilância da oficina da mente,

       trabalha na lavoura do verbo,

       trabalha nas regiões da própria vida.

       Trabalha, meu irmão, no pequeno,

       para que possas ser grande

       na grandeza da vida,

procurando no sentimento do coração os valores da vida, do amor, da caridade, da fraternidade e do perdão.

       O trabalho pode aparecer em qualquer lugar, mesmo em se conduzindo graves enfermidades, pois o enfermo pode mostrar, como trabalhador, como ter paciência, compreendendo as lições. Nas profissões, pode-se dar exemplo de trabalho digno com honestidade, onde se pode evidenciar o Cristo atuante, como exemplo de luz.

       Aquele que consegue a urdidura do amor no trabalho, dele sente o aroma, lembrando Jesus, porque o trabalho na caridade perfuma, cura, eleva e dignifica a fé, mostrando que Deus é Pai, Jesus é o Guia. A humanidade se unifica pelo labor em uma só fé e em um só amor, procurando salvar-se pelas forças da caridade, que é um trabalho divino, sob a égide de Deus, nas bênçãos de Cristo, pela expressão da benevolência.

 

Scheilla

(Página recebida em 28/07/90, no Grupo Espírita Seara de Deus, em Janga, Paulista, PE)

(De “Páginas Esparsas 3”, de João Nunes Maia, pelos Espíritos Scheilla e José Grosso).

domingo, 9 de agosto de 2015

O CRISTO OPERANTE

 

"Porque aquele que operou eficazmente em Pedro

para o apostolado da circuncisão,

esse operou também  em mim com eficácia para com os gentios."

- Paulo.  (Gálatas, 2:8) 

 

    A vaidade humana sempre guardou a pretensão de manter o Cristo nos círculos do sectarismo religioso, mas Jesus prossegue operando em toda a parte onde medre o princípio do bem.

    Dentro de todas as linhas de evolução terrestre, entre santuários e academias, movimentam-se os adventícios inquietos, os falsos crentes e os fanáticos infelizes que acendem a fogueira da opinião e sustentam-na. Entre eles, todavia, surgem os homens da fé viva que se convertem nos sagrados veículos do Cristo operante.

    Simão Pedro centralizou todos os trabalhos do evangelho nascente, reajustando aspirações do povo escolhido.

    Paulo de Tarso foi poderoso imã para a renovação da gentilidade.

    Através de ambos expressava-se o mesmo Mestre, com um só objetivo - o aperfeiçoamento do homem para o Reino Divino.

    É tempo de reconhecer-se a luz dessas eternas verdades. Jesus permanece trabalhando e sua bondade infinita se revela em todos os setores em que o amor esteja erguido á conta de supremo ideal.

    Ninguém se prenda ao domínio das queixas injustas, encarando os discípulos sinceros e devotados por detentores de privilégios divinos. Cada aprendiz se esforce por criar no coração a atmosfera propícia ás manifestações do Senhor e de seus emissários.

    Trabalha, estuda, serve e ajuda sempre, em busca das esferas superiores, e sentirás o Cristo operante ao teu lado, nas relações de cada dia.

 

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Pão Nosso)

 

SUSTENTEMOS O BEM

 

            Não lances o fel da censura na taça do companheiro que, pouco a pouco, desperta na caridade sublime.

*

            Recorda que o próprio dia não acorda de vez.

*

            Primeiro, tons rubros no céu anunciam as promessas da aurora.

*

            Em seguida, tênues riscos de caridade aparecem no campo do firmamento e, apenas muito depois, surge o carro solar na glória do alvorecer.

*

            Desencorajar leve impulso do bem é o mesmo que sufocar a semente que, divina e multiplicada, será, no caminho, a base de nosso pão.

*

            Se descobres validade na barulhenta virtude dos semelhantes, ensina-lhes com o próprio exemplo de tolerância e serenidade que o socorro fraterno pede o silêncio da discrição.

*

            Se alguém dá pouco aos teus olhos do muito que te parece reter, nas possibilidades do mundo, auxilia-o com a força da tua simpatia e de tua prece, para que se afeiçoe à mais ampla largueza do coração.

*

            Lembra-te de que a exibição inconveniente de hoje poderá transformar-se, mais tarde, em trabalho seguro do bem, se souberes amparar as vítimas da propaganda, ruidosa e desnecessária, e não te esqueças que a migalha de agora poderá ressurgir, depois, na forma de um tesouro de bênçãos se lhe apoiares  o movimento nos alicerces da própria compreensão.

*

            Ante o bem que se faça, faze o bem quanto possas, para que o bem pequeno se faça, junto de todos, o bem maior.

*

            Não admitas caridade no ato de reprovar a caridade que alguém se decida a fazer, porque, à frente do Cristo, somos todos depositários das riquezas da Vida Eterna e só pelo entendimento do amor, com o trabalho do amor, funcionando no auxílio a ricos e pobres, cultos e ignorantes, justos e injustos, é que chegaremos a acender a luz da mente purificada para a exaltação da Terra Melhor.

 

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. in: Alma e Luz)

 

 

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

HONESTIDADE


    A humanidade cada vez mais demonstra preocupação com questões transcendentes da vida.

    A consciência de que viver não se resume a aspectos materiais se dissemina pela sociedade.

    Fala-se em entrar em contato com a própria essência, em desenvolver a espiritualidade.

    Independentemente de filiação a determinada corrente religiosa, a ampla maioria afirma acreditar em uma força superior.

    Isso revela as criaturas buscando identificar a razão de sua existência.

    Como tudo no universo encontra-se em constante metamorfose e aprimoramento, conclui-se que o progresso é uma das finalidades da vida.

    O anseio pelos aspectos sublimes da existência demonstra justamente as criaturas em pleno processo evolutivo.

    Mas é importante recordar que a evolução dá-se de modo cadenciado.

    Na natureza não ocorrem saltos.

    As espécies não se transformam repentinamente.

    Determinadas etapas devem ser vencidas para ser possível atingir-se a fase seguinte.

    É como a construção de uma casa: ninguém inicia pelo acabamento.

    Faz-se necessário antes providenciar sólida estrutura.

    O mesmo ocorre com o psiquismo das criaturas.

    A identificação com as faixas superiores da vida pressupõe o domínio de aspectos básicos do viver.

    A harmonia e a paz são o resultado de vivências nobres do espírito.

    Tais conquistas não são improvisáveis e nem surgem de um momento para o outro.

    Assim, ao preocupar-se com questões transcendentes, não esqueça coisas elementares.

    A honestidade é justamente uma das primeiras virtudes a serem conquistadas por quem deseja a paz e a felicidade.

    O céu não é um local determinado no espaço, mas um estado de consciência, de harmonia com as leis divinas.

    Mas não é possível harmonizar-se com tais leis sem o rigoroso atendimento dos próprios deveres.

    Ser honesto implica demonstrar lealdade em todos os aspectos da existência.

    O homem honesto realiza as tarefas que lhe cabem, com ou sem testemunhas.

    Ele não inventa desculpas para avançar sobre o patrimônio do vizinho.

    Infelizmente, nossa sociedade vive uma grande crise ética.

    Ao tempo em que demonstram indignação com a desonestidade alheia, os indivíduos são com freqüência desleais em seus negócios particulares.

    Muitas vezes, quem reclama dos políticos não paga corretamente seus impostos.

    Inúmeros estudantes bradam contra a falta de ética de governantes e empresários, mas colam nas provas e copiam as tarefas dos colegas.

    Esse gênero de conduta sinaliza apenas hipocrisia.

    Como afirmou Jesus, é necessário dar a César o que é de César.

    Ao agir honestamente, ninguém faz mais do que a obrigação.

    Mas não há como desenvolver harmonia espiritual se nem a honestidade ainda foi assimilada.

    É paradoxal fazer caridade sem pagar as próprias contas.

    A torpeza dos outros não lhe serve de desculpa.

    Antes de preocupar-se com a ausência de ética alheia, analise seu modo de viver.

    Pense se você tem condições de assumir tudo o que faz e diz. 

    Pense nisso! 

    A lealdade irrestrita é uma recompensa em si mesma, pois confere dignidade e auto-respeito.

    Assim, se você deseja viver em paz, seja honesto.

    Afinal, a conquista da paz pressupõe poder observar o próprio proceder sem remorso ou vergonha. 

    (Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.  -www.momento.com.br )

 

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

PACIÊNCIA E CONSTRUÇÃO


“A caridade é paciente...” – Paulo.  (I Coríntios, 13:4).

          Indiscutivelmente não consegues corrigir, como talvez desejes, os desacertos da Humanidade, mas é possível ajustar o próprio coração à lei do amor a fim de que a redenção do mundo encontre em ti mesmo o ponto necessário de expansão.
          Não julgues, porém, que pressa ou violência sejam climas adequados de ação para a vitória do bem.
          Amarás e servirás; entretanto, não só isso: ampararás também.
          Compreensão pede amadurecimento de raciocínio nos refolhos da alma. Que dizer do lavrador que propiciasse leito e adubo à semente, sob a condição de ser correspondido com o fruto em apenas algumas horas? Do professor que instituísse o apoio da escola exigindo, por isso, que o aluno efetue a conquista de todos os louros culturais numa semana?
          Auxilia a quem amas; no entanto, não lhes solicites espetáculos de entendimento e gratidão que não sejam capazes de oferecer. Que seria de nós se fôssemos constrangidos a pagar de improviso as contas do amor que temos recebido e com que temos sido sustentados na longa fieira de nossas reencarnações, através dos séculos? Pensa nisso e semeia o bem quanto possas, porque a caridade é paciente e na caridade infatigável se edifica, em favor de nós todos, a paciência de Deus.

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Bênção de Paz)


domingo, 2 de agosto de 2015

Grande conta

Alonga a memória para além do minuto em que apareceste na Terra e reconhecerás que as concessões do Senhor te revestem todos os passos e te assinalam todos os lances da rota.

Não possuías senão a nudez da própria alma e não trazias senão a própria herança que o passado te imprimira no ser...

Entretanto, senhoreaste o vaso orgânico que te vestiria em nova forma de carne...

Sugaste o leite materno...

Ocupaste os panos do berço...

Exigiste permanente atenção...

Reclamaste alimento e remédio...

Solicitaste alheio apoio para que te retirasses da infância...

Absorveste o tempo da escola...

Pediste o concurso da natureza.

Aprisionaste animais, criaturas também de Deus, para que te ofertem suor e sangue...

Em cada instante na Terra equilibras-te, em verdade, sobre o sacrifício de milhões de braços que se entrelaçam para servir-te, levantando-te o ninho doméstico, tecendo-te a indumentária, garantindo-te a higiene, assegurando-te o bem-estar e temperando-te o pão...

És o depositário do favor de vasta multidão em cada senda que pisas, em cada edifício que transpões, em cada veículo que te acolhe, em cada refeição que te reajusta...

Acreditas, não raro, que o dinheiro, também haurido por tuas mãos em penhor de empréstimo da Providência Divina, te resgata a conduta na Lei, perante a qual todos nós somos devedores por enquanto insolventes.

Todavia, não desdenhes estender o amor infatigável, através da renúncia ao teu próprio conforto, ajudando e servindo, hoje, agora e amanhã, porque a morte virá, por meirinho seguro, mostrar-te a Grande Conta, a fim de que te informes que nasceste no mundo somente para o Bem, e que somente o Bem é capaz de elevar-te, em santa plenitude de quitação com a vida para a glória da luz sublimada e sem fim.

Emmanuel/Chico Xavier. Em: Marcas do Caminho